Além do Muro

XVI - Encontro com o mal

Alexander pelas paredes que também o guia, com uma voz doce o leva porém, ao sentido inverso de onde está Coralliny.
Após passar por diversas salas e corredores chega à sala do trono. Estranhamente, havia uma nevoa que dificultava a visão.
Havia quadros de moldura de ouro e com diamantes, todos eles cobertos com um tule.
Um destes quadros havia a imagem da família Real, com o rei e a rainha seguravam um bebê em seus braços; outro, cujo Alex mais se impressionou, a pintura de uma bela mulher de pele muito clara, de cabelo loiro e brilhante que usava uma coroa.
Alex acreditou ser Coralliny, mas a assinatura abaixo da imagem afirmava: "Rainha Loures Lenny Cristelny".

- Elas são idênticas.

- É verdade. - diz uma voz feminina.

- Quem é você?- pergunta o jovem - Apareça!

- Alexander, não me reconhece? - Ele conhece a voz, é a avó de Coralliny, a bruxa.

- Sua bruxa, apareça! - ela faz a nevoa desaparecer em um passe de mágica. Revelando a bruxa sentada no trono congelado do rei, com sua mão inquieta.

- Querido, isso são modos de falar com sua mãe?

- Sua bruxa, acha que me engana!?Acha que vai me iludir dizendo ser minha mãe!? Tenho vários motivos para negar sua afirmação. - Alex a enfrenta.

- Citi-as. - A "suposta mãe" desafia.

- Meu pai...

- Augusto Olando. - Ela o interrompe.

- ... Isso... - Alex continua: - Sempre disse que eu possuo a aparência de minha mãe, e você é horrenda; Ela vivia aqui no reino e você é velha; e eu sei, que ela não seria a bruxa que você é.

- Então porque ela te abandonou? - Isso foi como se ela o atingisse com uma flecha no peito. Mas naquele momento a dor era maior. - Alexander, eu já fui jovem. Você devia apenas, me devolver o que me pertence, e se, ele ainda estiver vivo, ir atrás de Augusto para que ele lhe diga toda a verdade.

- Como assim!? Você matou meu pai? - Pergunta Alexander dando passos para trás.

- Não se preocupe meu filho. - A sua "suposta mãe" acaricia seu rosto com sua mão áspera, enquanto Alex regressa - Considere apenas, como uma conversa de pais. Afinal, você me roubou!

- Eu não lhe roubei nada! - Ele grita - Se eu realmente a roubei, me diga! - E ela aponta para um quadro.

- Você me roubou ela: a filha de Loures Lenny!