SEIS PÉS ABAIXO ━ ↻ {em andamento}
O mundo de Mareesa Dallas virou de cabeça para baixo quando um vírus mortal assolou a humanidade, fazendo pessoas voltarem dos mortos sedentos por carne humana, destruição e caos. Sendo uma das vítimas desse mundo...
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03. você sempre faz isso?
Quando abro meus olhos pela manhã e rolo pela cama, percebo que não estou em casa.
Por um momento, em meus sonhos, pensei que ainda estava em meu quarto e que tudo havia sido um sonho ruim demais. Mas olhando para o teto de minha barraca percebo que tudo era muito mais real do que parecia para mim. Suspiro e olho para o lado, observando que Mackenzie já havia levantado.
Tiro meu pijama e coloco minha calça jeans cigarrete, minha blusa de malha com mangas cumpridas e minhas botas. Amarro meus cabelos castanhos escuros e passo mais uma vez minha mão sob meus olhos para espantar o sono que sentia.
Hoje era o primeiro dia naquele acampamento, não sabia muito bem o que pensar sobre tudo. No entanto, tinha a segurança de que teria a companhia de duas pessoas da minha idade comigo: Carl e Sophia. A menina sardenta e de cabelos curtos eu conheci ainda antes de dormir, já Carl eu havia conhecido no engarrafamento e me vi muito feliz sabendo que teria sua companhia. Também tinham mais duas crianças, dois irmãos, Louis e Eliza que estavam dormindo quando fui cumprimentá-los, hoje eu tentaria conversar com eles.
Saio de minha barraca e me deparo com o grupo de adultos conversando entre si, senti a falta de Daryl e Merle e percebo que ambos estavam no canto deles, afastados como sempre. Eu pedi para que Daryl ficasse ao nosso lado, mas ele disse que preferia manter certa distância do grupo.
— Bom dia — digo para um homem de aparência asiática que estava sentado em um dos bancos das mesas do acampamento. — Sou Mareesa Dallas.
— Glenn Rhee — ele diz sorrindo — Como foi à noite Mareesa?
— Barulhenta. — murmuro — Todo barulho me assustava, mas acho que é questão de se adaptar, não é?
— Acho que sim — ele diz — Mas não tenha pressa para se adaptar, está difícil até para mim.
Assinto, pois sabia que a situação deixaria até o homem mais cético confuso. Fico brincando com os meus dedos até que Carl e Sophia se sentam a mesa, acabo abrindo um sorriso ao vê-los.
— Bom dia.
Eles deixavam largos sorrisos aparecerem seus rostos, sentando ambos em minha frente.
— É estranho estar aqui — Sophia é a primeira a murmurar algo após alguns segundos encarando o grupo de adultos.
— Também sinto isso. — murmuro — Mas ao mesmo tempo a paisagem é acolhedora.
— Eu costumava acampar com meu pai — Carl murmura e sinto a saudade em sua voz, não preciso perguntar para saber que ele — como eu — teve uma perda recente.
— Eu sempre quis acampar — murmuro — Mas minha irmã nunca tinha tempo, e Daryl... É o Daryl.
— Você só morava com sua irmã? — é Carl que pergunta.
