Holland jogava o quadril para todas as direções do quarto. As mãos subiam e desciam pelo corpo enquanto a voz da Beyoncé soava alta pela televisão ligada. Não se importava com o suor que se formava e escorria por sua nuca.
O cabelo ruivo se espalhava pelas costas estreitas da atriz enquanto ela dançava com destreza. Contrastando com os movimentos sensuais, Holland cantava desafinada, mas ela nem ligava para isso. Fechava os olhos de prazer por deixar o corpo livre daquela forma.
Sorria e cantava com a mesma frequência. Os pés descalços quicavam no chão e a camisola subia e descia pelas pernas grossas. Não tinha motivos para ela estar daquela forma, Holland estava apenas... feliz. Mesmo sem ter acontecido nada em especial.
Ela já não sabia há tempo movia o corpo daquela forma, mas não pretendia parar tão cedo de dançar ao som da música que tanto amava. Porém, o toque de seu celular, gritando por cima da voz da Beyoncé, a incomodou o suficiente ao ponto de fazê-la correr até sua cama e olhar quem estava ligando.
Antes que pudesse olhar qual número anunciava na tela do celular, o toque do interfone chamou mais a atenção da Roden. Ela foi apressada até o interfone e não deixou que o porteiro falasse nada, apenas disse "pode subir". Sabia que era sua pizza que tinha chegado.
Atendeu a chamada do celular sem ainda saber quem tinha ligado. Toda sua atenção estava voltada para a porta de entrada da sala, esperando que o entregador chegasse e tornasse sua noite melhor.
— Alô? — Ela perguntou sem muito interesse.
— Roden!
Holland piscou duas vezes ao reconhecer a voz grave e familiar. Afastou o celular da orelha e finalmente olhou para o aparelho, querendo se certificar de que não estava enganada. O nome "Dylan O'Brien" se exibia como o dono daquela ligação.
— Oh meu Deus! Dyl! Que saudades.
Dylan riu rouco do outro lado da linha e Holland sorriu. Sorriu porque sentia falta do som da risada do garoto. Fazia meses que ela não o via e nem sequer conversava por ligação com ele.
— Que bom que você disse isso, porque eu quero saber se posso ir para sua casa.
— Quando? — Ela perguntou confusa, sem entender o motivo dele se convidar daquela forma.
— Agora! — Holland pode escutar com clareza o constrangimento invadindo a voz de Dylan.
— Claro que pode, seu idiota! Quero ver você.
Dylan suspirou de alívio e foi a vez de Holland soltar uma risadinha. A campainha de seu apartamento tocou e ela abriu a porta depressa, ansiosa por sua pizza.
— Ainda bem que você deixou eu vir, porque eu já tinha dispensado o entregador de pizza!
Era Dylan que estava parado a frente da porta de seu apartamento. Ele segurava uma embalagem de pizza com a mão esquerda e na direita, agarrava a alça de uma grande mochila preta.
— Dylan! — Ela exclamou o nome com surpresa, paralisada por alguns segundos. O'Brien lhe ofereceu um sorriso torto e amigável.
Por fim, Holland agarrou um braço do ator e o puxou para dentro de seu apartamento. Fechou a porta atrás dele, pegou a pizza que ele segurava e a colocou em um aparador ao lado da entrada. Depois, finalmente, se jogou nos braços de Dylan.
Ele riu e correspondeu o abraço com facilidade. Uniram os corpos e se espremeram por um longo período de tempo. Só se afastaram quando Holland cansou de ficar na ponta dos pés. Ela sempre precisava se esticar para conseguir abraçar pessoas muito mais altas.
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Morango e neve
Hayran KurguQuando Dylan O'Brien tem a oportunidade de conquistar o papel de seus sonhos, ele decide pedir ajuda a sua antiga colega de elenco: Holland Roden. O que ele não podia imaginar, é que suas vidas mudariam drasticamente com esse novo projeto. Dylan c...