Amor conturbado- 1° Livro Da série: Amizade colorida. CONCLUÍDO

Capitulo 7

Nick

- Mamãe já tá em casa? – Lucas pergunta.
- Não, tá no trabalho.

- Quando ela chegar vou dar um beijão nela.

Rio.

- Isso aí, beijo, abraço. Tem que dar tudo.

- É. – Ele vai falando até chegarmos em casa, Mateus já deve ter chegado também.

- E a Angel, papai?

- Tá com o vovô, depois vamos buscá-la. Agora vai tomar banho.

- Tá - ele vai e eu vou atrás do Mateus.

Dou duas batidas na porta do quarto e nada, tento abrir mas está trancada. Estranho, ele nunca tranca.

- Mateus? - chamo alto.

- Oi.

- Abre a porta.

- Só... um minuto - a voz está meio enrolada, fico preocupado.

Ouço um barulho e no instante seguinte ele abre a porta. No mesmo momento eu sinto cheiro de bebida barata. Entro no quarto e olho em volta.

- Que cheiro é esse, Mateus?

- Não tô sentindo cheiro de nada - ele diz de cabeça baixa.

- Olha pra mim! - ele suspira e me olha. - Não vai me falar?

Ele fica calado. Olho em volta mais uma vez e vejo um reflexo embaixo da cama, pego e vejo que é uma garrafa de vodka.

- Quem te deu isso?!

- Ninguém, eu comprei.

- Você é menor de idade! Como comprou?

- É... - ele abaixa a cabeça. - Não pediram identidade, só peguei e comprei.

- Olha pra mim, Mateus! - ele levanta a cabeça. - Porque bebeu?

- Estava bravo e chateado.

- Com quem?

- Não importa...

- Me diz!

- Com a Kay...

- E uma discussão boba é motivo de fazer isso?

- Não foi discussão boba, pai.

- Vocês são melhores amigos desde sempre e a Kay nunca faria que te magoasse. Não de propósito.

Ele fica calado.

- Estou esperando um motivo decente! Se é que tem um!

- Desculpa...

- Você está de castigo, se eu pegar isso de novo faço o que nunca achei que iria fazer.

- O que?

- Te dou uns tapas, se precisar uso alguma coisa.

Ele me olha e arregala os olhos.

- Desculpa...

- Estou muito decepcionado, Mateus. Muito chateado. Não demora a descer.

Ele abaixa a cabeça novamente e eu saio do quarto com a bebida na mão, jogo no lixo e me sinto um péssimo pai. Como eu não vi isso? Desde quando ele bebe? Meu filho não pode beber, ele não vai continuar com isso. Não aceito.

Quando chego ao andar debaixo Manu está entrando com Angel

-Busquei ela no seu pai, o que houve?-Só então percebo as lágrimas caindo pelo meu rosto-Angel sobe-minha garotinha sobre sem reclamar, minha esposa vem e me puxa para sentar só seu lado, a abraço e ela faz o mesmo

Conto todo o ocorrido, até da ameaça que fiz aí meu garotinho

-Eu não quero ser como meu Fernando-meh pai biológico-Não posso...

-Você não é, ok?-Ela me fala com as mãos no meu rosto, beija meus lábios suavemente e me faz um carinho, não sei quem eu seria sem ela

-Ok...

-Vou falar com ele e pedir uma pizza, vai tomar um banho -Assinto e subimos juntos, ela para o quarto do Teteu e eu para o banheiro, quando desço já estão todos na sala a espera da pizza, meu filho tem a cabeça apoiada na perna da mãe e alguns lágrimas caindo, sento ao seu lado e faço carinho

-Eu te amo, mas não me desobedece

-Eu também te amo, papai....

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