14 | the ones who live

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14. aqueles que vivem

MAREESA DALLAS


Não prometa o que não pode cumprir. Se você é a minha linhagem, deveria saber que esse é o principal lema de um Smith. 

Aquela frase continuava ecoando na minha mente como uma maldição enquanto eu via Negan deixando Alexandria sem olhar para trás. Era óbvio que aquele homem não me deixaria livre sem qualquer tipo de estratégia. E apenas pensar no que ele poderia fazer com quem eu amo me causava arrepios. Estamos em guerra. Uma silenciosa, mas que iria sucumbir em caos, eu sabia que sim. 

Rick não deixaria tudo que Negan fez passar batido. Nosso grupo não deixaria. Perdemos Abraham e Alec. Sabíamos que àquelas duas vidas precisavam ser vingadas. E eu as vingaria, de um jeito ou de outro. 

— Maree — escuto a voz de Carl ao meu lado, enquanto sinto sua mão segurar meu ombro. — Está tudo bem? — ele pergunta, mas olha diretamente para o rádio comunicador. Eu sei o que ele quer perguntar, mas quando olho para ele — de alguma forma que não compreendo, mas sei — Carl entendeu que eu não queria falar sobre isso naquele momento. — Conversamos depois — ele diz.  

Assinto, sorrindo levemente e pendurando o rádio comunicador em meu cinto, na parte de trás. Ver os alexandrinos fecharem o portão me faz relaxar um pouco, eu realmente estava em casa novamente. Talvez pudesse descansar um pouco antes de pensar no que aconteceria no futuro, mesmo sendo irresponsável. 

Além disso, precisava saber como estavam meus amigos e meu grupo. Não sabia como poderia encarar Hannah e Celeste, como seria a reação delas depois de descobrirem tudo. Enquanto eu estava agonizando com minhas próprias emoções do luto no Santuário, a vida havia continuado do lado de fora. 

— Ei — Carl murmura me puxando em direção a sua casa. — Mack e meu pai foram avisar os outros que você está aqui — ele explica. — Noah foi pegar suas coisas para levar até a minha casa. 

— E a minha? 

— Hannah e Celeste estão em Hilltop — Carl diz. Ele pausa um pouco e imagino que queira falar de Alec. — Alec e Abraham foram enterrados lá e como Gregory está surtando, elas resolveram ajudar Jesus com as coisas.

Assinto, ainda assimilando que a opção de encarar a nova realidade seria adiada. Sem perceber minhas mãos começam a tremer e sou obrigada a parar por um tempo, apenas para respirar fundo. —Isso é egoísta, mas eu estou com medo, Carl — digo, olhando-o. Eu sei que ele está me ouvindo, por isso continuo. — E se Hannah me odeia agora? E se algo foi quebrado por causa daquele homem e Celeste não me queira mais por perto? 

SIX FEET UNDER → carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora