Extra - Uma noite gelada

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Quando Luca colocou Bolt na cama de hóspedes naquela noite fria, notou que o banguela estava um pouco acuado

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Quando Luca colocou Bolt na cama de hóspedes naquela noite fria, notou que o banguela estava um pouco acuado. Ele relutou muito com Joe para não dar banho no banguela porque não tinha jeito nenhum com criança, mas o garoto estava quieto se limitando muito a continuar fazendo mais perguntas.

Eles jantaram a melhor sopa de legumes que Joe foi coagido por Luca mesmo Joe o oferecendo doces, o pequeno continuou quietinho.

– Que foi, pirralho? – Luca puxou o edredom e se ajoelhou ao lado da cama ficando na sua altura.

– É verdade que eu sou muito grande para alguém querer me adotar? – Bolt perguntou fungando mirando os olhinhos tristes para Luca que foi atingindo pela pergunta do pequenino.

– O que houve? – Luca apoiou os cotovelos nos joelhos já sentado no chão e o encarou.

– Eu escutei a Tia Lucy conversando com a diretora Cladence falando que a Tia Kristen e o Tio Dan estão querendo adotar um bebezinho. – Bolt olhou para o teto tirando o cabelo do rosto e respirou fundo tentando desviar a atenção de Luca.

– Você é só um pirra... uma criança. – Luca respondeu triste vendo Bolt que o olhou de volta. – Não fique assim, pirralho. Haverá outras pessoas com bom coração que vão querer você. – aquilo soou tão triste que Luca sentiu um aperto horrível no peito.

– Ninguém nunca me quer, nem meu pai me quis. – disse o pequeno triste, mas com um rancor na voz que chamou a atenção de Luca. Era tão pequeno para sentir aquilo.

– Não diz isso, pirralho. – Luca o repreendeu. – O que aconteceu com seus pais? – perguntou de uma vez. – O que fez você ir para o orfanato?

– Minha mãe está no céu. – disse olhando o pequeno. – Meu pai... eu não me lembro dele, sabe? – Bolt era tão pequeno, mas sabia de alguns detalhes. – A Tia Lucy disse que ele se envolveu com coisas erradas e não tinha tempo para ficar comigo, por isso eu fui para o orfanato para não ver as coisas erradas que ele fazia e para eu ter novos amigos, nunca ficar sozinho. Ela disse que é uma chance de ter uma família nova. – Bolt falou com esperança fazendo Luca sentir mais pena dele.

Então era isso. Bolt não tinha mãe e o pai "provavelmente" era viciado, vivia perambulando nas ruas deixando Bolt, um bebê sozinho em casa. Era triste para Luca, que por mais que tivesse numa família privilegiada com muitos problemas, nunca passaria por tais consequências que o pequeno passou por conta da pobreza.

– Você não está sozinho, fedelho. – Luca disse o olhando e dando um sorriso torto.

– Lucas? – Bolt o chamou fungando o olhando. – Fica comigo até eu dormir. – pediu envergonhado.

– Tem medo de ficar sozinho? – Luca brincou com ele.

– Tenho. – respondeu sincero por fim fechando os olhos se acolhendo no coberto e entreabriu os olhos. – Lucas, amanhã eu vou dirigir seu carro, não vou? – perguntou bocejando e fechando os olhinhos de novo.

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