• Capítulo 24 •

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Capítulo 24 •

Esse caso foi um saco, finalmente uma recompensa, estava descendo as escadas quando de repente senti uma tontura, não achei nada para me segurar, me desequilibrei e rolei escada a baixo, minha barriga doía e algo molhou minhas pernas, era sangue.

Continua…

Por Laura.

Eu estava muito ofegante, a dor ficava insuportável a cada segundo. Algumas pessoas se aproximaram de mim, um homem muito bonito se abaixou e me olhou. - X - Eu sou médico e vou te levar ao hospital no meu carro, a senhorita confia em mim? - Com a dor que estava confiar em alguém era uma ótima opção, aquele homem me pegou no colo e me colocou em seu carro. Senti uma dor ainda pior, gritei assustando o homem. - Laura - Eu não quero perder meu bebê! - X - Fique calma! - Ele acelerou e gritava pedindo passagem.

Hospital / Entrada

Quando entramos ao hospital recebemos muitos olhares, um enfermeiro se aproximou. - Enfermeiro -  Doutor Miguel, o que houve com a moça? - Esse era o nome dele. - Miguel - Ela está tendo um aborto, chame a doutora Elis! - A maca estava fria, o Miguel me olhava. - Miguel - Vai ficar tudo bem com o seu bebê! - Eu suspirei triste, meu coração dizia que já não havia vida dentro de mim. A médica me examinou e só constatou aquilo que eu já sabia. - Elis - Eu sinto muito, mas já não tínhamos o que fazer. - Chorei baixinho, toquei meu ventre, minhas mãos estavam trêmulas. - Laura - Meu bebezinho! - Miguel entrou no quarto. - Miguel - Sinto muito! - Ele me olhou, sequei meu rosto. - Laura - Obrigada! - Miguel - Logo você engravida de novo! - Suspirei. - Laura - Talvez eu.. - Meu celular começou a tocar, mas minha bolsa estava longe. - Laura - Você poderia pegar minha bolsa? - Miguel pegou minha bolsa, atendi. *Ao telefone:* - Laura - Oi meu amor! - Minha voz embargou. - Pedro - Eu quero saber se você quer almoçar comigo? - Suspirei triste. - Laura - Não posso! - Fiz uma pausa. - Laura - Eu estou no hospital, e preciso de você aqui! - Passei o endereço a Pedro. *Fim da ligação* - Miguel ficou olhando meu celular. - Miguel - Como esse mundo é pequeno! - Fiquei confusa. - Laura - Por quê? - Ele sorriu. - Miguel - O seu namorado é o Pedro, ele é o pai da filha da minha ex-noiva. - Laura - A Inês? - Ele assentiu. - Miguel - Sabe, tive uma ideia um tanto insana. - Fiquei curiosa. - Laura - Que ideia? - O olhei. - Miguel - Você grávida o Pedro ficará indisponível para a Inês, e eu a quero livre pra mim e se você dizer que perdeu o bebê o Pedro ficará disponível. - O Miguel tinha toda a razão, eu não quero perdê-lo, de novo não! - Laura - Adorei a sua ideia! - Ele me olhou. - Miguel - Você é uma mulher sensata! - Dei risada dele, depois de mais um tempo conversando Pedro entrou no quarto. - Pedro - Ai meu amor, o que aconteceu? - Suspirei tensa. - Laura - Eu caí da escada, felizmente nada aconteceu com o nosso bebê! - Pedro me abraçou. - Pedro - Graças a Deus, eu iria ficar muito triste se perdesse o nosso bebê! - Ele me acariciou o ventre, por alguns minutos fiquei triste, mas o plano era para salvar o meu amor por Pedro.

Laboratório Azul Marinho /Sala de Inês.

Por Inês

Confesso que estava preocupada, Pedro saiu daqui como um foguete, se Deus quiser a Laura e o bebê ficaram bem. Paula entrou em minha sala. - Paula - Amiga, mês que vem temos uma apresentação sobre profissões. - A olhei. - Inês - Ah, você quem vai falar! - Paula me olhou séria. - Paula - Nem vem, você fala muito melhor que eu! - Me olhou. - Inês - Nunca, eu fico gaguejando. - Ela ria. - Paula - Mais do que eu, impossível! - Respirei fundo. - Inês - Está bem Paula, eu falo! - Meu celular tocou. *Ao telefone: - Inês - Oi Pedro? - Paula sorriu. - Pedro - Eu estou ligando pra avisar que está tudo bem com os dois, foi apenas um susto. - Suspirei aliviada. - Inês - Que bom Pedro, fiquei preocupada. - Paula ficou curiosa. - Pedro - A Laura vai ficar aqui até amanhã, posso ficar aqui com ela? - Que pergunta. - Inês - Claro né Pedro, não sou uma patroa sem alma! - Ouvi ele rir. - Pedro - Obrigado, até amanhã! - Respirei fundo. - Inês - Amanhã você tem o dia livre! - Paula me olhou. - Pedro - Sério? - Inês - Sim, cuida da sua namorada. - Pedro - Vou cuidar sim, então até segunda! - Inês - Até! - *Fim da ligação* - Paula - Por que deu o dia livre para ele? - A olhei. - Inês - A Laura está no hospital, não sei o que houve, o Pedro disse que foi apenas um susto. - Paula - Entendi! - Ela fez uma pausa. - Paula - E se a Laura tivesse perdido o bebê, e o Pedro te beijasse como fez na festa da Pietra, o que faria? - Essa pergunta ecoou em mim, será que eu teria coragem de me envolver novamente com o Pedro? Talvez eu teria, os beijos dele são tão enlouquecedores. - Inês - Ai Paula, que pergunta! - Ela ficou séria. - Paula - Vai amiga, me responde! - Meu rosto corou. - Inês - Sim, eu teria coragem! - O sorriso dela foi engraçado. - Paula - Sabia! - Inês - E por que me pergunta? - A olhei. - Paula - Porque eu gosto de ouvir da sua boca! - Meu rosto corou de novo. - Inês - Você é muito má! - Ela deu risada. - Paula - Sou muito má mesmo! - Rimos juntas. - Inês - Mudando o assunto, onde será o evento? - Paula me olhou. - Paula - Na nossa antiga universidade, e já confirmei a nossa presença! - Ela disse baixo, me levantei. - Inês - Eu não acredito! - Paula ficou sem jeito. - Paula - Amiga, me desculpe mas insistiram tanto! - Respirei fundo. - Inês - Você poderia ir sozinha! - Ela me olhou. - Paula - Claro que não, você é meu alicerce! - Ela era esperta, sabe que fico feliz quando ela me diz isso. - Inês - Eu vou ter que ir de qualquer jeito né? - Suspirei. - Paula - Eu te amo sabia? - Ela me deu um abraço. - Inês - Sim, eu sabia! - Paula se afastou. - Paula - Convencida! - Dei risada. - Inês - Sim, eu sou convencida. - Paula foi embora, fiquei sozinha de novo, organizei minha mesa e fui a passos largos até o estacionamento, senti meu braço ser puxado, fechei os olhos. - X - Calma Inês! - Era Miguel, me soltei dele. - Inês - Nunca mais faça isso, seu palhaço! - Bati no ombro dele. - Miguel - Me desculpe! - O olhei. - Inês - O que você quer aqui? - Eu estava brava. - Miguel - Vim te ver, e te pedir desculpa! - Inês - Me deixa em paz! - Ele segurou meu braço. - Miguel - É bom você voltar comigo! - Fiquei confusa. - Inês - Você está louco, isso sim! - Soltei meu braço. - Miguel - Não estou louco, mas é bom você voltar comigo. - O encarei. - Inês - Miguel, aonde você quer chegar? - Perguntei por fim. - Miguel - Primeiro olha, depois decide se quer voltar comigo. - Ele me entregou o celular, havia um vídeo, apertei o play, meus olhos não acreditavam no que viam, eu ia parar o vídeo. - Miguel - Veja até o final! - Continue a ver, meu rosto estava vermelho de vergonha, levantei minha cabeça para olhá-lo. - Inês - Por que você nos filmou fazendo amor? - Fiz uma pausa. - Inês - Eu não autorizei! - Ele me olhou. - Miguel - Foi apenas por diversão minha, mas você quis se separar de mim. - Ele pegou o celular. - Miguel - E então, você decide, ou volta comigo ou esse vídeo será publicado. - Um sorriso cínico saiu de meus lábios. - Inês - Faz o que quiser! - Refleti - Inês - Nesse vídeo parece que sou boa de cama, obrigada por me mostrar - Dei risada e entrei em meu carro, abaixei o vidro. - Inês - Se publicar eu te processo! - Fiz uma pausa. - Inês - E é ganho de causa, querido! - Fechei o vidro do carro e dei a partida, o caminho inteiro fiquei pensando no vídeo, a primeira hora do dia seguinte teria que ligar para meu advogado. Como de costume a luz da sala estava acesa, subi as escadas de forma rápida, as imagens do vídeo não saiam da minha cabeça, tomei um banho rápido e me deitei. - Inês - Que ódio! - Gritei irritada, por que esse idiota tinha que nos filmar transando? Por quê? Respirei fundo, e se ele publicasse o vídeo mesmo? - Inês - Ai meu Deus, me ajude! - Peguei meu celular, olhei a hora, de repente bateram na porta do meu quarto. - Inês - Entra! - Pietra estava com uma cara estranha. - Inês - O que foi filha? - Ela me entregou o celular dela. - Pietra - Que vergonha mãe! - Abaixei o olhar a tela e o infeliz cumpriu a promessa. - Inês - Ah, você está com vergonha? - A olhei. - Inês - Pensei que eu quem deveria ficar envergonhada! - Me levantei nervosa, eu sentia uma raiva enorme. - Pietra - Como a senhora permitiu algo assim, e a senhora não tinha se separado do Miguel? - Ela estava confusa. - Inês - Eu não permiti nada disso, e se soubesse que ele estava filmando iria mandar parar e apagar! - Passei a mão entre meu cabelo. - Pietra - Então ele… - Inês - Ele está sendo um canalha! - Peguei meu celular. - Pietra - O que vai fazer? - A olhei. - Inês - Ligar para o meu advogado! - Pietra apertou sem querer o play do vídeo. - Inês - Eu não quero que veja isso! - Meu rosto estava muito vermelho. - Inês - Quem mais viu isso? - Pietra me olhou. - Pietra - Não sei! - A aflição tomava conta de mim.

Juntos até o fimOnde histórias criam vida. Descubra agora