VII - Os conhecendo por dentro

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   Ficou um tempo sem falar. Apenas a olhando. O tempo para ele, passava lento como seus movimentos ao deita-la novamente sobre a pele de animal que a separava da neve congelante.
   Sem saber, aquela que ainda estava em seus braços, queria uma resposta à sua dita, queria saber seu nome já que havia dito o seu.
   Ao perceber da espera demorada para a sua resposta, pensou em tudo que acontecera agradecido.

   - Ha, sim! Meu nome é Alexander.

   Coralliny o responde com um sorriso como agradecimento à sua ajuda. Mas Alex gostaria de saber o que havia acontecido para, finalmente e felizmente, a prisioneira ter conseguido fugir.
   Claro que contaria nada sobre observa-la sempre, ver o que sofria e, ainda, não fazer algo em relação a isso.
   Apenas, aproveitaria esta oportunidade de conhecê-la mais, conhecê-la por dentro, como é a mesma. É difícil observar alguém e conhecer seus costumes, sem saber seu nome ou como a mesma se sente em seu "eu" interior.

   - Por que estava a em meio a uma floresta no inverno e, ainda, sozinha?

   E assim foi, Coralliny contara tudo: desde seu passado morando com uma bruxa que dizia ser sua avó, o que Alexander já sabia menos que ela era uma bruxa, e o que acontecera a pouco tempo com suas descobertas de que há a possibilidade de que seus pais estejam vivos.
   Afirmou que faria de tudo para encontrar o reino de Cristelny cujo, diz ser onde estão.
   Mas ninguém pode comprovar, a informação veio de um livro de contos de fadas e quem acreditaria em uma bruxa? Mas o que Coralliny pode fazer? Apenas seguir seus instintos.

   - Eu posso ajuda-la a encontrar seus pais, e também, a encontrar esse tal reino.

   - Você não acredita em mim. E além disso, você já me ajudou muito, e estou muito agradecida.

   - É! Talvez não acredite na existência deste reino que você fala. - diz Alex -Mas acredito, na oportunidade de nós encontrarmos seus pais. Todavia, gosto de aventuras e assim, também gostaria de saber o que aconteceu com minha mãe.

   Coralliny, como era um assunto pessoal e delicado, não falou mais nada. Já com iniciativa para seguir caminho e seu corpo não mais dolorido. Os dois seguiram caminho floresta adentro.
   Com pouco tempo andando, Coralliny percebeu que não sabia onde estavam indo, onde estavam a levando em meio àquela floresta coberta de neve.
   Assim perguntou o destino, recebendo como resposta:

   - Aonde mais iriamos?! Claro que ao lugar mais próximo, na vila de HocklaRon. Onde podemos localizar e pesquisar sobre esse reino na biblioteca.

   A menina ficou calada já que não sabia onde era essa vila, também não quiz se constranger na frente de um rapaz bonito. A verdade é que nunca soube sobre as proximidades.
   Afinal, sua ex-avó apenas a ensinou a ler, escrever, tricotar e bordar. Leu em alguns livros a geografia do mundo, mas não se interessou tanto quanto, a seus livros de literatura.
   Alexander ouve algo se movimentar na floresta. Ao ver, mas sem reconhecer que animal era, segurou a mão da delicada moça que congelava.

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