13º capítulo

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-Olha, Marcos... Me poupe, se poupe, nos poupe, querido.-Rimos. -Ah Renata, pelo amor de Deus...-Marcos revirou os olhos. -Dá para vocês dois calarem essa boca? Se não vou trancar os dois naquele quarto que fica fechado o tempo todo e ninguém entra.-João brincou e todos riram, menos eu. -Que quarto?-Caio perguntou. Estava prestando atenção na pipoca que ele comia. -O que fica aqui na casa do Senhor Scott.-Olhei pra ele franzindo a testa...-Na casa da Ana Júlia, sendo mais específico.-Caio assentiu pondo outra pipoca na boca. -Aqui em casa quase nunca entramos neste quartinho. Não sei nem como vocês se tocam que existe ele.-Suspirei. -O que tem lá que é secreto assim? Você e a Maria Cecília são adotadas?-Marcos perguntou e eu revirei os olhos. -Óbvio que não, Marcos.-Ele deu de ombros.-Somos idênticas uma a outra e as duas são muito parecidas com nossa mãe, e com certeza temos um pouco dos traços de meu pai.-Mordi meus lábios. -Então...?-Bufei. -Lá fica as coisas que eram da minha mãe. Roupas, sapatos, assessórios, seus diários... Tudo dela!-Sorri amarelo.-Achamos melhor n entrarmos muito lá, entramos todos juntos. Talvez a saudade diminuia.-Dei de ombros. -Por que você nunca nos contou isso? -Dei de ombros. -Josete não se sente incomodada com isso não? Afinal, ela e seu pai vão se casar. Ter que dormir na mesma cama e morar numa casa decorada pela ex dele? Não sei se eu aguentaria! -Caio!-O pessoal disse em um coro, estavam reclamando nosso amigo. -Deixa ele, gente.-Sorri me deitando no peito do meu namorado.-Papai conversou sobre isso com a Josete, e eu e a Maria Cecília também conversamos. Ela disse que não sente problemas sobre isso, acho que eu também sentiria um pouco de recesso! Marcos deu play e nós voltamos a assistir o filme. [...] Olhei no relógio e eram três horas da manhã, eu estava com sono. Olhei para os lados e todos estavam dormindo: Albert estava me abraçando e com a cabeça deitada em meu ombro, Renata estava toda desajeitada no sofá ao meu lado, Marcos estava dormindo de bruços no sofá ao lado do amigo e Caio e João estavam quase derrubando um ao outro no sofá que estava sob nós. Tentei me levantar para tomar uma água, mas não conseguia, Albert estava me apertando; bem, estava me abraçando. Será que meu pai e Josete ainda não haviam voltado do jantar? E Cadê a Diana e o Tobias? Logo vi meu pai parado em minha frente e então se sentou na ponta do colchão que estava vazia. -Pai...-Mordi os lábios preocupada, eu já esperava receber uma bronca de meu pai. -Não, relaxa.-Suspirei.-Sei que vocês acabaram cochilando sem querer.-Sorri.-Deixei a Maria Cecília na casa da amiga, e aí eu e Josete fomos jantar e quando chegamos em casa nos deparamos com vocês dormindo feito anjos, sentimos tanta pena de acordar vocês.-Assenti.-Mas amanhã vou acordar vocês cedo, hoje no caso, afinal, amanhã você e Renata irão começar oficialmente as aulas.-Sorri amarelo.-E espero que você nunca mais invente algo em dia de semana, corre risco de faltar a faculdade e isso não é algo a se fazer, você pode repetir, Ana Júlia.-Eu assenti, não sei o motivo mais meus olhos estavam cheios d"água. Será que eu queria mesmo chorar?-Não irei lhe passar sermão esta hora da noite.-Eu assenti.-Amanhã nós conversamos, largatixa.-Disse me dando um beijo na testa e saiu. Largatixa? Por que largatixa? E então eu dormi.

A menina que ele zuava 3Onde histórias criam vida. Descubra agora