Por Um Fio... Literalmente

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Me vi cercada por infinitas aranhas do tamanho de carrinhos de super mercado. Ergui minha adaga inutilmente e olhei ao redor, tentando encontrar uma solução.

- Vão, queridas filhas! Acabem com a inimiga de sua mãe!

Não havia brechas a que recorrer, nem sinal de como sair dessa. "Pense, Annabeth, pense!". Fiz uma coisa tão inteligente que ganharia um Oscar de Atena: comecei a recuar, ficando cada vez mais distante da estátua.

Olhei para trás e percebi que não havia para onde fugir, as aranhas realmente não deixaram passagem para mim. "Quanta recepção." Pensei.

Quando o primeiro grupo de aranhas pulou, meu coração disparou. A vontade de gritar de medo era maior, mas me coloquei em posição de ataque. Porém, antes que as garras de uma das aranhas se cruzassem com minha lâmina, cerca de 500 litros de água invadiram o lugar empurrando todas as filhas de Aracne para longe de mim.

Olhei para trás e me senti aliviada.
Percy, Jason e treinador Hedge haviam chegado no local.

EM NOME DO ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE, ORDENO QUE SOLTE ESTA SEMIDEUSA IMEDIATAMENTE!!! - O sátiro falou discretamente.

- Desculpe a demora, meu amor. Estávamos cuidado de uns gigantes. - Percy disse.

   Sorri e empunhei minha arma com mais confiança.

- Que nada! A festa acabou de começar!

- Realmente! - Exclamou Aracne. - A guerra está apenas por começar! Avance, minhas filhas!!!!

As aranhas que receberam litros de água ainda estavam atordoadas. Porém, as que estavam penduradas em teias, avançaram para nos atacar.

Rapidamente Percy e Jason puxaram espadas e o treinador Hedge tirou seu bastão de baseball das costas.

Fizemos um círculo defendendo nossas costas e começamos a lutar com várias e várias crias de Aracne.

Hedge era meio psicopata. Ele não tinha pena e batia com toda força em várias cabeças das aranhas com um simples movimento. Aracne gritava de ódio e talvez dor... Porém, nem conseguia sentir a compaixão por perder familiares. Aparentemente, suas "pequenas" aranhas, eram apenas parte de seu exército para destruir as crias de Atena. Então, tudo o que ela sentia era raiva mesmo.

Rasguei os corpos de várias aranhas, mas elas pareciam ser infinitas.

- Aguentem mais um pouco! - Percy gritou. - O reforço está à caminho!!!

  "Reforço?" - Me questionei.

Imediatamente, senti a caverna tremer e logo o teto da caverna estava demolindo.

Pulei para o lado, me protegendo das dezenas de rochas que caiam pelo lugar, esmagando umas aranhas mais.

Meus olhos se fecharam com a repentina claridade ecoando pelo lugar. A luz solar havia invadido a morada de Aracne.

Ela e as aranhas ainda vivas gritaram de incômodo.

Acima de nós, o Argo II pairava  acima das nossas cabeças. A caverna não parava de tremer. Observei Leo jogar a escada de corda para nós.

- Percy! - gritei. - Temos pouco tempo, logo a caverna pode ruir! O mais importante é erguer a Atena Partenos!

  Percy olhou para mim, depois para Jason.
- Temos que chegar à estátua! - Ele falou para todos.

Aracne vinha abrindo caminho entre suas filhas e se jogou até mim. Bloqueei uma de suas garras com a adaga. Jason tentava achar espaço entre a multidão de aranhas, antes que todos nós caíssemos no abismo sem fim. Aliás, tinha fim e se chamava tártaro.

Me Apaixonando Outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora