Uma longa noite

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Foi a noite mais longa de dezembro

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Foi a noite mais longa de dezembro. O frio aquela época do ano parecia congelar tudo que tocasse. As pessoas já se viam fartas do inverno. Algumas fugiam para outros lugares menos congelante fora do vale.

Joe estava todo agasalhado sentado no sofá de sua casa enrolado em um cobertor com Taylor que estava ao seu lado no mesmo cobertor.

Aquele pouco tempo que o irmão postiço tinha chego, já foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Por mais que Taylor fosse muito turrão e chato, Joe gostava da sua companhia, de suas conversas contraditórias e engraçadas. Ele era uma boa companhia.

Taylor pensava a mesma sobre Joe, era a coisa pequena mais atrevida que já tinha conhecido além dele, não tinha filtro quando queira falar sobre alguma coisa, gostava muito desse lado dele e o fato de sempre estar dando tudo de si para os outros, um característica que ele admirava muito nele.

Queria contar para o irmão o que se passava em seu coração, o que estava rolando entre ele e o cara que tanto infernizou a vida do pequeno ao seu lado.

– Parece que vai nevar nesse natal. – Taylor disse se acolhendo mais ainda. – Odeio esse frio daqui. – falou irritadiço.

– Como você pensa em frio uma hora dessa enquanto Sant está em apuros, Taylor? – Joe perguntou o olhando bem de perto com os olhos em chamas.

– Só estou falando, maninho. – Taylor respondeu respirando fundo. – E fale baixo, senão sua mãe vai acordar. – o advertiu. – Papai deve estar chegando, já está quase amanhecendo.

– Não fale coisas idiotas. – Joe disse baixo o encarando.

– Tá. – fez birra virando o rosto, mas manteve o corpo colado ao de Joe por conta do frio. – Você quer um café? – não o olhou, estava sentido.

– Seria de bom grado. – Joe respondeu meio culpado de gritar com ele.



Taylor voltou correndo da cozinha com duas xícaras que soltavam fumaças e sentou-se ao lado de Joe novamente lhe entregando uma.

– Por que você toma chocolate e eu café? – Joe perguntou o olhando bebericar o chocolate que parecia bom.

– Pare de drama, eu não vou trocar com você. – respondeu decidido soprando a bebida. – Toma seu café.

– Taylor, você está usando minha caneca do Harry Potter? – Joe nem tinha percebido e ficou muito enfurecido.

– Quanta maturidade... É só um caneca, garoto. – disse Taylor o olhando. – Beba logo esse café.

Quando Joe ia retrucar, seu telefone tocou em cima da mesa e o pegou correndo.

– Luca? – perguntou atônito voltando ao sofá, a caneca de café estava na mesa.

– Oi, pequeno. – respondeu muito tranquilo do outro lado da linha.

– Como ele está? O Sant? – o coração batia disparado aflito com a imagem do amigo na cabeça.

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