Capitulo 3

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Quando saímos do hospital, Harry entrou comigo no carro do meu pai, sentando-se no banco de trás. Harry dissera que queria ir comigo antes de regressar à universidade, por isso, foi Liam que levou o seu carro. Daisy estava no meu colo e dormia como um anjo. Durante a viagem ninguém disse nada. O meu pai limitava-se a conduzir e vi nos seus olhos que estava muito triste. Harry olhava para a paisagem através da janela. Encostei a minha cabeça à janela e de repente, senti algo quente na minha cara. As lágrimas caíam e cada vez mais pensava na minha mãe. Se ao menos, eu não tivesse insistido para a minha mãe me levar, nada disto tinha acontecido. Podia ter pedido boleia a um dos rapazes, a culpa é toda minha. Funguei e senti olhares postos em mim. O meu pai colocou a sua mão no meu ombro e olhou para mim, com os olhos cheios de tristeza e dor. Harry não conseguia ver a minha cara mas eu reparei que ele olhava para mim com pena. Finalmente chegamos a casa e eu saí do carro. Antes de entrar em casa, Harry disse que queria falar comigo, por isso, dei a Daisy ao meu pai e ele entrou em casa.  

- Lamento pela morte da tua mãe. - Disse olhando-me sério. Uma lágrima caiu pela minha face e Harry limpou-a com o dedo. 

- A culpa é minha. - Tinha que dizer isto a alguém, este sentimento de culpa estava a apoderar-se da minha alma e eu já começava a sentir-me desesperada. - Nada disto teria acontecido se eu não tivesse pedido à minha mãe para me levar. 

- A culpa não é tua, tu não podias adivinhar que isto ia acontecer. - Harry disse, olhando-me preocupado. 

- Mas se eu não tivesse insistido...a minha mãe...-as lágrimas começaram novamente a cair e Harry abraçou-me. Retribuí o gesto, encostando a minha cara ao seu peito. Conseguia ouvir os batimentos do seu coração e, tenho de admitir, que aquele abraço me estava a acalmar. 

- Wendy lembra-te que nada disto aconteceu por tua culpa. Simplesmente estava destinado. - Disse, afastando-se. - Já agora, quando voltas para a escola? 

- Daqui a dois dias. Podia estar mais tempo em casa, mas não quero faltar a muitas aulas. - De repente, lembrei-me de uma coisa - Bolas, já não posso ir à festa do Hunter. 

- O quê? Que festa? - Harry perguntou, mudando a sua expressão para surpreendido. 

- Ele convidou-me hoje para uma festa que ele vai fazer daqui a dois dias. Ele disse-me que ia convidar todos os estudantes. - Olhei para as minhas mãos, eu sabia que Harry não gostava de Hunter mas eu sim, por isso, eu podia ir onde me apetecesse. Neste momento, não queria ver a cara com que ele estava, pois tenho a certeza que estava super zangado. 

- E tu acreditaste? Wendy, eu não acredito que te deixaste levar pela conversa dele. Ele nunca convida pessoas como nós para as festas dele. Ele deve querer alguma coisa de ti. Será que não percebes que ele é perigoso demais para ti? Ele não te merece. - A voz dele ficava cada vez mais alta e quem nos visse dizia que estávamos a discutir.  

- Não és meu pai, para me dizer o que é que eu posso fazer ou não. Eu sou dona de mim mesma, faço e decido o que bem me apetecer. Não tens o direito de me dizer isso. - A minha voz também aumentou e neste momento não queria saber se alguém nos estava a ouvir ou não. Quem é que ele pensa que é para dizer com quem é que eu devo andar ou não? Eu faço o que quiser da minha vida e ele não tem nada a ver com isso. 

- és tão teimosa. Porque é que não me ouves? Eu apenas quero o melhor para ti, não te quero ver com aquele tipo. Já viste o que ele fez a outras raparigas? - Os olhos dele estavam cheios de raiva. 

- Eu não sou cega Harry. Estou farta de ouvir sempre a mesma coisa. O Hunter é assim, mas se eu me aproximar dele pode ser que ele mude de atitude. Como melhor amigo que és, devias de me apoiar. - Gritei. Esta era a nossa primeira discussão a sério. 

Bad Choices // Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora