M.S.E. Series - Lawn Xavier, O Universo Submerso, O Final de Era

Os Melhores Amigos do Universo

Nos dois dias seguintes a chegada dos Qlembers em Lawn Xavier, Max acordara sempre antes de seu casal de primos que pareciam ainda não terem se adaptado ao ritmo da fazenda Human-E-xen. O de acordar cedo, tomar um café da manhã no capricho enquanto o sol raiava, e tentar a sorte com a captação de algum jornal do Sistema TriÚni através dos braceletes de comunicação anos-luz. A última opção ficara ainda mais impossível com as complicações do final de Era no sistema dos Magnetizadores. À tarde, vinha a tarefa de ajudar na limpeza da casa que não era tão pequena assim. E, para o fim do dia, divertir-se com o trato dos animais em rebanho da fazenda e ainda matar o pouco tempo que restava com outra atividade aleatória. Casualmente, Isabelle e Saun ainda permitiam que saíssem mais de uma vez para os vários cantos encantadores de domínio Human-E-xen no Vale. Toda a região estivera sendo protegida por um tipo de equipamento antena trazido dos impérios do comércio TriÚni que preservava o Magnout e a esfera de Magnetaise lançados pelos moradores por mais tempo e estendia sua zona de atividade. Por conta dos indícios de Z-xens destruindo vilarejos de Human-E-xens e Human-Trius à procura do M.S.E., a antena de Magnout e Magnetaise representava a fortaleza invisível do Vale. O tipo Magnout protegendo dos humanos de fora da comunidade, e o Magnetaise da própria Tirania e seus aliados. Naquelas oscilações, Isabelle ainda estava um pouco apreensiva em deixar o grupo de jovens o qual abrigava em sua humilde residência se afastar tanto da propriedade. A maioria dos locais aonde os jovens iam, no entanto, era também recheadas de moradias de Human-Magnetizadores, o que deixava a governanta um tanto mais aliviada.

Os pássaros nativos da região piavam uma trilha sonora para o nascimento do sol. Um menino esmilinguido e de cabelos espetados, no topo da colinazinha atrás da casa, corria por uma estrada de chão recheada de britas gigantes. O queridinho de Isabelle, Víctor Jámmúdhhe, movia-se pestanejando vento e estranhamente sem ofegar muito. Ia resvalando sobre os pedregulhos do caminho com o bracelete no pulso projetando uma notícia publicada pela Onda de Triu. Sua expressão era de ter visto um bicho morto e o cheiro de carniça ter sido tão forte que tinha irritado seus olhos. Passando pelo parreiral de uvas da fazenda, agora há menos de dez metros da casa, viu Isabelle e mais Saun colhendo alguns cachos. Compenetrados nas uvas, ambos nem o perceberam passar.

O jovem de exceção Z-xen descia mais pela estradinha. Agora, durante a descida do morro, já podia ser visto a casa de Isabelle Qlember com algumas persianas prontamente abertas para refrescar os quartos e tirar o excesso de carbono expirado pelos dorminhocos. A estradinha de acesso entre o forno de tijolos antigo, o galpão, e a casa. Víctor alcançara o final da descida do caminho e já agora se posicionava em frente ao casarão onde os moradores tinham acordado a recém. Os cachorros de Isabelle Qlember, encoleirados e endoidecidos, começaram a latir, ao que o Jámmúdhhe jovem acessava a portinha da cerca e depois a de acesso à cozinha da casa. Alguém na janela do cômodo já o notara.

- Por que o Víctor tá tão emocionado desse jeito? – Estranhou Bettina de pé na janela. Sua xícara de café com leite na mão.

Do lado de Bettina, o fogão a lenha esquentando mais água e leite para o resto do grupo tendo a refeição matinal sagrada. Quase grudado ao forno, a caixa da lenha sobre a qual Cassio Tryzzi Qlember estava sentado degustando um pão com geleia de abóbora e nata, uma xícara de café preto estacionada sobre a ponta do forno pouco quente. Na mesa redonda do centro da cozinha, Enrhái ainda passava manteiga na sua fatia de pão e pedia para uma das gêmeas Litruanas "meter logo duas cuié" de aveia em seu iogurte, o que fazia o pessoal reunido na cozinha rir de seu sotaque de caipira. Betti Glume tomava seu leite com achocolatado fazendo um barulho de sucção estranho com a boca. Enrhái deu uma encarada em Betti, sem que ela visse, e riu após uns segundos, antes que a mesma percebesse alguma coisa.