Joe, prometeu a Luca, o cara formado e dono de um negócio bem sucedido, que não iria se perder em sentimentos mais profundos, um trato esse difícil de se cumprir. Luca era o dominador e ditador que tentava impor regras aquela relação, diferente de J...
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O sol tocou o rosto de Santinni que resmungou se virando incomodado com a luz. Ainda estava frio e silencioso quando tirou o celular debaixo do travesseiro vendo que já se passava das oito, levantou correndo.
Após tomar um banho quente, esbarrou com Michael, um cara altão, marrento de cabelos encaracolados que lhe lançou um olhar mal-encarado, mas logo sorriu. Michael era o amigo de república que tinha fama de brigão do campus, mas era o mais carinhoso e legal de todos os Setes.
– Bom dia, Sant! – Michael o cumprimentou apenas enrolado em uma toalha deixando à mostra o peito sarado cheios de tatuagens na pele mestiça. – Preciso que você me ajude a elaborar um jantar para uma garota que conheci.
– O que aconteceu com a outra que você estava saindo? – perguntou curioso se encostando na parede do corredor que dava acesso ao banheiro.
– Muito ciumenta... pegajosa demais. – fez uma careta descontente.
Santinni sorriu.
– Tá ok, Mica. – Santinni disse sorrindo ao lembrar que já era a centésima vez que o ajudava. – Só espero você me pagar o que me deve.
– Eu juro que um dia lhe pago por todos favores que você já fez para mim, já é? – Michael piscou malandro.
– Está bem. Agora deixa eu ir que estou atrasado. – Santinni apertou a mão do amigo que piscou novamente feliz entrando no banheiro.
Quando Santinni voltou para seu quarto, escutou Seth, o líder da república, discutindo com Maison no andar de cima por ter comido pães demais e não ter deixado para o restante dos moradores. Santinni sorriu, Maison sempre foi o mais esfomeado dos setes.
Santinni saiu da república aquecido em um moletom, calça jeans clara, a mochila estava nas costas. Ele observou Pascal todo despojado em um bermudão e camisa de botões florida, a cabeleira rebelde o deixou parecendo um turista surfista.
– Bom dia, meu santinho. – Pascal aguardava na calçada Santinni que foi em sua direção pisoteando a grama recém cortada e úmida pelo frio da madrugada.
– Pascal? – parou na sua frente e recebeu um sorriso perfeito. – Bom dia. Que roupas são essas?
– Vou à praia. – disse segurando o ombro do namorado ali na calçada. – Vamos? – ergueu as sobrancelhas grossas bagunçadas.
– Tenho aula hoje, Pascal. Estamos fazendo revisões para as provas de semana que vem. – Santinni disse o olhando fixo. – Você deveria estar estudando também.
– Gastronomia não é só cozinhar? – Pascal perguntou sorrindo satisfeito. – Além do mais, psicologia é complicado, mas eu já estou aprovado. Eu já vou começar a estagiar. – contou apontando o dedo para o sete que sorria.
– Só cozinhar? Vai nessa. – respirou fundo olhando para o céu. – Está gelado, Pascal. Não sei como você não está com frio nessas pernas de fora. – disse lhe dando uma geral com o olhar e esfregou as mãos nos braços por cima do moletom.
