Flechas Misteriosas

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Cortamos velozmente caminho pelas árvores da floresta que dava acesso ao Acampamento Meio-Sangue. Jason e Piper iam na frente, Leo no terceiro banco e Percy e eu no banco dos fundos.

- Ele sabe o que está fazendo? - Percy perguntou ao meu lado.

- Ele pode ter tido flashbacks de memória, como você e voltado a dirigir. - Respondi. - Aliás, como anda suas memórias?

- Às vezes, memórias vêm. É estranho. Pois, parece que só chegam memórias necessárias para a missão. Como: por que não me lembro de Tyson? Nem de Poseidon? Mas, me lembrei da Bianca di Angelo, antes de enviar a Hazel para morte.

- Você não enviou Hazel para morte. - Rebati. - Ela está com Frank e Nico.

- Nico não é 100% protegido no Mundo Inferior, sem o pai dele presente. - Percy respondeu.

Suspirei.
- Eles vão sobreviver. - Toquei em seu ombro.

Ele olhou pela janela, respirando fundo. Estava claro que ele cansara de conversar.

Entramos na pista. Jason pisou no acelerador ainda mais.

- Espere um pouco, Jason. Pare a van. - Leo pediu, olhando pela janela.

Leo fez o que ele pediu, encostando e parando o carro de uma forma bem engraçada e responsável. Como se estivesse fazendo a prova para ganhar a carteira de habilitação, com direito à seta para a direita e tudo.

Percy e eu olhamos pela nossa janela.

- Não vejo nada. - Falei.

- Eu também não. - Percy confirmou.

Leo abriu a porta da van e descemos atrás dele, ao mesmo tempo que Jason e Piper abriu as suas e saiam.

Leo sorriu.
- É o Tyson. - E correu até ele.

  Tyson vinha arrastando a estátua de 12 metros a qual estava amarrada numa corda. Ele puxava a corda pelo ombro, com esforço, como se estivesse tentando bater um recorde de carregamento de peso.

Enquanto ele arrastava a Atena Paternus, ela arrastava a poeira do chão.

- Tá osso aí, hein, amigo? - Leo brincou.

Nos aproximamos deles. Tyson parou.

- Vocês estão vivos! - Tyson comemorou, olhando discretamente pra Percy.

- Por que está sozinho? - Jason perguntou.

- A garota romana ficou para lutar. Ela disse que a estátua não poderia ir com os gregos para o campo de batalha, mas que ela teria que voltar para o Acampamento Meio-Sangue. - Tyson explicou.

- E só um ciclope para ter a força de carregá-la. - Concluí. Sorri. - Eu subestimei você, Tyson. Na real, podemos confiar em você. Obrigada.

   Tyson sorriu envergonhado e passou a mão na testa, tirando o excesso de suor.

- Ainda falta muitos quilômetros pra você chegar ao Acampamento, não acha?

  Ele suspirou.
- É, eu dou conta.

Leo assobiou.
- Espere. Eu tenho uma coisa que podem ajudar.

  Pela primeira vez, ele mexeu em seu cinto de ferramentas mágicos, desde muito tempo.

Retirou de lá uma espécie de carrinho de rolimã, todavia muito maior e mais resistente.

- Da próxima vez, me avisa que eu quero levar o chalé de Poseidon aí dentro.

  Leo sorriu.

- Isso é ótimo. Agradeço, amigo. - Tyson se abaixou e fez a maior força para elevar a estátua de Atena e colocou-a sem delicadeza no carrinho. - Isso aqui é um pouco pesado.

Me Apaixonando Outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora