Ficou um tempo sem falar. Apenas a olhando. O tempo para ele, passava lento como seus movimentos ao deita-la novamente sobre a pele de animal que a separava da neve congelante.
Sem saber, aquela que ainda estava em seus braços, queria uma resposta à sua dita, queria saber seu nome já que havia dito o seu.
Ao perceber da espera demorada para a sua resposta, pensou em tudo que acontecera agradecido.- Ha, sim! Meu nome é Alexander.
Coralliny o responde com um sorriso como agradecimento à sua ajuda. Mas Alex gostaria de saber o que havia acontecido para, finalmente e felizmente, a prisioneira ter conseguido fugir.
Claro que contaria nada sobre observa-la sempre, ver o que sofria e, ainda, não fazer algo em relação a isso.
Apenas, aproveitaria esta oportunidade de conhecê-la mais, conhecê-la por dentro, como é a mesma. É difícil observar alguém e conhecer seus costumes, sem saber seu nome ou como a mesma se sente em seu "eu" interior.- Por que estava a em meio a uma floresta no inverno e, ainda, sozinha?
E assim foi, Coralliny contara tudo: desde seu passado morando com uma bruxa que dizia ser sua avó, o que Alexander já sabia menos que ela era uma bruxa, e o que acontecera a pouco tempo com suas descobertas de que há a possibilidade de que seus pais estejam vivos.
Afirmou que faria de tudo para encontrar o reino de Cristelny cujo, diz ser onde estão.
Mas ninguém pode comprovar, a informação veio de um livro de contos de fadas e quem acreditaria em uma bruxa? Mas o que Coralliny pode fazer? Apenas seguir seus instintos.- Eu posso ajuda-la a encontrar seus pais, e também, a encontrar esse tal reino.
- Você não acredita em mim. E além disso, você já me ajudou muito, e estou muito agradecida.
- É! Talvez não acredite na existência deste reino que você fala. - diz Alex -Mas acredito, na oportunidade de nós encontrarmos seus pais. Todavia, gosto de aventuras e assim, também gostaria de saber o que aconteceu com minha mãe.
Coralliny, como era um assunto pessoal e delicado, não falou mais nada. Já com iniciativa para seguir caminho e seu corpo não mais dolorido. Os dois seguiram caminho floresta adentro.
Com pouco tempo andando, Coralliny percebeu que não sabia onde estavam indo, onde estavam a levando em meio àquela floresta coberta de neve.
Assim perguntou o destino, recebendo como resposta:- Aonde mais iriamos?! Claro que ao lugar mais próximo, na vila de HocklaRon. Onde podemos localizar e pesquisar sobre esse reino na biblioteca.
A menina ficou calada já que não sabia onde era essa vila, também não quiz se constranger na frente de um rapaz bonito. A verdade é que nunca soube sobre as proximidades.
Afinal, sua ex-avó apenas a ensinou a ler, escrever, tricotar e bordar. Leu em alguns livros a geografia do mundo, mas não se interessou tanto quanto, a seus livros de literatura.
Alexander ouve algo se movimentar na floresta. Ao ver, mas sem reconhecer que animal era, segurou a mão da delicada moça que congelava.
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Além do Muro
FantasyConta-se a história de uma linda menina que viveu durante seus dezessete anos em um casebre, com um grande muro entorno. A dona da pequena casa, era uma bruxa velha que mantia presa a bela garota, e que se dizia ser a avó de Coralliny. A moça já c...