13 | family line

197 15 12
                                    

capítulo 13 finalmente saiu, espero que você gostem. desculpa qualquer erro <3

 desculpa qualquer erro <3

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

13. linhagem

MAREESA DALLAS


Minha boca estava seca e sentia a minha cabeça latejar, mesmo de olhos fechados. Quando os abro, ainda estou no mesmo quarto. Eu já havia decorado cada detalhe daquele lugar, cada mínimo defeito e a tonalidade de cada objeto. A janela continuava aberta, igual deixei na noite anterior. O vento morno batia em meu rosto, tirando levemente meus fios de cabelo do rosto. Olhar para o céu me fez lembrar dele e, por consequência, lembrar que havia sonhado com Alec de novo. 

Todo sonho eu ouvia a sua voz. Ela sempre dizia: — Está tudo bem.

E mesmo sendo um sonho, eu sabia — por ser sua melhor amiga e confidente — que ele estava tentando me acalmar. Como em uma canção de ninar me dizendo que eu estava sã e salva agora. — Ei, está tudo bem — a voz repetiu e parecia mais clara agora, junto disso consigo sentir meu corpo se acalmar. — Ninguém pode te machucar agora. — mesmo assim, eu não conseguia ver Alec em meus sonhos. 

Como se tudo estivesse escuro ao meu redor, mas pequenos fragmentos de cor laranja me guiassem para algo morno, como um abraço. Como o por do sol. Eu queria alcançá-lo, mas eu não conseguia. Era tentando seguir aquela voz que eu sempre acordava. 

Mas Alec não estava ali. 

Era sempre difícil respirar depois de lembrar mais uma vez tudo que havia acontecido. Eram tantas emoções que minha única alternativa era ficar parada, sem ter forças para fazer qualquer coisa. Eu não conseguia chorar, eu queria conseguir externar tudo que estava sentindo por meio das lágrimas, mas tudo que eu sentia era a minha cabeça latejando.

Respiro fundo, tentando prestar atenção em qualquer lugar daquele quarto ao qual não havia decorado ainda, porém era impossível. Após cinco dias presa ali, eu conhecia cada mínimo defeito dos móveis, quantas pinceladas tinha cada quadro pendurado na parede e até mesmo os rasgos que existiam nos lençóis. 

— Que droga — sussurro, sem conseguir respirar direito. 

Alec se tornou uma pessoa essencial na minha vida. Era como se eu estivesse viva apenas por causa dele. Saber que ele não estava mais ali, era como se eu tivesse perdido o meu irmão gêmeo. 

Junto a isso, fui afastada do meu grupo, da minha família e comunidade, além de ser apresentada para o outro lado do meu sangue. Um lado que eu imaginava — e agora esperava — nunca conhecer. Isso me deixava nauseada toda vez que eu lembrava. Meus sonhos eram apenas sonhos quando eu era mais nova. Conhecer minha figura paterna era importante quando eu era apenas uma garota que ainda não havia conhecido o mundo. Que via importância nos laços de sangue.

SIX FEET UNDER → carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora