11.º Capitulo - Parabéns Viki

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Estava um lindo dia de sol e a luz entrava pela janela do quarto da Viki, assim como um cheiro incrivel a rosas vermelhas.: - Rosas vermelhas? Agora até sei a cor das rosas...Hoje faço 18 anos e vai ter que ser o dia mais feliz da minha vida...Onde está o meu Oliver?

Ela achava que já tinha recebido o primeiro dos seus presentes....um "ramo de rosas vermelhas" virtual e o livro do Oliver...que agora era dela. Tinha conhecido o pai...e tinha viajado até ao mundo celestial. Nada mau para quem nunca teve nada de especial nos seus dias de aniversário. Ela insistia em olhar para o espelho mas nada. Resolveu sair do quarto e correu para o lago mas o Oliver também não estava lá.: Estranho...se eu penso nele...ele deveria aparecer? Será que tenho que o chamar...não...não lhe vou dar esse gostinho. Ou será que foi o meu pai que não o deixa vir? Isso era o cúmulo, ele ainda é o meu anjo da guarda! Vou testar...Pegou num ramo de sobreiro caído e começou a fazer-se de espadachim como se estivesse a esgrimar: Touché...para este sobreiro! Touché para esta linda pedra! Vão achar que estou doida....isto não resultou...uma encenação muito fraca. Já sei, vou subir as escadas e descer do corrimão. E assim fez, ao deslizar caiu suavemente na relva macia do jardim. :- Que raios...se eu não me quisesse me magoar já o teria feito e agora, nem que eu queira uma desgraçada de uma negra eu consigo fazer...

- Não te esforçes Vitoria...eu já aqui estou. Respondeu Oliver ao seu lado, de tronco despido e braços cruzados.

Viki ficou a olhar para ele embevecida....alto, loiro, moreno, musculado e super atraente.

- Ahhhh....como é possivel! Era mesmo uma miragem...lindo, lindo, lindo de morrer....Esticou o dedo e pousou-o no seu braço e sentiu-o. Ele era macio e quente?Que estranho! - Tu, aqui ao meu lado?

- Não era para te assustar...apenas para te surpreender. Parabéns querida Vitória! O facto de eu estar aqui na Terra materializado, é uma prenda do teu pai para ti. Assim, hoje vou passear contigo para onde quiseres.

- Trata-me por Viki. E vais comigo de asas nas costas...as pessoas vão estranhar.

- Não...vou-me apresentar como uma pessoa normal e tenho carro...

- A sério? Uau! Que bom! Vamos nos divertir à brava....isto é, vai ser giro....Tentou conter o seu entusiasmo exagerado. - E aonde vamos?

- Aonde tu quiseres ir...Tens algum sitio especial?

- Sim! Eu quero ir a um lago que existe no outro lado da cidade. Dizem que é lindo...e podemos fazer um piquenique...

- Assim seja sua Alteza...

- És tão giro quando brincas assim comigo! Corou, depois de ter dito a frase alto e tentou se emendar: - Tu percebeste...és muito engraçado....

Quando ambos entraram no carro e a Viki olha para ele, Oliver já estava vestido com um polo azul claro que fazia sobressair o azul dos seus olhos e umas calças de ganga que lhe caíam a matar: - Sensacional...eu também gostava de estalar os dedos e mudar de roupa quando quizesse.

- Mas tu tens o dom da vida, enquanto que eu....estou morto.

Viki pousou a mão na sua perna e voltou a sentir o quente do corpo dele e de imediato retirou a mão: - Desculpa....é que...eu não costumo ser assim...pareço-te atrevida?

- Não...eu até gosto que tu me toques...é uma sensação indescritivel...como se ainda estivesse vivo.

- Mas tu emanas calor...pareces vivo....és diferente do meu pai...

- Por favor...não me estragues o passeio...o teu pai Viki? Falar agora dele?

- Gostas assim tanto dele é? Perguntando de forma sarcástica.

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