Joe, prometeu a Luca, o cara formado e dono de um negócio bem sucedido, que não iria se perder em sentimentos mais profundos, um trato esse difícil de se cumprir. Luca era o dominador e ditador que tentava impor regras aquela relação, diferente de J...
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O frio desceu as montanhas fazendo seus moradores se aquecerem daquele frio insuportável. O clima natalino pairava no ar e algumas residências já estavam enfeitadas. O campus estava praticamente vazio já que os estudantes voltaram para as suas casas para as festividades de fim de ano e só alguns perambulavam pelo local.
Quando o sol surgiu envolto de muitas nuvens, Joe acordou cedo se espreguiçando, se levantou caminhando em direção a cozinha do apartamento que dividia com Pascal e encontrou Santinni preparando o café da manhã.
O amigo estava parado em frente ao fogão fazendo ovos mexidos com bastante bacon. O cheiro era maravilhoso e amava vê-lo bem. Ele se pegou pensando na conversa que teve com Pascal no dia anterior no orfanato, estava desconfortável com aquilo e se sentiria um invasor ao interrogá-lo.
– Bom dia, Sant. – Joe se aproximou bocejando e ficou nas pontas dos pés dando um beijo no rosto do amigo.
– Oi, Joe. – Santinni desligou o fogo e sorriu o abraçando de lado.
– Cadê Pascal? – Joe se sentou na pequena mesa redonda.
– Ele não tem jeito, sabe? – disse se virando com a frigideira na mão e a colocando na mesa. O cheiro era o melhor possível. – Ele acordou cedo e foi lá no orfanato com Luca, sabe de algo? – perguntou tirando dois pratos do pequeno armário acima de pia, talheres da gaveta e sentou-se na frente do amigo.
– Luca e Pascal? – Joe perguntou pegando o prato e colocando um pouco de omelete. – Não me admira os dois estarem saindo juntos. – pegou o moedor e começou a moer nozes salpicando a omelete cheirosa. – Você se esqueceu que os dois andaram me vigiando? – Joe disse vendo o amigo fazendo o mesmo com um sorriso no rosto.
– Brent está muito estranho desde o inquérito. – Santinni encheu os copos com um suco rosado e tomou. – Ele tem te aporrinhado?
– Ele tem me ignorado, isso sim. – Joe disse desapontado dando uma garfada na omelete e encarou o amigo.
– Ótimo! – Santinni disse. – Mas parece que você está chateado com isso. – Santinni disse dando uma garfada no café da manhã.
– Ando chateado com várias coisas após o inquérito. – Joe disse jogando um verde para o amigo que o encarava de boca cheia. – Como você está? Sua irmã... mãe?
Santinni engoliu a garfada e tomou um gole bem dado do suco se entristecendo.
– Jessica não muda. Ela não fala mais comigo e anda meio azeda com minha mãe. – disse apoiando os cotovelos na mesa.
– Ela andava jogando piadinhas para mim no corredor da faculdade. – disse Joe rindo sem humor.
– Me desculpe. – pediu o amigo sorrindo triste.
Joe segurou sua mão e apertou sorrindo olhando o amigo que o encarava. Joe pode ver nos olhos do amigo que ele não estava bem. Ele precisava de atenção. A vida de Santinni sempre foi complicada e isso o fazia parecer uma panela de pressão. Uma hora ele iria explodir.
