Taylor estava sentado na borda da piscina vazia onde os arruaceiros daquela parte do vale faziam de pista de skate e observava Brent do outro lado fazendo um lindo grafite. As pernas estavam cruzadas e as balançavam enquanto os olhos fitavam o ruivo que parecia bem concentrado fazendo seu mural.
Era uma noite estrelada, mas muito fria com uma nevoa fina rasteira, ele não entendia como Brent aguentava ficar sem camisa, já que ele mesmo estava todo agasalhado e de cabelo solto protegendo as orelhas do frio.
– Vem cá! – Brent se virou o chamando o tirando de seu devaneio.
Taylor não reclamou e pulou dentro da piscina vazia e foi em sua direção cortando caminho. A luz do pátio do prédio abandonado piscava e deixava o lugar meio sombrio.
O forasteiro parou próximo a ele e o encarou. Os dois não sabiam o que estava acontecendo entre eles. Era um clima hostil uma hora, depois a paz... era confuso.
– Pega a lata de tinta vermelha. – o ruivo pediu o encarando e indicou a mochila em um canto. – Você vai me ajudar. – disse quando Taylor já estava com a lata na mão.
– Você não está com frio, Brent? – Taylor perguntou olhando o mural iluminado por um refletor lá de fora da rua deserta.
– Não muito. – respondeu não dando ideia a pergunta dele. – Pare de falar e comece a pintar esse parte aqui. – apontou para o mural e indicou a Taylor que girou os olhos não gostando da ordem.
– Idiota! – Taylor disse resmungando, mas Brent escutou e o olhou feio. – Como se faz essas badernas? – perguntou implicante.
– Agite bem a lata e aperte o pino. – indicou fazendo seus movimentos. – Afaste pelo menos uns cinquenta centímetros para não ficar muito forte.
Taylor começou a pintar o mural. Ele não entendia o que estava fazendo e o que significava aquilo que faria. Ele estava até gostando, mas era um pouco desengonçado a cada traçado que dava.
– Calma aí, forasteiro!
Brent que estava do seu lado observando se aproximou sorrindo de canto vendo os movimentos engraçados de Taylor que tentava mostrar saber fazer aquilo, mas ele estava estragando sua obra de arte.
O ruivo próximo segurou seu punho coberto pelo agasalho o fazendo parar de pichar. Quando Taylor virou a cabeça para o encarar, o ruivo parou atrás dele e com a outra mão segurou a sua cintura o fazendo congelar respirando fundo.
– Faça movimentos rápidos, mas precisos.
Enquanto dizia e fazia aqueles movimentos precisos guiando-o, Taylor sentia o ar quente do hálito do ruivo sobre sua bochecha direita, o que indicava que Brent estava muito próximo de seu rosto já rublo. Ele não se concentrava em nada e sentia um formigamento na barriga que descia até um pouco abaixo do umbigo.
– Tá... está bem. – disse balançando a cabeça se praguejando por ter tropeçado nas palavras.
– Você está bem? – Brent perguntou apertando sua cintura provocativo.
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VALE DOS SALGUEIROS
RomanceJoe, prometeu a Luca, o cara formado e dono de um negócio bem sucedido, que não iria se perder em sentimentos mais profundos, um trato esse difícil de se cumprir. Luca era o dominador e ditador que tentava impor regras aquela relação, diferente de J...