Capítulo 15 • Maldição!

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Ainda imersas na leitura, as caçadoras estavam acomodadas no mesmo sofá, completamente largadas, quando ouviram o familiar rugido do Impala 67. Após cessar o ruído do motor, ouviu-se o impacto das portas do carro batendo e, em seguida, a porta do quarto alugado sendo aberta. Ambas desviaram sua atenção até os irmãos, os olhares esperançosos.

— Conseguiram? — Vitoria perguntou, entusiasmada.

Yep — respondeu Sam, entregando diversas folhas para a mais nova, que ficou confusa quanto ao que tinha em mãos. Lais curvou seu corpo para bisbilhotar, igualmente curiosa.

— O que é isso? — A mais alta questionou.

— O escritor disso, na verdade, escreve tudo o que acontece na nossa vida. Se ele escrever que vou comer salada hoje, eu vou comer — exemplificou Dean, retirando seu casaco para pendurá-lo.

— Ok, e o que que tem? — perguntou Lais novamente.

— O que tem é que no final das páginas, Sam transa com Lilith. — O loiro respondeu com uma expressão desgostosa. As duas olharam para Sam, incrédulas.

— Eu não vou fazer isso. — O mais alto franziu o cenho, formando uma feição de nojo em seu rosto.

— Ah, certo. Até porque hoje não aconteceu nada que não estivesse escrito. — O outro Winchester ironizou, erguendo brevemente as sobrancelhas enquanto esticava os lábios numa forma contrariada.

— Ok, e qual é o plano? — Vitoria se pronunciou.

— Vamos fazer tudo ao contrário do que está escrito nessas folhas. — O moreno concluiu.

As amigas se entreolharam, fazendo um biquinho e levantando as sobrancelhas enquanto se comunicavam pelo olhar que era um ótimo plano. Lais pegou as folhas das mãos da amiga educadamente, lendo algumas linhas.

— Que tal irmos comer? — Ela sugeriu, encarando todos do grupo.

• • •

— O que vão pedir? — A garçonete abriu um sorriso caloroso.

— Eu vou querer uma salada light — respondeu Sam.

— Eu vou querer uma salada também. 
— A mais nova disse.

Lais olhou para Dean, rindo.

— Você não vai poder pedir cheese burguer, amor.

O loiro torceu a boca em puro desgosto, desejando amassar aquele maldito papel com todas as suas forças.

— Eu vou querer um... — Ele hesitou enquanto Lais analisava o cardápio. — Um sanduíche de tofu.

Os três abriram um sorriso, segurando a risada.

— Eu vou querer o mesmo que ele — afirmou Lais, estampando um pequeno sorriso em seu rosto.

— Bom, agora já vai afetar tudo — constatou Vitoria, com esperança de de que mudar toda a história colocaria um fim na situação bizarra.

— É, Dean, azar o seu de ter apenas seu nome em relação ao pedido. — Sam zombou, observando a expressão desanimada do irmão.

Com alguns minutos de conversa, os pedidos chegaram à mesa e todos começaram a se servir, deliciados com os seus próprios alimentos.

— Nossa. — O loiro surpreendeu-se ao dar uma mordida em seu lanche. — Esse sanduíche é incrível!

Antes que pudesse dar outra mordida na comida, o Winchester foi interrompido pela garçonete:

— Perdão, senhor, eu trouxe um cheese burguer sem querer — confessou ela, retirando o sanduíche das mãos de Dean para se dirigir de volta à cozinha.

Anjos Não Amam;; [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora