• Capítulo 9 •
Eu não me achava forte, no momento eu estava me sentindo um lixo.
Continua...
*Dias atuais*
Por Inês.
Senti alguém me beijar o rosto, quando abri meus olhos era a minha princesa Pietra, ela já estava toda uma moça. - Pietra - Mamis hoje é o seu dia, lavante! - Eu esqueci do meu próprio aniversário, como? Nem eu mesma sabia. - Inês - Ai filha, a mamis está cansada! - Ouvi a voz de Enzo meu outro amor. - Enzo - “Palabéns mama!” - Pietra o pegou no colo e o colocou sobre a cama, ele engatinhou até mim. - Inês - Obrigada meu príncipe! - Eu tirei a chupeta de sua boca. - Inês - Eu só devolvo se me der um beijinho! - Pietra nos olhava com um sorriso. - Pietra - Que mãe chantagista essa nossa. - Eu não contive o riso, mas ganhei um beijo do meu bebê. - Inês - Vocês venceram, eu vou levantar! - Enzo bateu palminhas, não pude resistir e fiz cócegas nele, eu amava ouvir a risada dele, Pietra não foi poupada, fiz cócegas nela também, eu amava meus filhos. Depois de pronta fui até o quarto do Enzo, ele estava pulando sobre a cama, com a ajuda de Célia. - Inês - Que bonito! - Ambos tomaram um susto. - Inês - Esse pimpolho precisa tomar um banho! - Ele fez careta, como pode ser tão pequeno e tão porquinho? - Célia - Eu vou dar banho nele senhora! - Eu apenas sorri. - Inês - Não precisa, eu posso fazer isso! - Me doía não ter tempo para meus filhos, tirei toda a roupinha de Enzo, a banheira já estava cheia, coloquei seus brinquedos, estes flutuavam na água. - Enzo - “Espluma” - Eu dei risada dele. - Inês - Espuma filho! - Ele tentou falar mas não conseguiu, ele batia a mão na água contente, isso significa que vou sair daqui ensopada. Dito e feito, lá estava eu em meu closet pegando outra roupa, quando cheguei no último degrau havia uma surpresa pra mim, Pietra segurava um bolo junto com Paula, essas vieram até mim e cantaram parabéns, então eu assoprei a vela e fiz um pedido, dividi meu primeiro pedaço em dois e dei para meus filhos. - Paula - E eu fico com o segundo! - Eu a olhei risonha. - Inês - Claro amiga, depois dos meus dois tesouros você vem como a mais importante! - Ela me abraçou, tenho certeza que minha vida seria um desastre sem ela. Fomos juntas para o nosso laboratório, alcançamos um patamar incrível nessa área, ganhamos muitos prêmios no decorrer de nossa vida profissional.
Por Pedro.
Minha cabeça latejava tanto, mais uma vez passei a noite em claro tentando resolver minha vida, que droga de vida! Ouvi vozes, eram tantas pessoas que moravam naquele cortiço, como eu pude permitir que minha vida acabasse assim? Me levantei e me arrumei, mais uma vez eu procurava emprego, qualquer coisa me valia.
Laboratórios Azul Marinho
Gostei do nome desse lugar, estavam precisando de faxineiro, entrei e fui até a recepção, a moça foi super simpática, mas ficou surpresa ao ver para que cargo eu estava procurando. Ela se comunicou com a chefe, com a ordem desta fomos até a sala, a recepcionista me deu passagem, quando entrei na sala a mulher estava de costas para a porta, no caso de costas para mim. - X - Sente-se, fique a vontade! - Essa voz não me era estranha, essa silhueta também não, céus Pedro de novo você materializando a Inês! - Pedro - Obrigado! - Me sentei, esperei com um certo desespero ela virar e me olhar, quando o fez senti que minha respiração falhou, sim, era a Inês. - Inês - Pedro, que surpresa! - Ela se sentou. - Inês - A que devo a honra de sua visita? - Ela foi cínica, eu não iria me rebaixar. - Pedro - Eu vim saber da nossa filha! - Ela me olhou surpresa. - Inês - Agora? - Ela estava séria. - Pedro - Nunca é tarde! - Eu estava sendo um idiota novamente, respirei fundo. - Pedro - Me desculpe! - Eu queria chorar, mas eu ainda tinha um pouco de dignidade. - Inês - Você deve estas desculpas a minha filha, e não a mim! - Ela tinha razão. - Pedro - Eu sei! - Fiz uma pausa. - Pedro - Eu estou a procura de um emprego! - Ela me olhou de uma maneira altiva, tampou a boca com a mão, queria rir. - Inês - De faxineiro? - Sua voz saiu debochada! - Pedro - Sim! - Ela riu, eu fiquei irritado. - Inês - Vamos fazer um teste! - Eu fiquei confuso, ela se levantou, chamou uma moça, esta foi e voltou rapidamente, e trouxe uma vassoura. - Inês - Obrigada querida, pode ir! - A moça foi embora, no mesmo instante Inês me olhou. - Inês - Quero ver se serve para o cargo! - Que? Ela estava de brincadeira! - Pedro - Você está falando sério, ou brincando? - Ela deu uma risada rápida. - Inês - Eu não sou mulher de brincar! - Seu olhar era sério. - Inês - Pode começar a varrer minha sala, quero ver se é qualificado. - Eu estava trêmulo, me senti muito humilhado, comecei a varrer e ela observando cada movimento, de repente se levantou e veio até mim. - Inês - Nossa, não presta nem pra varrer! - Definitivamente não era a Inês de anos atrás! - Pedro - Eu realmente não sei! - Ela me olhou. - Inês - Como você se candidata a uma coisa que não sabe fazer? - Pedro - Eu estou desesperado por um emprego! - Eu estava me humilhando a ela. - Inês - Sente-se! - Apoiei a vassoura no lugar e me sentei, ela respirou fundo.- Inês - Antes de tudo, posso te fazer uma outra pergunta? - Pedro - Claro! - Respondi sem pensar. - Inês - Você se formou? - Eu fiquei surpreso. - Pedro - Sim, por quê? - Ela deu um leve sorriso. - Inês - Ótimo, você veio em boa hora! - Eu estava confuso. - Pedro - Eu não entendi! - Inês - Bom, estou precisando de um engenheiro, e você se formou e precisa de emprego, então vamos unir o útil ao agradável! - Primeiro ela me humilhou para depois contratar ao cargo que eu não queria? Minha cara de felicidade podia ser notada a quilômetros, cheguei no cortiço e comprimentei algumas velhinhas, elas eram gentis.
Por Inês.
Justo no dia do meu aniversário tenho que topar com esse homem, mas coitado, se candidatou a vaga de faxineiro. Acho que minha filha deve ter um pai apresentável, o emprego iria lhe fazer bem, e eu não era rancorosa, bom, é o que eu acho. Meu dia foi muito corrido, analisei célula por célula, alguma tinha que prestar, Paula entrou em minha sala aos gritos quando soube de Pedro. - Paula - Para tudo, você deu um emprego pra ele? - Como ela soube? - Inês - Sim! - Ela estava boquiaberta. - Paula - Por quê? - Eu suspirei. - Inês - Por pena, apenas isso! - Ela me analisou. - Paula - Pena? - Droga, me perdi no que estava fazendo! - Inês - Você acredita que ele se candidatou a vaga de faxineiro? - Fechei a boca da Paula. - Inês - Mais um pouco e você ia babar! - Ela deu risada, e me olhou. - Paula - Que barra hein, mas e como você se sentiu? - Eu suspirei - Inês - Não senti nada, nosso último encontro foi no tribunal, e ele nem quis olhar a minha filha! - Ela me olhou séria. - Paula - E como conseguiu dar um emprego a ele? - Minha cabeça estava confusa. - Inês - Eu não sei, só pensei na Pietra! - Ela suspirou. - Paula - Você fez bem, se conheço a minha afilhada, ela iria te culpar o resto da vida por ter negado um emprego ao pai. - Dessa vez eu suspirei. - Inês - E com certeza ela faria! - Minha filha era linda, ela era uma mistura perfeita minha e do Pedro, o gênio dela era todo do pai, teimosa e protetora como eu. Enzo era só meu, inseminação artificial foi a melhor escolha que fiz, até o gênio era como o meu, tudo dele era semelhante a mim. Lourdes me ajudou muito em tudo, ela era minha mãe do coração, assumiu lindamente o papel de vovó, Roger seu marido também virou meu pai do coração. Eles dizem que sou a filha que eles não tiveram, e eles são os pais que eu tive um dia. Cheguei em minha casa e tudo estava em um completo silêncio, tudo escuro, algo estava errado, quando acendi a luz. - X - Surpresa! - Eu levei um enorme susto, levei a mão ao peito, Enzo e Pietra vieram até mim, peguei meu pequeno no colo. - Enzo - “Susplesa” - Eu não pude deixar de rir, ele tinha um jeito tão fofo de errar as palavras. - Pietra - Surpresa mamãe! - Nos abraçamos juntos, Lourdes se aproximou de mim. - Lourdes - Parabéns minha filha! - Ela se juntou ao abraço, logo depois Paula me trouxe um presente, quando abri era um lindo vestido, eu recebi muitos abraços de colegas, e muitos presentes. Miguel se aproximou de mim e me deu um selinho. - Miguel - Parabéns meu amor! - Eu o olhei - Inês - Obrigada! - Fiz uma pausa. - Inês - Agora você lembra que tem uma namorada? - Ele segurou minha mão. - Miguel - Me desculpe, o hospital tem me ocupado bastante! - Fiz uma careta. - Inês - Sei! - Ele me roubou um beijo, me afastei. - Miguel - Não faz assim, só porque hoje é seu dia vou te compensar hoje a noite! - Ele me olhou de forma maliciosa. - Inês - Nada disso, dessa vez você está de castigo! - Eu dei risada da cara que ele fez. - Miguel - Isso é injusto! - Inês - Injusto é você me abandonar todos esses dias! - Enzo se aproximou de mim. - Enzo - Sono mama! - Eu o peguei no colo, ele colocou a cabeça em meu ombro. - Miguel - O Roger não veio, por quê? - Nossa, ele muda de assunto rápido! Mas ele tinha razão. - Inês - Eu não sei, vou falar com a Lourdes! - Ajeitei Enzo em meu colo e fui até Lourdes, Jorge se aproximou do Miguel. Lourdes conversava com Paula e com Pietra. - Inês - Com licença queridas, mas vim atrapalhar. - Elas deram risada. - Pietra - A senhora pode mamis! - Eu me sentei. - Inês - Obrigada então! - Paula - Não se acostume, só pode hoje porque é seu aniversário! - Ela me encarou risonha. - Inês - Sempre uma boba! - Demos risada. - Lourdes - Vocês são maluquinhas! - Pietra concordou com ela. - Paula - Somos mesmo! - Eu dei risada. - Inês - Mudando o assunto, Lourdes por que o Roger não veio? - Ela olhou as mãos. - Lourdes - Ele não estava muito bem, eu queria ficar com ele, mas insistiu para que eu viesse! - Ela respirou fundo. - Inês - De novo ele não está bem? - Lourdes - Sim, mas ele é teimoso! - Ela fez uma pausa. - Lourdes - Logo ele estará ótimo! - Inês - Assim eu espero, vamos cantar parabéns, porque esse rapazinho aqui já apagou! - Ele suspirou dormindo.
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Juntos até o fim
RomanceNo passado Inês era uma menina séria e muito focada em seus estudos, e vivia com sua amiga Paula, essa namorava Jorge. Inês não sabia, mas sua vida seria transformada por um rapaz de sua universidade, Pedro era o nome dele, o garoto irá conquistar e...