Se eu pudesse te esquecer... (CONCLUÍDA)

38 - One More (Conteúdo Adulto)

"Nothing's over 'til its over

And if it's over I don't want to hear it

Look into my eyes I told her

Holding on to what is gone won't heal it"

O filme fez um sucesso absurdo na bilheteria mundial. Estava extremamente orgulhosa do meu trabalho. Hugo então... nem se fala.

Recebi a ligação dos meus pais, eles tinham assistido a estreia no Brasil e amaram. Minha mãe chorou no telefone. Era bom conversar com eles. Estava com muita saudade e resolvi planejar uma viagem rápida ao Brasil em algumas semanas para revê-los.

Uma chuva de propostas estava deixando o Hugo enlouquecido. Ele precisava analisar bem os roteiros com o resto da equipe para escolher os melhores trabalhos pra mim. Eu confiava nele. Nem me preocupava mais com isso.

- Mia! É isso! Você conseguiu menina! Você tem ideia de como a sua vida vai mudar? Você será reconhecida mundialmente. – Hugo estava bem mais deslumbrado do que eu.

- Graças a você! – o abracei forte – Obrigada, Hugo!

Ele sorriu pra mim e me abraçou de volta.

Agora eu tinha dezoito anos e ele não era mais meu representante legal, mas nada havia mudado entre nós. Aliás, nosso relacionamento era muito melhor agora. Ele morava perto de mim, também em uma casa em Beverly Hills e finalmente conheceu uma produtora por quem se interessou. Estavam se conhecendo melhor. Eu fiquei feliz por ele. Amava-o como um pai.

Mesmo sem nenhuma imagem para confirmar, a imprensa especulou sobre a briga entre Taylor e Ian. Eu me recusei a dar qualquer declaração sobre isso. Os dois negaram o ocorrido. Era melhor assim.

Com passar do tempo, chegaram à conclusão de que tudo não passou de um "boato". Estava mais do que na hora de deixar essa história toda para trás.

No fim de semana, peguei um avião para Nova York. Queria surpreender o Taylor em seu aniversário. Dessa vez nada daria errado.

Liguei para o Ike e combinamos a surpresa.

Taylor amou quando me viu entrar no estúdio com um bolo de aniversário em formato de piano. Ele riu.

- Não acredito que você mandou fazer esse bolo pra mim!

- Você gostou?

- Eu amei! – ele colocou os dedos no teclado do bolo se melecando inteiro e depois sujou o meu rosto.

- Para com isso, Tay. – eu me divertia com ele.

Então, percebi que uma garota não parava de me encarar. Ela estava no canto da sala e segurava um violão nas mãos. Tinha os cabelos escuros um pouco abaixo do ombro e os olhos castanhos. Estava com um vestido preto justo e uma maquiagem pesada demais para a ocasião.

- Ah, essa é a Michelle. Michelle Branch. Lembra que te falei dela, Mia. Essa é a minha namorada, Mia Collins.

Podem chamar de intuição, de loucura, de sexto sentido... mas eu não fui nem um pouco com a cara daquela menina.

O dia foi passando e aquela impressão só piorou. Era o jeito que ela olhava para o Taylor enquanto os dois trabalhavam. O jeito que mexia no cabelo e sorria pra ele. Era tão óbvio que chegava a ser patético. Aquela menina estava apaixonada pelo meu namorado.

E ele, como sempre, era todo simpático com ela. Brincava e sorria. Eu não sei explicar o que senti naquele momento. Um ciúme horroroso tomou conta de mim! Uma sensação horrível.

Consegui entender melhor o sentimento de Taylor pelo Ian. Não era nada fácil...

Tentei me controlar ao máximo para que ninguém percebesse o meu desconforto. Eu sempre brigava com ele por ser possessivo demais e não podia sair fazendo a mesma coisa. Mas ver os dois trabalharem juntos não foi nada agradável.

Percebi que Michelle também não estava nem um pouco à vontade com as demonstrações de carinho que Taylor tinha comigo. Ele deixava claro pra quem estivesse do lado o quanto me amava e sentia minha falta. E eu amava isso nele. Me sentia a mulher mais feliz do mundo.

Quando me despedi dela, senti um calafrio percorrer a espinha. A maneira como me olhou... parecia com raiva. Fiquei aliviada de ir embora dali.

Estava louca para conhecer o apartamento dos meninos e, quando entrei, percebi que tinha a cara deles. Tudo tinha a ver com música. Os instrumentos pela sala. Os cadernos de letras do Taylor espalhados. Era bem masculino e sem tantos detalhes. Fazia um estilo rústico com o piso de madeira e o ambiente todo aberto. Era bem espaçoso e cada um tinha o seu quarto. Ainda bem. Eu estava morrendo de saudade...

- Você não faz ideia da falta que eu sinto de te ter por perto, Mia! – ele encostou a porta do quarto e se aproximou de mim lentamente.

Segurou o meu rosto com as mãos e olhou profundamente nos meus olhos. Seu olhar era tão intenso que as minhas pernas amoleceram. Esse efeito que ele tinha sobre mim nunca passava. Eu ficava hipnotizada por aqueles olhos azuis.

Devagar, aproximou o seu lábio do meu e começou a me beijar. Conseguia sentir a sua língua acariciando lentamente a minha. Um calor percorreu todo o meu corpo.

- Você não faz ideia do quanto eu te amo, Mia. Do quanto eu te quero... – mordiscou a minha orelha e desceu para o meu pescoço. Meu corpo implorava pelo dele. Eu estava pronta pra ele.

Ele tirou a minha blusa e o meu sutiã. Seu olhar viajou para os meus seios e ele sorriu.

- Você tem um corpo lindo... Eu não canso de admirá-lo.

Desabotoou a minha calça e senti seus dedos escorregarem para dentro da minha calcinha.

- Eu adoro te sentir assim... tão molhadinha... Você me deixa louco! – não consegui evitar o gemido alto saindo da minha boca. – Eu preciso de você!

Não parou de me beijar enquanto me conduzia até a cama. Eu tirei toda a sua roupa, também admirando o seu corpo nu. Ele me virou de costas pra ele e agarrou meus seios enquanto mordia e lambia minha orelha. Senti seus dedos me tocarem novamente. Aquilo me deixou sem ar.

Não conseguia falar nada... a respiração ficava cada vez mais ofegante. Queria senti-lo dentro de mim.

- Me faz sua de novo... – ele gemeu ao me ouvir falar aquelas palavras.

Ah... a sensação de tê-lo dentro de mim... eu perdia totalmente o controle e me entregava completamente a ele. Eu me perdia nele... no seu toque, no seu cheiro, no calor da sua pele junto a minha... Ele conhecia o meu corpo, sabia muito bem o que fazer, onde tocar... e o prazer que me causava era algo extraordinário.

Ele me virou e me forçou a encará-lo.

- Eu quero olhar pra você...

Senti meu corpo todo estremecer quando ele me fez gozar. Não demorou muito para me acompanhar... eu amava aquela sensação... saber que também proporcionava tanto prazer a ele...

Ele não teve pressa para sair de dentro de mim e senti o peso do seu corpo sobre o meu novamente. Aquela sensação familiar... Sentia o seu coração bater acelerado... no mesmo compasso que o meu.

Eu amava o Taylor. Amava demais. Sempre soube que não seria capaz de amar mais ninguém assim... Eu seria dele para sempre...