Epílogo - Perfeito

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– Mas pai

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– Mas pai... – resmungou o garoto com uma cara de tristeza.

– "Mas pai" nada. Vai pro seu quarto e arrume aquela bagunça toda. – a voz do homem era impiedosa e zangada. – Se Joe chegar em casa e ver aquele covil, quem está ferrado sou eu. – Luca estava de braços cruzados olhando Dylan que já era um "homem", um adolescente de dezesseis anos muito bonito. – Vai, vai, vai... – enxotou o filho.

Dylan resmungou com o skate debaixo do braço e girou os olhos.

– O que você fez? – seu pai perguntou sério não gostando nada daquele gesto

– Foi mal, pai. – se desculpou pela falta de respeito. – Quando eu arrumar o quarto você vai me liberar para eu andar de skate? – os olhos azuis estavam mais vivos e esperançosos.

– Você pode fazer o que quiser depois de arrumar seu quarto. – Luca respondeu.

Ele sacudiu o cabelo cumprido do garoto que sorriu e o abraçou. De vez em quando Dylan era um garoto carente e gostava demais quando estava na companhia do homem que lhe deu uma nova perspectiva para sua vida. Luca como era um pouco sem jeito para aquilo, deu-lhe um beijo na cabeça e o enxotou novamente.



A madrugada chegou e Joe já estava exausto. Usava sua roupa de Chef de cozinha por debaixo do sobretudo cinzento e colocou a chave do carro em cima da mesa de centro. Tudo estava calmo e silencioso. Pendurou o casaco na área de entrada acendendo a luz depois de ligar novamente os alarmes soltando o cabelo que estava com dreads bem curto até os ombros e subiu as escadas.

Passou pelo enorme corredor do casarão e abriu a porta do quarto de Dylan que estava deitado mexendo no celular e o escondeu assim que viu o pai entrar pela porta o encarando pego no flagra.

– Não se faça de sonso, garoto. – Joe disse se aproximando dando um geral no quarto arrumado ficando satisfeito, se abaixou beijando sua testa e sentou na cama ao seu lado.

– Pai... – Dylan resmungou. – Eu não sou mais criança. Eu fico escutando piadas dos primos quando você fica me beijando. – disse o encarando tentando fazer uma cara séria.

– Antigamente você não reclamava. – Joe respondeu o encarando sorrindo.

– Eu falando que na frente dos outros. – se corrigiu sorrindo. – Eu sou um homem já, estou dirigindo, mas você e o pai ficam me regulando como se eu fosse um garotinho, pô, manera. – disse todo se achando o adulto.

Joe sorriu bagunçando sua cabeleira e o encarou ficando muito sentindo, não de um modo ruim, mas pelo fato do seu menino estar crescendo tão rápido. Há nove anos adotou o garoto que se alto declarava "Bolt", nunca se imaginou ser pai tão cedo, se casar tão cedo, e ter uma família tão cedo, tudo estava caminhando tão bem. Não estava preparado pelo seu amadurecimento.

– Pai, o que foi? O senhor ficou chateado com que eu disse? – Dylan perguntou sentando na cama.

– Não, meu filho. – pegou sua mão e o encarou sorrindo com os olhos marejados. – É difícil acreditar que você está se tornando um homem. – revelou sorrindo.

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