Capítulo 16 • Sonhos São Avisos

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Após um desgastante caso de Djinns em Sta. Louis, Lais e Vitoria finalmente descansavam seus corpos antes de partir nas horas seguintes para a cidade na qual os irmãos se encontravam. No momento, eles estavam sem casos e tiravam uma folga em decorrência de uma semana turbulenta de crimes. Contudo, às duas da manhã, Lais acordou com o toque de seu celular, revelando ser uma ligação de Dean.

— Alô? Dean? — murmurou, sentando na cama com os olhos ainda fechados e inchados.

Lais, você já estava dormindo? — indagou do outro lado da linha, constrangido.

— É... Deixa para lá. — Ela respondeu com a voz sonolenta, sem conseguir raciocinar direito. — O que aconteceu para você estar me ligando a essa hora?

Eu sonhei com o Cas.

— Ahn... Dean, você me acordou só por isso? Me deixa dormir... — A Brumatti fez beicinho, embora o loiro não o pudesse ver, arrastando as sílabas com manha e sono.

Não, amor, você não está entendendo. No sonho, ele me deu um papel onde havia coordenadas. Sam as colocou na internet e elas dão em um lugar abandonado.

— Que caralho...? — Vitoria acordou, as pálpebras e o rosto igualmente inchado, mais confusa que cego em tiroteio.

— Você acha que ele precisa de ajuda?

Sim. Eu vou te mandar o local por SMS.

— Poxa, eu perguntei por educação. Eu estou com sono ainda, Dean...

Desculpe, baby. Prometo que você vai poder dormir o quanto quiser depois, tudo bem?

— Certo...

Boa menina. Vejo vocês daqui a pouco.

Lais bufou e encerrou a ligação, encarando o celular de mal-humor. Virando-se para a amiga, ela deu de ombros e começou a arrumar as coisas enquanto explicava o motivo repentino de terem que sair de madrugada.

— Levante-se, Cas pode estar em apuros. Temos que ir aonde os meninos estão, Dean sonhou com Castiel lhe dando um papel com coordenadas.

— É o quê? Cas? — A mais nova arregalou os olhos, recobrando às forças sua consciência.

A Brumatti ergueu as sobrancelhas, desdenhosa.

— O Castiel é seu novo despertador agora? Está preocupadinha, é? — brincou.

— Te foder — rebateu a menor, passando as mãos no rosto.

— Olha a boca.

Após uma lista incontável de xingamentos e palavras inadequadas, Vitoria levantou da cama quente e confortável, tão convidativa àquele ponto, e ajudou a amiga com as malas.

— Ah, o Castiel não podia aparecer no sonho do Dean outra hora? Tipo, quando ele estivesse quase acordando? Tipo, umas sete horas? — resmungou pela vigésima vez ao, depois de ajeitar todas as malas no carro, pegar um pote de Nutella na pequena geladeira do quarto.

— Sério? São duas da manhã. — Lais parou na porta do banheiro, incrédula.

— Eu te digo o mesmo. Duas horas da manhã. Isso são horas de sair? — Vitoria juntou as sobrancelhas, colocando uma colher generosa do doce em sua boca.

— É diferente.

— Puta merda, para de me julgar! Eu estou de TPM. — A Bianche bateu o pé pegando outra colherada.

Anjos Não Amam;; [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora