07| the answers that we were looking for

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07. as respostas que estávamos procurando

MAREESA DALLAS


Minha mãe nunca demonstrou me amar.

Na realidade, até hoje não acredito que ela tinha algum tipo de afeto pela minha pessoa. Eu acho que era mais fácil ela tentar me chamar de filha ou fingir que eu era alguém que ela deveria amar, do que realmente fazer isso. Suas falas mais carinhosas eram quando eu atendia seus pedidos sem reclamar, de cabeça baixa. Seus momentos mais doces eram quando ela estava alucinando pelo idiota que tenho como pai e que nunca saberei quem é.

Minha mãe nunca disse "eu te amo" para mim.

Mas agora, olhando para a minha irmã e como ela cuida de mim, tocando meu corpo com a esponja de banho com delicadeza, como cuidou de meus machucados e de como me ouvir falando de meus pesadelos, sei que nunca poderei dizer que não conheço o que é o amor.

Sinto seu amor nessas atitudes e é por isso que me mantenho forte para o que está prestas a acontecer. Sei que estou exausta, meu corpo está cansado, por mais que esteja se curando. E tudo que posso culpar é minha mente que trabalha para me inquietar com todas as possibilidades dessa conversa ir por caminhos que não desejo e não quero. Eu não poderia prometer reações para aquela conversa, não poderia prometer abraços e um carinho que não sei se terei.

Antes de qualquer sentimento, antes do alivio, antes da dor. Antes de qualquer coisa, era estranho. Causava-me estranheza estar nesta situação porque nunca achei que fosse possível os reencontrar e agora que poderia estar à frente de todos novamente, a sensação era a de estar esquecendo algo. Principalmente porque eu não sabia como reagir. Eu deveria os abraçar? Dizer que estava com saudade e que pensava neles todos os dias?

Porque não era totalmente verdade. Eu sempre senti falta da fazenda, dos momentos e das pessoas. Mas faz muito tempo que eu realmente não pensava em todos eles, fiz isso para o meu próprio bem. Fiz isso para que eu não vivesse do passado e passasse a olhar para o futuro. Porém, mesmo sentindo tantas coisas com a ideia de ver as pessoas de meu passado de novo, eu não queria fugir. Queria encarar aquela parte tão conturbada de minha vida.

— Seu grupo vai dormir em uma das casas vagas, conseguimos arrumá-la e acho que logo você pode ir para lá — disse Mack.

— E Dr. Harlan?

— Logo ele irá voltar para Hilltop, mas vem nos preparando para isso — ela diz sorrindo e passando a mão pelos meus cabelos — Você cresceu tanto, fico feliz que queira ver eles... Mas qualquer sinal de que você esteja desconfortável, me diga tudo bem?

— Eu digo, pode ficar tranquila — digo sorrindo e ela assente. — Eu estou feliz em ter você do meu lado por esses dias Mack, muito feliz... Talvez eu não tenha deixado isso claro para você — murmuro — Esses pesadelos que estou tendo, eles me remetem outras coisas que aconteceram depois da fazenda, não consigo controla-los, mas não quero que pense que é a culpa por eu estar me sentindo assim.

SIX FEET UNDER → carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora