• Capítulo 4 •

126 12 5
                                    

Capítulo 4 •


Lourdes me segurou, pois tive uma sensação estranha em meu corpo.

Continua…

Por Inês

Quando abri meus olhos eu estava na enfermaria da empresa, Lourdes se aproximou de mim.

- Lourdes - Inês, como se sente? - Minha cabeça doía muito. - Inês - Minha cabeça dói, mas o que houve? - Ela suspirou. - Lourdes - Você desmaiou! - Dessa vez eu suspirei. - Inês - Eu não lembro. -

Cheguei em minha casa no colo de um dos seguranças, Lourdes estava comigo, quando entramos pela porta, Paula se assustou.

- Paula - O que aconteceu? - Ela estava aflita. - Lourdes - Um dos meus funcionários a agrediu, ela ficou nervosa e desmaiou. - Ela fez uma pausa. - Lourdes - Mas já está bem, ela foi medicada e vai dormir. - 

Passaram-se três dias depois daquele tapa, Bernardo tinha sido despedido. Meu rosto ainda tinha a marca do tapa, me arrumei e fui até a sala para tomar café, sentei a mesa, Paula me olhou séria.

- Paula - Você vai ficar assim até quando? - Eu estava confusa. - Inês - Assim como? - Ela respirou fundo. - Paula - Amiga, você quase não fala, já não está rindo como antes! -

Isso era verdade, mas eu estava triste e com raiva ao mesmo tempo.

- Inês - Eu não aguento mais! -

Comecei a chorar, ela me abraçou, foi a primeira vez que chorei depois do ocorrido, era tudo o que eu precisava.

- Inês - Eu me senti tão humilhada, ele bateu no meu rosto na frente de todos, algumas mulheres ainda falaram que era bem feito já que eu tinha um amante! - Eu estava soluçando. - Paula - Que mulher defende um agressor de mulheres? - Ela fez uma pausa. - Paula - E o que houve depois? -

Contei o que aconteceu até onde eu me lembrava, ela estava com ar de riso.

- Paula - Amiga, você é a melhor! - Eu não achava isso.

Cheguei na universidade e algumas pessoas olhavam direto para o meu rosto, aquilo me incomodou, entrei em minha sala fugindo de todos, principalmente do olhar de Pedro. Esse tentou falar comigo a todo instante, fiquei sentada prestando atenção na aula, ou melhor tentando. Paula disse que tinha um compromisso e não iria embora comigo, continuei andando até o estacionamento, eu estava tão distraída em meus pensamentos.

Por Pedro.

Eu nunca corri tanto em minha vida, quanto corri naquele momento. Senti meus braços e minhas costas arderem muito, mas Inês estava sobre mim, sã e salva.

- Pedro - Inês? -

Ela não me respondeu, tentei ver seu rosto mas não consegui, chamei mais uma vez e ela não se moveu, pessoas começaram a se aproximar.

Depois que o enfermeiro me fez os curativos sai da sala e procurei informações de Inês, me disseram que ela ainda estava sendo medicada, eu sentia uma preocupação tão grande por ela, sei que não devo, mas é algo mais forte que eu.

Depois de alguns minutos de espera o médico veio falar comigo.

- X - Olá, sou o doutor Miguel! - Eu o olhei. - Pedro - Eu sou o Pedro, namorado da Inês! - Toda vez que eu dizia isso meu coração acelerava feliz. - Pedro - Como ela está? - indaguei em seguida. - Miguel - Ela está bem, ela perdeu a consciência devido ao susto, e também não teve escoriações graves, apenas alguns arranhões. -

Ele me olhava tão sério, posso até dizer que estava com ar de reprovação.

- Miguel - Você poderia me acompanhar? -

Quando chegamos na sala dele, ele me olhou ainda mais sério.

- Miguel - Você poderia me contar a verdade dos fatos? -

Que verdade ele queria? Então contei o que houve.

- Pedro - E foi assim doutor! - Aquele olhar estava me dando medo. - Miguel - Eu vou acreditar em você! - Ele fez uma pausa. - Miguel - Agora me diga, o que houve para você a agredir? -

Como agredir? De assustado, fui para um estado de confusão.

- Pedro - Que agressão? - Ele me olhava com ar de riso. - Miguel - No rosto dela á marcas de tapa! - Ele estava um tanto nervoso. - Pedro - Eu não fiz nada com ela! - Miguel - Você realmente acha que vou acreditar em suas desculpas? - Eu me irritei. - Pedro - Eu não a vejo há mais de três dias, ela tem me evitado e quando fui falar com ela um carro quase a atropelou! - Eu me levantei - Pedro - E não me insulte dessa maneira! 

Saí do consultório nervoso, quem ousou tocá-la de maneira violenta?

Juntos até o fimOnde histórias criam vida. Descubra agora