XV - Pai...

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  Ela havia descido as escadas até chegar ao calabouço. Por que andou até lá? Nem ela saberia responder essa pergunta.
  Enquanto ela estava a andar no calabouço, Alexander a procurava por todo lugar, após já ter chorado todas as suas lágrimas escondido.
  Coralliny ouvia versos de uma linda música. Ela conhecia essa música.

"A felicidade é pura,

e a canção ajuda a alegrar o dia.

Às vezes penso se há saída,
neste vasto mundo de injustiças
que um dia quero me libertar..."

A voz masculina ecoava triste, mas lhe agradava. Sua voz, repartia cada sílaba com amargor. O que em dias de confinamento entre muros, para Coralliny, foi uma musica de felicidade e esperança.
  Mas agora, cantada pela voz que a ensinara esta musica, vê que o tom e ritmo da mesma e diferente.

  As notas saim por sair, as palavras são amargas, e as letras não tem mais o poder de mover montanhas. Mas é garantido, que sua voz era doce e forte. Quanto mais se aproximava, seu coração acelerava a adrenalina corria pelo sangue. E o medo reinava em sua mente, laçando a coragem, que se encontrava faca e frágil.
 

  A olhar um homem de vestimentas nobres e brilhantes. Seu cabelo era grisalho, havia uma pequena barba... mas os olhos...
  Estava encolhido em um canto da sela. Ele ainda não havia a visto.
  Coralliny estaca sem reação. Seus lábios presos a uma palavra simples, mas que nunca em sua vida a havia pronunciado. Eram apenas três letras, presas em sua garganta que a impedia de nômea-lo.
  A palavra a corroeu, soltando assim, o que a impedia de chama-lo de pai. Mas ainda sentia a duvida, pois o medo a dominava. Onde está sua coragem?

  - Pai...?

  O som de sua voz ecoou. A cansão parou de ser cantada, e o vasto silencio dominou o calabouço.
  Quando Coralline viu seus olhos azuis a olharem, seu coração dizia, a consiencia martelava e a mente concordava. Este homem era seu pai.
  Ela abriu a sela, entrou. Seu pai se levantou, a olhou e as simples palavras que durante uma vida, jamais pensariam que voutariam a dizer é o "eu te amo".
  Uma pequena frase que faz a vida voltar ao sentido. Desvaloriza outras palavras que não espressão o amor de pai e filha.

  - Meu bem! Minha princesinha. - um abraço faz a diferença quando você um dia já se esqueceu de alguem.

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