XIX - Quando vi teus olhos

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   Alexander ainda à beijar, não percebeu os olhos límpidos da garota desabrocharem.
   Ela, ainda fraca, ergue suas mãos e o abraça.
   Foi quando uma lágrima cai de seus olhos, Alexander pode perceber que Coralliny estava viva. Ao sentir o gosto de seu sofrimento, derramado em uma lágrima.
  Ele separou seus lábios, e a abraçou, logo em seguida o rei fez o mesmo.
  Após este abraço sentimental, como estava enfraquecida, Coralliny foi carregada pelo seu pai à um quarto. Mas Alex não os acompanhou.
   Ele estava a olhar nos olhos de desespero e susto da estátua em gelo da inimiga.

  - Infelizmente, você estava errada. E seu maior erro, foi insinuar ser minha mãe.

   Ele virou as costas para a estátua. E ao chão encontrou, a espada que ele a atingiu mas que não a afetou.
   A empunhou e voltou a olhar nos olhos da petrificada.
   Entretanto, antes de atingí-la, a encarou e com palavras desabafou:

   - Minha mãe errou, mas eu a perdoou. E continuo a lhe dizer: você não é minha mãe! Eu sei que ela me abandonou, sei que ela me deixou, e por fim, se sucumbiu a você. Mas eu a perdoou, e continuarei a amando nas minhas lembranças.

   Uma gargalhada fria ecoou pelos seus ouvidos. Assim, ele a golpeou.
   Em milhões de cacos a bruxa se tornou. E uma onda de vento quente confortou Alexander em um abraço como se fosse, realmente, a sua mãe.
  Neste momento a cidade é completamente descongelada. E as pessoas se abraçam, acabando com a saudade. E em seguida, foram em direção ao castelo já sem gelo para receber o herói com gratidão.
   Alexander procurou. Procurou onde Coralline estava. As paredes já não mais o guiavam.

   - Olhem lá, nosso glorioso herói! - um em meio á multidão anuncia. A população adentra o castelo para agradecer àquele que carregava a espada vitoriosa. O amontoado, o barulho, a agitação das pessoas deixaram o caçador irritado. Por também, a aglomeração o impedir de passar para procurar sua amada.

   - CHEGA! - ele grita e o silencio ecoa pelo salão - Eu não sou herói. A saudadora de vocês - neste momento alguns cochicham sobre a possibilidade da "princesa esta viva" -  esta a algum lugar deste castelo! Sim, ela está viva! Esta enfraquecida e mal por ter quase morrido, e eu preciso vê-la pois ela me salvou. - um senhor se aproxima de Alexander - Vocês precisam agradecer é a ela.

   - Não, rapaz. Devemos é agradecer a você: você quem trouxe a esperança de vida a este vilarejo; foi tu, cavalhero nobre, que trouxe nossa princesa à casa; foi quem - o idoso segura a mão de Alex - impunhou a espada.

   Ao erguer o braço do jovem para o alto, em símbolo de vitoria, a multidão se agita alegremente. Ele olha para o velho dizendo pelo olhar agradecido que necessita ir.
  O senhor diz em um murmuro: " corra! Ela lhe espera. Neste corredor à direita a escadas, suba-as e procure o quarto naquele andar".
   E assim fez. Correu largando o questionamento de como aquele homem idoso saber onde ela estava. Correu largando a multidão para ver sua amada e declarar suas mentiras e amor.
   Escancarava as portas dos quartos a procurando. E quando, enfim a encontrou...

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