Pegamos Um Táxi

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- Estamos no chão. E agora, o que fazemos? - Piper perguntou. - Não podemos descer todo mundo junto.

- Vou com Annabeth. Ela entende um pouco de circuitos, engrenagens e controles.

- Eu também vou. - Percy disse. - Não quero deixar minha sabidinha sozinha.

   Ele me olhou, como se também tivesse percebido o que havia acontecido. Sorri. Ele tinha se lembrado do apelido que tinha inventado pra mim.

- Então, tá... - Jason falou, hesitante. - Vocês três vão. O resto fica no navio.

- Vocês podem verificar o estoque de fogo grego, enquanto isso. O navio balançou, sorte que não explodiu nada.

- Fogo grego??? - Piper perguntou. - Você ficou maluco?

- Precisamos de armas, caso alguém nos ataque. Relaxa, tá bem seguro ou já estaríamos mortos. - Ele parou, talvez pensando se tinha certeza do que tinha acabado de falar. - Mas, mesmo assim verifiquem, ok? Tá lá no andar subterrâneo.

- Tá, vamos. - Falei.

...

Percy me ajudou a pular para a grama, já que Leo tinha parado o navio na beira de um rio. Estávamos em algum parque municipal em algum lugar de Washington.

- Onde é que vamos arranjar as peças necessárias? - Percy perguntou. Segurei a mão dele.

- Espero que tenha assistência técnica de computadores e loja de peças de carro por perto. - Respondeu Leo. - Ah, também preciso de uma lojinha de coisas de festa de aniversário.

- Hã? Pra que? - Perguntei.

   Leo sorriu.
- Você vai ver. Vamos sair desse matagal.

   Andamos alguns metros até encontrar uma avenida movimentada. Leo começou a pedir informações sobre as lojas.

- Caramba, a assistência de automóveis mais próxima fica a 40 minutos daqui. - Ele disse, passando a mão na nuca.

    Suspirei.
- O que a gente faz? - Perguntei.

- Hey, você é a filha de Atena aqui. - Leo respondeu.

- Então, vamos pegar um táxi. - Percy decidiu, nos interrompendo. Olhei pra ele. Ele andou até uma beco sem saída, encontrando uma torneira  pingando, na parede de fundo de um condomínio. - Vocês já andaram com as irmãs cinzentas?

   Minha barriga revirou só de lembrar.

- Nós já andamos.

- E foi? - Ele perguntou. - Então, vamos de novo.

- Espera, será que é seguro? Elas são seres mitológicos e estão na terra. Talvez, estejam sendo controladas por Gaia. - Leo disse.

  Eu achava pouco provável. Percy bufou, demonstrando que ele achava o mesmo.

- É sério, galera. Ela é a Mãe-Terra. É inteligente.

- Mas ela está adormecida. - Percy comentou. - Mesmo assim, vamos contatar nossos amigos pro caso de algo acontecer.

    Ele andou até um lugar do beco em que o sol batia. Posicionou seu relógio na luz, mirando para a torneira. Fez um movimento com a mão e a torneira estourou, fazendo água jorrar. Um arco-íris fraco surgiu.

- Não era mais fácil abrir a torneira? - Leo revirou os olhos.

- Você tá se adaptando demais pra alguém que perdeu a memória. - Falei.

Ele sorriu.
- Aprendi a pensar nessas situações com Lupa. Também comecei a estudar um pouquinho mais.

- Lupa? - Leo perguntou.

- A loba que cuidou de Rômulo e Remo? - Questionei.

- Sim. Ela me treinou. É conselheira dos romanos, nos ensina a sobreviver nas piores situações. É como uma mãe para nós. - Ele se corrigiu. - Quer dizer, para eles.

- Não precisa fingir que ela também não é importante pra você. - Falei. - Tá na cara que você tem muito respeito por ela.

- É... - Ele balançou a cabeça, envergonhado.

Puxei um dracma do bolso e joguei na água.

- Íris, deusa do arco-íris, por favor mostre-me Jason Grace. - Pedi.

  Nada aconteceu. Nem sinal de névoa ou coisa aparecida.

- Piper McLean, então? - Percy chutou.

   A moeda grega caiu no chão e rolou até os pés de Leo.
- E agora? - Perguntou.

Percy deu de ombros.
- Precisamos das peças, não precisamos?

- Então, vamos. - Falei. Peguei a moeda de Leo. - Espero que isso funcione, pelo menos.

   Joguei o dracma na rua e gritei, em grego:
- Stêthi, Ô hárma diabolês!

   Significava "Pare, Carruagem da Danação!"

  A moeda afundou no asfalto. Esperamos alguns segundos. Já estava perdendo as esperanças, quando o chão, à nossa frente, escureceu. A água da torneira começou a ser sugada pela escuridão e ficando num tom vermelho, começou a burbulhar e um táxi cinza-escuro surgiu.

   Leo passou a mão no capô do carro como se tivesse um fantasma na sua frente. Realmente aparentava, pois ele parecia ser feito de fumaça.

- Deu certo. - Percy falou.

- Semideuses. - Elas falaram com aquelas vozes tenebrosas. - Quantos passageiros?

- 3. - Falei.

- Meus deuses, não podemos ir a pé? - Leo perguntou, assustado.

- Entra logo. - Percy deu um tapinha na cabeça dele, fazendo-o entrar.

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Oi, galera!

Estão pensando em tacar uma pedra na minha cabeça, né??? Me perdoem, por favor! Estou estudando MUITO e não estou mais com tempo.

Só que eu também não fiquei tão parada. Pra quem não viu eu comecei uma FIC NOVA. Vão lá na minha página. Chama-se: Contos da Família Jackson. Narro algumas histórias de Percabeth depois que eles casam, com filhos e tals...

Então, o que estão esperando? Vão lá dar uma olhada.

Obrigada por sempre me acompanharem. Amo vocês e o incentivo que me dão ❣️

Me Apaixonando Outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora