43 - Dying To Be Alive

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"The people you've touched

The way you've touched them

I hope they've touched you too

'Cause in this life it's hard to tell

What is false and what is true"

Acordei no dia seguinte e nada daquilo parecia real. Não consegui evitar as lágrimas quando tudo veio à tona novamente em meu pensamento.

Ike acordou com o barulho do meu choro. Estava deitado ao meu lado na cama. Não tenho ideia de como fomos parar ali.

- Ei... ei... calma! – ele me abraçou. – O que aconteceu, Mia? O que aconteceu pra vocês ficarem assim? Nós ouvimos os gritos do quarto do Taylor!

- Acabou, Ike! Acabou! – foi só o que consegui falar.

- É impossível! Vocês se amam tanto. Ele te ama tanto. Eu sei disso!

- Ele me ama tanto que estava com aquela garota! Ele a beijou! Eu vi, Ike. Ninguém me contou! Eu vi! – a expressão em seu rosto revelava surpresa.

- Ele não seria capaz... – falava pra ele mesmo.

- Ele foi capaz! – a imagem daquele beijo voltou a assombrar meus pensamentos.

A imagem daquele beijo me assombraria pelo resto da vida...

Também me lembrei das fotos da festa. Aquilo me doeu profundamente. "Com certeza não foram só beijos que os dois trocaram..."

Então, eu imaginei os dois juntos... as mãos de Taylor tocando o corpo dela....

Nunca senti uma dor tão forte em toda a minha vida...

- Você viu as fotos? Você sabia que ele estava fazendo isso comigo? – questionei ainda histérica.

- Aquelas fotos foram uma surpresa pra todo mundo, Mia! Ninguém entendeu a atitude do Taylor! Você não tem ideia de como discuti com ele por causa disso! Nossos pais então... nunca vi meu pai daquele jeito. Até o Zac ficou puto. Mas todos pensaram que vocês iam conversar e se acertar! Que era só uma briga! Vocês se amam tanto...

- Acontece que seu irmão é um canalha! Ele não me ama! Quem ama não age assim! Não faz isso que ele me fez! Eu nunca mais quero ouvir falar dele! NUNCA MAIS! – eu gritava nervosa.

- Você precisa se acalmar! Não vai adiantar nada ficar assim!

- Eu sei, Ike. Nada vai mudar o que aconteceu... o que ele me fez! Mas dói tanto... – levei minha mão ao coração. Estava despedaçado.

Sentia um aperto no peito. Uma dor que não consigo explicar até hoje.

Ike ficou comigo o dia todo. Esperou eu me acalmar. Conversou comigo. Agiu como um verdadeiro amigo.

Tomei um longo banho. Queria que a água levasse a dor embora... mas era impossível. Doía demais...

Esperei até o início da madrugada para pegar o voo de volta a Los Angeles. Não queria ser reconhecida no aeroporto. Mesmo à noite, não tirei os óculos escuros. Estava acabada. Dilacerada.

Não havia muito movimento. Ainda bem!

Ike se despediu de mim no portão de embarque. Dei um longo abraço nele, um abraço de agradecimento. Não sabia se o veria de novo.

Fui embora sem olhar para trás.

...

Eu precisei contar para o Hugo tudo o que aconteceu. Pedi um tempo. Queria voltar ao Brasil e ficar com a minha família. Esperar as coisas esfriarem. Tentar esquecer...

Se eu pudesse te esquecer... (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora