M.S.E. Series - Lawn Xavier, O Universo Submerso, O Final de Era

Litrum

(Como falta de um ou mais gêneros específicos determinados à espécie, Litruanos aqui retratados são tratados tanto no feminino quanto no masculino ao mesmo tempo. Uma forma de mostrar que o gênero não existe em TriÚni e muito menos entre os nativos de Litrum.)

O portal de magno-tempo sugou o trio de Litruanos sintéticos e os arremessou contra um caminho sem fim pelo universo, sofrendo uma compressão por um túnel forte e invisível o qual os sustentava como se estivessem numa peregrinação de tartarugas marinhas no oceano terráqueo. O meio de transporte ultrapassou as barreiras do tempo do universo legalizado, percorreu infinitas vezes a distância do sistema TriÚni, e os Litruanos não tiveram tempo para ver muita coisa. Somente talvez tenha sido possível enxergar as estrelas fazendo riscos enormes, e planetas refletirem suas luzes por um tempo infinitamente grande, já que o próprio portal o qual estavam usando tinha a capacidade de correr mais rápido que a velocidade da luz. Os três Litruanos só berraram, dentro do portal, quando chegaram segundos mais tarde no sistema ao qual seu planeta destino fazia parte. Passaram entre o espaço que dava entre Platinum, Triu, e os planetas representantes dos guerreiros de TriÚni. Por um momento, um dos Litruanos no portal sentiu já ter estado naquele lugar anteriormente. Na verdade, já ter passado por aquilo mais de uma vez.

As estrelas, meteoros, nébulas, e entre outras coisas pertencentes ao sistema não ficaram muito tempo sob o efeito da velocidade do portal. Consequentemente estando mais próximo de Litrum, agora, o fluxo no interior do portal ia decrescendo sua velocidade para enfim atravessar a crosta de gelo a qual cobria toda Litrum. Atravessar os níveis e desníveis da superfície para então, numa fração de segundos mais tarde, finalizar o transporte numa região bem escura e muito, mas muito azul do planeta. Isso por conta da luz da estrela branca que rondava Litrum e que precisava passar pelo teto grosso de gelo cobrindo a esfera para tocar Lolmonetrum. Por cima daquela crosta não havia metabolismo sendo efetuado nem mesmo pelo mais insignificante ser. Fora da casca, o clima era de total zero absoluto. Ao oposto disso, o interior da crosta de gelo era movimentado, badalado. Tinha a Musi-Drug-Land e acabava sendo, simplesmente, o mais aterrorizante planeta daquela região da galáxia.

Os três Litruanos saíram do portal. Caíram, todavia, eretos, pois tiveram a sensação de ter feito aquilo inúmeras outras vezes. Instantes após encararem tudo em volta estranhando muito, um deles deu o primeiro sinal de vida. A respiração deles ainda ofegando bastante. O clima meio gélido, porém nem tanto para o sistema metabólico deles preparado para esses tipos de temperatura, vaporizava ao respirarem.

- Onde estamos?... Hein... Sinabia?... É assim que você se chama, não é mesmo?... Sinabia?

- Sim...

- Agora sim... Algo está vindo à minha mente... Não sei como... Agora que vejo, sei, sem saber como, que esse lugar é... Lol... Mo... Netrum. – O Litruano que tinha menos disposição em estar ali falou. Seus olhos perseguiam cada edificação cyber. O portal dos Litruanos deixara-os num tipo de beco com vista para o centro principal de Litrum. Lolmonetrum, o principal e único centro legalizado de Litrum. O centro de Litrum era um lugar carregado de prédios transparentes mutáveis dos mais variados tamanhos e tipos. Vários plugados uns nos outros. Assim como qualquer outro planeta do sistema TriÚni, globos-moradias, e naves também existiam ali, no entanto, tinham seu uso mais restrito aos líderes do planeta. - Hey!... Acho que sei onde estamos!

- Onde? – Perguntou um dos dois os quais escutavam o primeiro.

- Estamos na zona dos privilegiados de Litrum. O portal conseguiu nos mandar diretamente para essa região. O que acho que vai facilitar as coisas, se minha mente Litruana sintetizada fazer sentido.

- E?

- E que podemos ir e vir por aqui... – O Litruano começou a saracotear sobre o lugarejo deserto. Uma batida de música bem distante chegava aos ouvidos Litruanos enquanto se moviam.