Redenção

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***Esse capítulo contem conteúdo que possa ser gatilhos para algumas pessoas

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***Esse capítulo contem conteúdo que possa ser gatilhos para algumas pessoas. O conteúdo contém abuso infantil e estrupo. Se atente, mesmo sendo ficção, não se arrisque em ler.


Estava escuro e muito frio aquela noite. O garoto tímido e quieto estava acordado enrolado na coberta sentindo muito medo. Ao seu lado estava sua irmã em um sono profundo. Ele tremia em meio ao breu do quarto com o coração parecendo saltar pela boca e os olhos correndo para todos os cantos do quarto escuro.

Ouviu-se uma batida na janela chamando a atenção do garoto que tremeu mais ainda e fechou os olhos cobrindo a cabeça com o coberto protetor. O barulho do vento não ajudava e o batida cautelosa na janela só pioravam as coisas.

"Anda logo." sussurrou a voz do outro lado da janela. "Vamos!". Mais algumas batidinhas na janela fazendo o garoto se tremer de medo. "Não me faça entrar ai e lhe trazer a força." a voz disse irritada.

O garoto se levantou pegando o casaco na gaveta e abriu de vagar a janela olhando os três garotos montados na bicicleta com sorrisos maliciosos que se assemelhavam a um bando de hienas. Aquilo assustava muito ele. Não suportava aqueles garotos.

Quando pulou com cuidado a janela para não acordar a irmã que dormia, foi segurado pelo braço por um dos maiores que o olhava malicioso e o arrastou até o guidão da bicicleta sendo posto lá, partiram velozmente para as ruas escuras desertas enquanto uma ventania passava pela cidade.

Os arruaceiros chegaram à quadra de número onze, um cheiro horrível de esgoto era sentindo no ar que ventava bastante. O garoto no guidão respirava ofegante acuado em meio à zombaria e ameaças dos outros garotos.

Quando desceram da bicicleta num beco mal cheiroso ao lado de um estacionamento clandestino, o garoto que estava com os olhos cheios de lágrimas foi arrastado até o fim daquele local acompanhando de ameaças, tapas e empurrões dos três garotos.

"Está com medinho?" perguntou o mais cheinho. "Nós somos seus amigos" falou ele passando a mão na cabeça do garoto que estava encostado na parede de cabeça baixa.

"Ande logo!" falou o maior deles "Não temos tempo" o tapeou pelas costas o empurrando fazendo o cair no chão.

Todos os três caçoaram dele em meio ao beco escuro sinistro, até que um dos garotos se agachou atrás dele e abaixou suas calças enquanto ele estava apoiado com as mãos no chão chorando reprimindo os soluços deixando as lágrimas escorrerem feito cachoeira que pingavam no chão criando uma mini poça. Pior ainda foi a pressão, a ardência sentida logo em seguida que o fez agarrar com afinco uma mudinha de grama no chão tentando canalizar aquele dor que sentia. Era um revezamento de dores, surras e xingamentos. As ameaças de apanhar de novo na escola eram constantes caso ele não fizesse o que eles quisessem. Aquilo era um martírio.

Quando aquilo terminou, sentia a dormência e as pernas tremerem. Colocou as mãos dentro da calça e se tocou, sentiu o sangue molhar seus dedos. Os pensamentos eram nos pais que estavam ainda dormindo no quarto ao lado do seu.

VALE DOS SALGUEIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora