Capítulo 8 • Adeus, Pam

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— Onde está o Sam? — questionou Vitoria, preocupada.

— Acalme-se, ele não deve ter ido muito longe — disse Dean.

— É, eu também acho — concordou Tessa.

— Cale a boca, garota. Não foi porque salvamos sua vida que você tem intimidade para participar do assunto. Você nem ao menos conhece Sam.

— Hey, Vicky, fique calma. Ele deve estar bem... Não precisa ter esse ataque todo, não, minha filha. — Lais tentou acalmá-la, antes que Vitoria desaparecesse, provavelmente à procura de Sam. — Surtada...

— Ela é muito grossa. Eu tento ser gentil e é isso que recebo — A ceifeira se queixou.

— Eu dou razão à ela. Também estou preocupado, mas não ao nível de ficar furioso. Agora, se nos der licença, vamos procurá-lo.

— Espero não vê-lo novamente, Dean. — despediu-se Tessa.

— E nem vai. — Lais concluiu, com ciúmes e já sem paciência da ceifeira, assim como Vitoria.

Tessa apenas a fitou por alguns segundos, para só então desaparecer num piscar de olhos. Lais e Dean se entreolharam, com o mesmo objetivo em mente, apesar Dean se sentir um tanto desconfortável com o clima nada agradável do ambiente.

• • •

No quarto em que todos estavam hospedados, já à noite, Pamela estava brigando com um capanga de Alastair, tentando chegar até o corpo de Sammy para lhe chamar, sussurrando em seu ouvido palavras de socorro. Antes que Sam pudesse voltar ao seu corpo, o capanga de Alastair puxou Pam, a colocando sobre o balcão e contra a parede, para enfim apunhalar a mulher. No momento do esfaqueamento, Sam pôde assistir à cena, graças à sua volta ao seu corpo físico.

— Pamela! — Sam exclamou, levantando-se e usando seus poderes psíquicos, obtidos graças ao sangue de demônio que corria em suas veias, para levitar o demônio, levando-o brutalmente até a parede, onde ficou frente a frente do mesmo, fazendo gestos com seu palmo para exorcizar o demônio mentalmente.

Após estar certo de expulsar o demônio daquela casca, Sam correu em direção à Pam, que estava suportando sua ferida, tentando ajudá-la de alguma forma. Pamela começou a rir, ofegante de dor.

— Do que você está rindo?

— Não posso morrer nesta cidade. Olhe, não estou sangrando.

Na mesma hora, Vitoria voltou ao seu corpo, assustando-se com a cena.

— Ai, meu Deus! Pamela!

— Algum de vocês, me preparem uma bebida. - Ordenou a deficiente visual, ainda com a respiração acelerada e atrapalhada.

• • •

Dean e Lais estavam andando rapidamente, olhando para todos os lados. Os dois estavam passando por um beco escuro, com vários caminhos possíveis a serem seguidos.

— O que foi aquilo? — perguntou Dean.

— Aquilo o quê?

— Você e Tessa. Parecia estar irritada e com... um certo ciúme.

O silêncio tomou conta do local, deixando Dean ainda mais desconcertado. Antes que o loiro pudesse falar mais alguma coisa para quebrar o gelo, Alastair apareceu em uma curva, deixando os dois surpresos.

— Você não pode fugir, Dean. — Disse Alastair, encarando fixamente o Winchester. — Não de mim. Estou dentro dessa sua cabecinha apreen... — Antes que terminasse, foi interrompido por Lais.

Anjos Não Amam;; [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora