Declaração

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Eu não sabia do que mais eu estava com raiva. Na hora que eu chego naquele bendita festa que fui obrigado a ir me deparo com ela. Sim, a mulher que veio para me tirar do sério. Com um vestido que realçava suas curvas. Conversava com irmão do James. E para piorar, ainda aceitou, rindo, ir dançar com o filho do mãe do Jonas. Com toda a educação que eu tinha e não queria mostrar, interrompi os pombinhos e fui tirar satisfação com a Giovanna. Lógico que não fui recebido por flores, mas na hora que a conversa fluía sem um pouco de rancor lá estava a Jessica me chamando de "amor ". 

Se eu tivesse ido dormir eu no estaria tão puto quanto agora. Já tinha dito para a Jessica milhares de vezes para desgrudar de mim, mas cada passo ela vinha atrás. Peguei um whisky puro com o garçom e tomei de uma vez. Se aquela noite piorasse, eu nem sabia o que iria fazer. Avistei a Giovanna indo para o banheiro e a segui. Precisava tentar explicar as coisas para ela antes que essa resolvesse me matar. Entrei no banheiro feminino. Sim. FEMININO. E a vi retocando maquiagem. Assim que ela me viu, ela virou, já jogando o batom em mim e disse:
- Você sabia que aqui é um banheiro para mulheres?
- Quer parar de ser tão teimosa e me escutar.
- Não tenho nada pra falar com você. Seu...
Perdi o resto da minha compostura. Tranquei a porta do banheiro e a encostei na parede impedindo dela me dar um soco. Ela começou a falar :
- Seu louco! Abre essa porta
Cheguei perto dela e disse:
- Só quero que você me escute! E não vamos sair daqui enquanto isso não acontecer.
Ela me olhou e respirou fundo. Ainda com os olhos fechados ela disse:
- Você tem cinco minutos Henri.
Eu olhei pra ela, passei a mão no cabelo nervoso e disse:
- Desde o início eu senti algo diferente por você, Giovanna. Essa sua espontaneidade, seu sorriso tudo me atraiu. Até aquela noite. Eu tentei não me aproximar, mas tudo me atrai para perto. Depois do que aconteceu entre nós eu vim embora e sei que errei. Errei muito em fazer isso, mas minha vida já é muito complicada. Tem coisas que você não sabe, mas me transformam no pior ser humano. Quando cheguei aqui, você não saia da a minha cabeça. Tudo me lembrava você e eu só não peguei um avião para a Itália porque não queria você na confusão da minha vida. Aí você me volta e trás aquela confusão de sentimento a tona.
Comecei a andar de um lado para o outro nervoso e continuei:
- Eu tentei me afastar, mas toda vez que eu te vejo com outro homem sobe uma raiva em mim desconhecida. Tudo em você me tira a paz, Giovanna.
Encostei a minha testa na dela e disse:
- Eu não sei se tenho força pra te afastar de mim...
Assim que ela ia falar algo, alguém bateu na porta meio desesperado. Assim que abri era o James com o rosto mais pálido que eu vi. Quando percebi, Giovanna já correu para o lado da Helena que estava com a mão na barriga e com o cara de dor. O James estava desorientado e então conclui a criança estava nascendo. Arrumei um desespero e cheguei pelo do James e disse:
- Cadê o carro? Eu levo vocês.
- ....Meu....irmão..
- Já entendi tudo. Vamos no meu carro. Agora se recompõe, que a Helena precisa de você.
A Giovanna me gritou e fui apressado até ela, que disse :
-Vocês querem andar rápido? Ou essa criança vai nascer aqui!
Corri até a Helena e a carreguei até o carro. James entrou apressado ainda desorientado e corremos para o hospital.  A cada grito da Helena eu me desesperava e acelerava mais. Ao chegar no hospital, coloquei ela na cadeira de rodas e James que parecia mais atento tomou rédea da situação. Fiquei eu a Giovanna do lado de fora, sem saber o que fazer, quando senti uma mão segurar a minha e olhei para a Giovanna que me olhou e sorriu e ali eu percebi que queria aquela mulher na minha vida. Fomos para dentro do hospital e ficamos em silêncio na sala de espera, quando James chegou com a roupa do hospital, com os olhos cheios de lágrimas e disse:
- Nasceu! O Miguel nasceu...
Nos aproximamos dele e o parabenizei pelo filho. Ficamos mais um tempo ali e decidimos ir embora para deixar os dois descansarem e prometemos voltar no dia seguinte. Assim que saímos do hospital eu disse:
- Eu te deixo em casa...
Ela estava tão cansada que nem discutiu. Assim que entramos no carro ela se aninhou no banco do carro e eu aproveitei para falar com ela:
- Por que você não fica lá em casa? É mais perto e e estou vendo que você está cansada.
Ela riu e disse:
-Sr . Henri. Se você quer minha companhia é só falar. Mas já vou avisando que só vamos dormir.
Eu ri com ela e disse:
- Tudo bem, eu admito. Quero sua companhia, sua atrevida.
Fomos para meu apartamento e assim que chegamos ela olhou tudo e disse:
- Você mora aqui?
- Sim, por que?
-É...diferente.
- Diferente? Como?
Ela fez uns movimentos com a mão e disse:
- É tudo muito escuro e sério.
Eu ri do se comentário e disse:
- Eu sou um homem solteiro, esqueceu? Nem fico aqui direito.
Ela olhou tudo. Tirou a sandália e literalmente pulou no sofá. Virou pra mim e disse:
- Você pega a coberta?
Eu olhei aquela situação e fui pegar a coberta. Assim que cheguei na sala, ela estava escolhendo um filme. Me sentei perto dela e escolhemos um filme de ação. No meio do filme, lá estava ela dormindo no meu ombro. A consertei no sofá e acabei pegando no sono também e se aquilo fosse sonhar eu realmente não queria acordar.

Bem vindo a Italia #Livro 1 (Serie De Encontro ao Amor!)Onde histórias criam vida. Descubra agora