Capítulo 18 • Refrigerante no Teto... E Em Tudo

58 1 9
                                    

— Onde devemos começar a procurar? — Vitoria questionou, alternando o olhar entre os três demais caçadores.

— Pelos lugares menos prováveis — respondeu Dean, passando o braço pela manga do casaco conforme avançava rumo ao Impala.

— Você sabe que vai ser difícil achar Sam, não sabe? — Bobby se manifestou, apertando o bigode contra o lábio inferior à medida que rugas surgiam em sua testa ao apertar as sobrancelhas.

— Sim. E eu conheço meu irmão mais do que ninguém.

O loiro lançou uma última olhada para o mais velho antes de entrar no carro, sem paciência para qualquer papo furado extra.

— Eu vou com o Camaro. Laisanha, vai com o Dean? — Apontou para o carro do amigo com o queixo, a mão pousada na porta aberta enquanto aguardava uma decisão da Brumatti.

— Não sei nem porquê você ainda pergunta — provocou a mais alta, lançando um sorriso ladino para a melhor amiga antes de igualmente entrar no Impala para se acomodar no banco do carona.

— Amizade está, ó: uma bosta! — A mais nova gesticulou, juntando o polegar ao indicador, antes de se virar para Bobby: — Vai ficar aí, meu velhinho?

Revirando os olhos, o caçador conteu o "Idjit" e expulsou o ar num sorriso irônico:

— Sim, eu vou ficar.

Sem mais objeções, Vitoria deu de ombros e tomou o lugar de motorista, oferecendo um sorriso caloroso ao acenar com uma mão enquanto a outra conduzia o veículo para a estrada, logo atrás do casal. Seguindo rumo a um motel, os três caçadores foram auxiliados pelo mais velho com diversas informações que poderiam ser úteis para encontrar Sam, além de serem advertidos pelo mesmo; Bobby os lembrou que o dever era trazer Sam para casa, e não afastá-lo, deixando implícito que o aviso se destacava para o irmão mais velho. Ele deveria, portanto, e sob quaisquer circunstâncias, tratar o Winchester mais novo bem.

Ao notar a expressão desgostosa de Dean, uma vez que a chamada havia sido encerrada, Lais se aproximou torcendo o lábio e procurou brincar com os fios louros do mais alto, numa tentativa bem-sucedida de distraí-lo pelo menos um pouco.

— Não fique assim, meu anjo. Sam vai aceitar tudo isso e vai voltar conosco.

Não houve resposta, apenas uma troca de olhares, as íris verdes se mesclando em um silêncio cúmplice. Ela podia ler seu pensamento através daqueles olhos. E não era algo bom.

— Quando tudo isso acabar, podemos sair. O que você acha de comermos um lanche? — Ela sorriu, apertando as bochechas do namorado por puro instinto conforme lia sua feição, a qual mudou imediatamente.

— Você realmente sabe como me animar, não sabe? — O mais alto esticou os lábios, retribuindo o sorriso torto, desajeitado pelas bochechas amassadas.

— Claro, baby. — Ela riu, mudando sua visão para cima à medida que erguia as mãos abertas na altura do ombro, de um jeito pouquíssimo convencido. — Eu sou incrível.

Soltando uma risada, ele deixou um beijo na bochecha da morena, para então deixar outro nos lábios rosados. — Quem sou eu para negar?

Uma vez com os carros estacionados em frente ao local marcado, Dean puxou todo o ar que podia ao encarar Lais.

— Você fica.

— Ah, não, amor. — A Brumatti cruzou os braços, já fechando a cara. — Meu filho, você não começa. Eu vou, e pronto!

— Ah, vamos lá — pediu, estreitando as sobrancelhas e inclinando a cabeça. — Não me leve a mal. Você sabe, é um negócio de irmão.

— Dean. Campbell. Winchester.

Anjos Não Amam;; [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora