Luca King Scorpions

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 Quando o sol surgiu por trás das montanhas, nem parecia que iria fazer tanto frio naquele dia

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Quando o sol surgiu por trás das montanhas, nem parecia que iria fazer tanto frio naquele dia. Joe tinha acabado de chegar em sua casa, no subúrbio, sentia falta da sua mãe que vivia mais com o namorado do que com ele.
Como era cabeça dura nunca admitiria que sentia ciúmes da sua mãe com seu namorado. Se sentia abandono.

A bicicleta ficou jogada no belo jardim da casa de dois andares no fim da rua daquele subúrbio. O carro de passeio cinza estava estacionado na calçada da casa e Joe se arrependeu de ter ido até ali. Aquele carro era do namorado da sua mãe. Tinha que fazer um sacrifício para vê-la, estava morrendo de saudades.

Antes de abrir a porta foi surpreendido pelo cheiro de café que escapava pela janela. Adorava aquele cheiro que lhe trazia uma grande nostalgia tão gostosa. Abriu a porta e se deparou com o lugar limpo: chão encerado, moveis lustrados, cheiro de amaciantes que exalava das roupas dobradas no sofá, plantas regadas... tudo limpo.

Catarina, era uma mulher mestiça de corpo magro, o cabelo liso negro estava preso em um coque, estava bela em um vestido casual branco e calçava pantufas enquanto passava café na pia. Joe caminhou devagar, foi se aproximando de sua mãe que cantarolava alguma música latina e balançava o quadril no ritmo. O pequeno foi devagarinho e a agarrou por trás enroscando os braços na sua cintura dançando em seu ritmo. A mulher soltou uma risada gostosa e alisou o braço do filho.

– Meu pequeno. – a voz doce de Catarina soou como a melhor coisa naquele momento. – Como você está?

A mulher se virou para o filho com o sorriso no rosto. A feição era bela com os olhos amendoados claríssimos, lábios carnudos e nariz côncavo, não parecia desfrutar de seus quarenta anos, era bem jovem. Joe tinha o rosto igual da mãe, os traços latinos, traços esses que fez Luca se apaixonar ainda mais por aquele pequeno invocado.

– Estou bem. Se tivesse uma mãe presente eu estaria melhor. – disse olhando nos olhos de Catarina que semicerrou os olhos indignada.

– Joseph, você é engraçado. Quando estou aqui te mimando, você diz que eu sufoco, agora quando não estou, reclama. – sorriu voltando a terminar de fazer o café.

– Estou brincando, mãe. – disse sentando na mesa cruzando os braços. – Cadê ele? Seu peguete?

– O Peter? Já te disse o nome dele. Ele é meu namorado e está dormindo. – Catarina disse pondo o café na mesa. – Você vai querer ovos mexidos?

– Que seja. – disse enciumado. – Queijo quente. Você sabe muito bem mulher. – disse implicante para mãe que sorriu.

– Ele foi transferido para o vale, não é ótimo? A transportadora está abrindo uma franquia aqui. – disse sorrindo fazendo a refeição de Joe.

– Isso quer dizer... – Joe disse olhando a mãe.

– Ele vai morar aqui em casa. Por isso te chamei. Você deve ser o primeiro a saber. – colocou o queijo quente no prato em frente a Joe e o serviu com o café.

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