A Cerimônia do Quinto Ciclo

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- Max! Rápido! Antes que o espetáculo comece! – Sscot corria que nem um condenado, tentando alcançar a costa dos Calígonhas. O Centro Solar o qual ele e o primo Max percorriam aquele final de tarde estava movimentado. Muitos seres de vários planetas além de TriÚni comparecendo no Centro. A dupla Qlember carregava seus roupões, esbaforidos, pelos braços, tentando ultrapassar um aglomerado de Léptors, tipos de répteis do planeta Laffer e mais a frente seres do arquipélago de sedimentos rochosos apelidado carinhosamente de Montinho, vizinho do Sistema de Magnetizadores. Chegou uma hora da corrida que nem Max, e nem Sscot, aguentava mais. Max resolveu desacelerar os passos. Sem querer, Sscot esbarrou num bando de seres de pele roxa.

- Calma Sscot! A cerimônia não vai acontecer logo. Ainda temos alguns minutos pra chegar na pirâmide. – Max vinha logo atrás, metralhando pingos de suor para todos os lados da rua. – Sabe qual delas é?

- É claro! A pirâmide de cerimônias que fica no final leste da costa. – Respondeu Sscot, voltando a acelerar os passos.

Quando o Qlember falou, Max e ele haviam acabado de ingressar no túnel de árvores Carvíneras gigantes. A região central da costa. O aglomerado de seres congestionando, em pontos. Milhares de seres metabólicos do universo local preenchiam os espaços vagos nas mesas flutuantes dos bares com formatos de cabeças de animais nativos. Max recebeu um aviso no seu bracelete. Era um chamado de Richard.

- Max e Sscot, venham logo! Todos os coordenadores de Platinum já estão aqui. Exilei vai entrar no espetáculo daqui vinte minutos! – O barulho de movimento intenso, além da voz, mostrava o coordenador enfurnado num bastidor de pernas pro ar.

- Já estamos chegando, Richard. Já conseguimos ver parte da pirâmide pelas brechas de galhos das Carvíneras da Costa.

- Ótimo. – Richard desligou. Na hora que o jovem E-xen magnetizador de fogo parou de falar, ele enxergou o primo Sscot posicionado numa área com menos tráfego de seres metabólicos.

- Por aqui! – Sscot chamou o primo. Os dois aproveitaram o atalho entre os seres, de forma a alcançarem mais rápido a pirâmide maior de todas.

Chegando lá, os garotos do M.S.E. acabaram sendo, primeiramente, assediados por Magnetismas de Informação vendendo Línguas de Banho à preço de banana. Tiveram que, enfim, correr mais um pouco para que outros magnetismas não viessem a enchê-los até que conseguissem sentar numa das mesas flutuantes em volta da pirâmide cercada de seres de todos os tipos do Universo Legalizado. A costa dos Calígonhas contornava a sede do espetáculo anual com exemplares de pirâmides ainda menores, além de mesas flutuantes avulsas disponíveis aos que viessem assistir a celebração de camarote. Uma das mesas reservada aos primos Qlembers recém-chegados. Comparecendo no local, um ser cutucou o ombro dos meninos. Max e Sscot viraram-se para ver quem era.

- Richard!

- Max!... Sscot! Ainda bem que chegaram. Escutem. Vou anunciar o começo da cerimônia com os outros cinco coordenadores. Como o planeta de Veridian irá demorar a chegar no lugar do céu marcado, ainda terão tempo para desejar uma boa sorte à prima de vocês.

- Onde ela está? – Perguntou Max.

- Está na grande tenda instalada atrás da pirâmide, junto com os outros. É só seguir a trilhazinha de pedras. Impossível se perder.

- Tá. Obrigado. – Agradeceu Max. Ele e Sscot dirigiram-se à estradinha logo atrás de Richard.

- Todas as ruas de Solar são feitas de pedras!... – Sscot vinha rindo da informação de Richard passada. – Sorte dele que a gente o saca, desde que as missões começaram... Lembra daquela vez que ele nos preparou pra enfrentar um Opnert quando na verdade era um tipo de Kloptero do satélite de Uang-Mang?...

M.S.E. Series - A Nova Era, Os Guerreiros de TriÚni, O Segredo de VeridianOnde histórias criam vida. Descubra agora