Provocações

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Eu sai da casa dela sem palavras. E o que eu ia dizer? Eu merecia o que ela estava falando. Cada palavra. Giovanna me odeia e deixou isso bem claro. Eu acabei fazendo o que ela me pediu. Me afoguei no trabalho e comecei a voltar a minha rotina. Depois de uma semana entre trabalho e casa o Michel passou na minha sala e me chamou para ir a uma boate que iria inaugurar aquele dia. Minha vontade era zero, mas eu precisava me distrair um pouco e talvez encontrar alguém que tirasse a Giovanna da minha cabeça.

Estou distraído, quando a minha secretária telefona e fala que tem um homem querendo falar comigo. Era o Marcos. Pedi a minha atendente que o deixasse  entrar e assim que ele entrou  começou falando.
- Por que nenhum de vocês me contou que a Ariana estava grávida?
O Marcus foi praticamente criado com a gente e éramos amigos de infância. Fazia tempo que não o via por causa do trabalho e quando minha irmã decidiu não contar eu já previa que isso iria acontecer se ele descobrisse. Eu respirei fundo. 
- Foi uma decisão dela, Marcus e você sabe que quando minha irmã põe algo na cabeça não tem ninguém que tire.
Ele começou a andar pela sala, passando a mão pelo cabelo, nervoso.
- Ela não tinha esse direto! A criança também é minha.
- Marcus, acho que essa conversa você tem que ter com ela.
- E você acha que ela me escuta? Aquilo ali é teimosa igual uma mula. - Eu me permiti rir.
- Isso eu já sabia. O que eu não sabia é que vocês tiveram algo.
Ele parou meio receoso e disse:
- Não era pra ter acontecido, mas...
- Eu sei Marcus. Você sempre teve uma queda por ela, só não admitia.
- Eu...
- Guarde suas explicações para o Rodrigo que quer sua cabeça numa bandeja. Eu estou meio que aceitando. Apesar de eu ter proposto ela parar de trabalhar e ela quase quebrar a cadeira em mim. Só posso te desejar sorte com ela e para lidar com Rodrigo e Miguel! Vocês têm meu apoio.
- Eu...Obrigado. Preciso achar ela. Qual andar ela está trabalhando?
- Acredito que que 10°.
- Obrigado, Henri. Agora eu tenho que enfrentar a fera.
Encostei minha cabeça no encosto da cadeira me permitindo relaxar por alguns momentos. Trabalhei até tarde e depois fui me arrumar. Fui  de carro até a boate, que estava lotada. Como eu conhecia o dono, entrei sem enfrentar fila e realmente estava lotada. Avistei o Michel no camarote, cheio de mulheres ao redor, e ele sorri torto. Eu realmente precisava me distrair. Subi as escadas e o segurança me deu passagem. Logo já tinha a uma moça sentada no meu colo. Fui pegar uma bebida e aproveitei para olhar a multidão de pessoas lá em baixo. Olhei para uma mulher que estava se destacando das demais, e nossa, que mulher. Ela estava com um vestido curto, e o cabelo solto. Dançava sensualmente com uma outra moça e quando ela virou eu perdi a cor. Giovanna? O que diabos aquela mulher estava fazendo ali, com aquele vestido curto que não tampava nada. E o pior de tudo, dançando daquele jeito! Percebi quando um homem chegou perto dela e disse algo. E ela riu. Por que ela estava rindo? Tudo estava irracional em mim. Que vontade de matar aquele sujeito e tirar ela dali nem que fosse a força. Sai do camarote puto de raiva e fui na sua direção dos dois. Ela estava dançando de costas pra mim e meu Deus. Que corpo era aquele? Assim que ela se virou para mim eu disse:
- O que você faz aqui?
Ela me olhou despreocupadamente.
- O mesmo que você?  Me divertindo!
Ela ameaçou sair. Segurei seu braço e trouxe ela para perto.
- Com quem você veio?
Ela se desvencilhou de mim e disse no meu ouvido:
- Não é da sua conta.
E foi para a pista de dança. Ela começou a dançar no ritmo da música e assim que eu vi que um homem estava olhando, fui para perto dela. Giovanna nem ligou e continuou dançando. Vê-la dançando daquele jeito e com aquele corpo estava me deixava louco. Me aproximei mais dela até nossos corpos se chocarem e ela descer até o chão encostada em mim. Ela não tinha noção do que estava fazendo porque o meu corpo estava em brasas. Minha mão estava em sua cintura e eu pude sentir aquele perfume com a proximidade. Aquilo estava me matando de desejo. Ela se virou e continuou a dançar sem tirar os olhos dos meus. Eu a puxei para mim e sussurrei:
- Você está me provocando.
Ela respondeu:
- Só estou me divertindo...

Ela desabotoou um botão da minha blusa e aquilo foi o estopim para mim. Puxei ela e agarrei a sua boca com a minha. Ela me deu espaço e a beijei com vontade, com saudade e nossa! Que beijo. Quando a mão dela agarrou meu cabelo, eu enlouqueci. Puxei para um lugar mais reservado e a beijei compulsivamente até eu dar um impulso e ela rodear suas pernas em minha cintura. A encostei na parede e beijei seu pescoço. Mergulhei minhas mãos por debaixo do seu vestido e puxei a sua calcinha para baixo, a toquei intimamente e ela estava mais que preparada para mim. Quando percebi já estava dentro dela, sentindo Giovanna contorcendo em mim e eu extasiado pelo desejo que estava dela. Entramos no clímax juntos e o que foi aquilo? Eu queria mais muito mais. Comecei a beijá-la e roubei a sua calcinha, colocando ela no bolso. 
- Henri, me devolva agora! - Ela berrou.
- Não. Agora é minha.
- Você é louco? Como vou embora sem calcinha?
- Eu vou te levar. Simples assim.
- Não vai não! Não quer me devolver? Ok. Mas não vou embora com você.
Ela saiu de perto de mim, ajustou o vestido e saiu desfilando. Fingiu que algo caiu no chão e abaixou. Ela....realmente abaixou e depois me deu um sorriso cínico. Depois ela saiu do meu campo de visão e eu a procurei por todo lugar e não achei. Que mulher!

Bem vindo a Italia #Livro 1 (Serie De Encontro ao Amor!)Onde histórias criam vida. Descubra agora