Capítulo 6 • O Que Você Está Fazendo, Sammy?

89 7 10
                                    

— Bom, Sam, já que eles não vêm mais, e perdemos as pistas do sequestrador, isso significa que vamos tirar uma folga? — Questionou Vitoria, sentada no sofá.

— Pelo visto, sim. — Ele respondeu, fechando a porta do quarto para Pamela e acenando para a mesma.

— O que você acha de um filme?

— Pode ser... — Concordou Sammy, curvando-se atrás do sofá para chegar até o pescoço da menor, inalando seu perfume doce enquanto acariciava os braços cor-de-leite.

Ela encolheu seus ombros instintivamente e arregalou os olhos, sentindo a respiração falhar, incapaz de conter os arrepios que seu corpo causou.

— O que é isso, Sammy?!

— Sammy foi embora, agora só Sam está. — O moreno corrigiu, sorrindo e passando sua mão nos longos cabelos de Vitoria, voltando a cheirar seu pescoço em seguida, sendo cauteloso com cada ação, embora estivesse sendo ousado. — Não me diga que não está gostando...

Vitoria estava completamente supresa, mas não conseguia controlar seus sentimentos sobre tudo aquilo. Seu coração batia mais forte que nunca. Ele era seu melhor amigo, e sempre pareceu ser tão quieto... Nunca imaginara algo semelhante a isso vindo dele. Sem demorar muito, ela levantou-se rapidamente e virou-se para Sam, e esconder sua vergonha estampada em suas bochechas vermelhas estava fora de questão.

— Sammy, eu não posso...

Sam se aproximou dela com passos cuidadosos, respirando fundo, já que, em seu interior, ele se encontrava em combustão, necessitado do toque da mais nova, mas ainda assim não desejava afastá-la ou assustá-la.

— Eu já lhe disse que Sammy se foi. Se me chamar por esse apelido novamente, poderá sofrer as consequências.

— E que consequências seriam estas?... — Perguntou ela, recuando seus passos e ficando contra a parede.

— Acho que você está realmente curiosa sobre isso. — Ele riu, curvando seus lábios num sorriso ladino.

Sem demora, Sam posicionou suas mãos no rosto de Vitoria, aproximando seus lábios dos dela, influenciando-a a se deixar levaraos poucos pela emoção e se entregar a ele como sempre quis, embora ainda lutasse de certa forma. Quando seus lábios se tocaram, Vitoria não resistiu e não conseguiu mais romper o contato, se afundando no beijo intenso e caloroso.

Por conseguinte, o mais alto a pegou pela cintura e aproximou o corpo feminino do seu, sem largar a boca da mulher nem por um instante sequer. Seu pescoço foi envolvido pelos braços dela, e, sem hesitar, Sam a pegou no colo, caminhando em direção ao sofá, onde a deixou no seu colo e a beijava mais intensamente. Os dois estavam ofegantes e seus corações estavam à mil. Vitoria finalmente soltou seus lábios dos de Sam, encarando-o como se aquilo fosse extremamente errado, apesar de querer ignorar de vez esse pensamento inoportuno.

— Sam, nós não devíamos...

— Shhh. — O moreno a interrompeu, repousando seu indicador na boca rosada da garota, enquanto a outra mão fazia o trabalho de levantar a blusa da mesma.

Ao abrir uma fenda para suas línguas trocarem contato, Vitoria desceu suas mãos até os botões da camisa de Sam após retirar seu casaco, começando a desfazer os fechos, para só então expor todo o torso bem estruturado do melhor amigo. Ambos se observavam, os peitos subiam e desciam numa velocidade violenta, o que só os deixava ainda mais tentados.

— Você é incrível... — Sam a elogiou, sorrindo.

— Eu nem comecei ainda. — Revidou ela, sendo carregada no colo de Sam novamente, dessa vez ruml à sua cama, onde ele a deitou e ficou sobre ela, ainda a beijando incontrolavelmente.

Depois de horas de puro suor e calor, os dois tomaram um banho juntos e deitaram, abraçados e aquecidos sob as cobertas. Ao longo da madrugada, Sam acordou diversas vezes para observar a melhor amiga dormir em seus braços, em todas elas a acariciando ou a beijando, sussurrando confissões das quais nunca teve coragem o suficiente para assumir em alto e bom som para a mulher.

• • •

— Bom dia, dorminhoca. — O mais alto sorriu e andou até Vitoria para beijá-la enquanto ela esfregava seus olhos delicamente.

— Que horas são? — Questionou, ainda letárgica e inchada.

— Oito da manhã. Está com fome? — Indagou ele, se afastando da cama, ainda sorridente, para voltar ao fogão. Ela respondeu que sim com a cabeça, se espreguiçando. — Ótimo. — O mesmo concluiu enquanto levava um prato com panquecas na cama.

— Nossa... — Continuou ela, sorrindo divertida — Te dei brecha uma noite e você já está me acostumando mal...

— Uma noite? Creio que não pareceu ser só isso. — Sam se acomodou na cama, ao lado da morena, e abriu a boca de bom grado ao receber um pedaço da panqueca.

— De nada. — Um sorriso brincou em seus lábios — E então, quer dizer que sou incrível?

Sam sorriu de cabeça baixa, a deixando mais apaixonada com suas covinhas, e levantou a sobrancelha querendo dizer que sim, ela era.

— Você cozinha incrivelmente bem! — Vitoria o elogiou, comendo mais um pedaço da panqueca com uma fome que aparentava ser descomunal. — Eu acho que me daria bem se te desse uma brecha a mais e com mais tempo.

Os dois riram, e ele ficou a admirando enquanto a mais nova comia como se mais nada importasse no mundo. Então, baixinho, Samuel confessou:

— Eu tenho sorte de ser seu melhor amigo desde sempre.

Vitoria o encarou com os olhos semicerrados e as bochechas cheias de comida, fingindo estar desconfiada.

— Há! Você fala isso só porque te ofereci uma noite. — Rebateu ela, tentando esconder a chateação na voz e o amor que sentia pelo amigo.

—  Não, eu falo sério. Desde aquele dia quando éramos mais novos, e até antes, eu admiro você. Quer dizer, não só admiro. — Ele limpou a garganta, desviando o olhar desconcertado.

Ela sentiu seu rosto ferver de vergonha e, como se fosse ajudar a sair da situação embaraçosa, finalizou seu café da manhã com pressa.

— Eu vou me trocar, antes que Dean e Lais cheguem.

— Quer ajuda? — Questionou Sam, não conseguindo segurar a risada.

— Bobinho. — Disse ela, levantando-se e colocando o prato sobre a pia, se apressando para o banheiro em seguida.

• • •

Poucas horas se passaram e Dean e Lais chegaram. Estavam prontos para chamar a vidente. Depois de aproximadamente trinta minutos, Pamela já havia chegado no local e todos começaram a ajudá-la a preparar o ritual para a outra dimensão.

— Crianças, agora vou pedir para vocês deitaram e relaxarem. — Ordenou Pam. Os quatro a obedeceram, cada um deitando em uma cama e relaxando.

Pamela começou a ditar palavras que estavam longe do conhecimento de qualquer um ali, o que fez com que todos os que estavam deitados adormecerem. Todos acordam, levantando-se e vendo seus próprios corpos deitados. Agora eles estão na forma de espíritos, no outro lado.

— É estranho, mas legal. — Mencionou Lais. Todos concordaram.

— Vamos, temos trabalho a fazer. — O loiro afirmou, saindo do local acompanhado de Sam, Vitoria e Lais.

🌻 🌻 🌻

n o t a s  f i n a i s

estou morrendo de vergonha com esse hotzinho meia boca :×
é muito estranho o jeito que eu escrevia cenas assim, gente do céu
deu um trabalho pra adaptar e deixar melhorzinho, então espero que tenham gostado pelo menos um pouquinho hahaha

enfim, não esqueçam de votar e lavar as mãos! vejo vocês no próximo capítulo ;)

Anjos Não Amam;; [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora