A Selva: Parte 2

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 Sentimentos

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 Sentimentos.

À noite estava serena e estrelada. O vale parecia fazer parte do céu e se misturava a Via Láctea que banhava o lugar iluminando à noite. O caos do Vale dos Salgueiros se ia quando a madrugada chegou frienta.

Joe, o pequeno, estava sentado no banco do carona e cochilava em um sono leve. Enquanto dirigia o Evoque negro, Luca sempre se pegava olhando para Joe. A pele do rosto negra perfeita e olho com curativo fazia-o ficar com mais raiva de Brent por ter o tocado.

O ar frio trago pelas montanhas fazia os vidros do carro embaçarem. Luca colocou desajeitadamente a sua jaqueta de couro marrom sobre o colo do moreno o cobrindo para aquecê-lo daquele frio. O loiro acendeu um cigarro - quanto tempo não fumava? Se perguntava tentando entender o que estava acontecendo e fazendo? Fazia um ano e alguns meses, não sabia exatamente, que tinha esse lance mal resolvido com Joe. Não queria nada sério, deixou bem claro, mas isso? O coração ardia furiosamente por alguém ter machucado seu garoto. Seu garoto caramelo. Seu pequeno.

"Vamos deixar bem claro: Nada de criar expectativa. Apenas um lance casual. Somos livres." Luca pensou no que disse quando os dois estavam sozinhos nus dentro do quarto do loiro no apartamento no litoral.

Seria tão simples... seria. Agora o vendo machucado lhe partia o coração. Prometeu a si mesmo que quando alguém atrevesse a tocar naquela pele que tanto o fascinava mataria o desgraçado na mesma hora. Tinha ciúmes de Pascal, um dos melhores amigos de Joe, que dividia o apartamento no campus da faculdade. Não suportava vê-lo junto ao branquelo bonitão que Luca cismava fodê-lo toda vez que eles saiam da faculdade, do estágio ou até mesmo nas madrugadas quando Luca o levava para o apartamento. E Santinni, o cara negro esguio que parecia também com seu pequeno? Não confiava muito nele por mais que fossem amigos, pois Pascal também não era? Não confiava, não gostava de ninguém, pronto.

O cigarro se apagou quando o carro fez a curva na rua da casa de Joe, a rua que dava na orla da floresta do vale com um salgueiro no seu fim. O carro parou em frente à casa de Joe que tinha um lindo jardim. Luca já fora muito naquele lugar e adorava o ar puro e a tranquilidade que o lugar emanava.

Ficou dentro do carro observando Joe que agora estava num sono profundo.

Luca foi levado novamente para seu quarto quando os dois estavam deitados um ao lado do outro conversando.

"Você quer um lance casual? Eu entendo. Eu não quero forçar nada. Vamos deixar rolar." O pequeno disse com um sorriso frouxo.

"Eu não quero me apegar. Não quero que role sentimento. Nada além de amizade e tesão." O loiro disse categoricamente fitando os olhos amendoados do menor que não paravam de o observar.

"Ok! Sem sentimentos." Joe sorriu amarelo.

Luca continuava o olhava, estava começando a gostar dele e não queria admitir? Se perguntava se Joe sentia o mesmo ou se levou o acordo a sério e não gostava dele do mesmo jeito que estava começando a gostar do pequeno?

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