Hands Of Destiny

☆Cap 3☆

Boa leitura!🌹

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Eu não conseguia abrir os olhos. Mesmo que meu corpo estivesse desperto. Então trabalhei minha sensações para entender o que estava acontecendo a minha volta.

Eu sentia as ondas, o balanço todo, então eu estava em alguma navegação. Era notável aquele movimentação que me deixava parcialmente enjoado.

Mas não era meu pequeno barco de madeira, o lugar onde meu corpo se encontrava era macio, uma cama provavelmente, eu senti falta do aconchego de lençóis com cheirinho bom.

O barulho de vozes descontroladas era iminente, estava tão próximo e ao mesmo tempo soava tão longe.

O cheiro daquele lugar desconhecido era bom, algo como brisa fresca e lavanda, o odor amadeirado também se destacava muito.

Forcei o meu corpo a me obedecer e então meus olhos estavam abertos, finalmente.

Aquilo tudo parecia um quarto normal, de uma casa. Levemente escuro e arejado. Logo percebi o papagaio na janela pequena, quase acima de minha cabeça. Me lembro dele minutos antes de apagar.

"Acordou, Acordou!" O pássaro vermelho deixou escapar, o que pelo jeito foi como a campainha de uma casa, várias pessoas entraram de uma vez só no quarto. 

Eu não sabia se o que eu sentia era medo, mas minha mãos tremiam. Nunca me dei bem com pessoas, e com essa quantidade enorme de rostos desconhecidos, fico imaginando uma rota de fuga deste lugar.

"Olha ele acordou mesmo, vejam , já parece bem melhor."

"Ela é tão fofo, tem cachos soltinhos, olha esses olhos verdes!"

"Acho que assustamos ele, tinha que ser em!"

Foi tanta coisa ao mesmo tempo, não conseguia absorver nem metade do que falavam, era rápido, desesperado. Muitos ao mesmo tempo fez minha cabeça latejar.

Algo que me chamou atenção de cara, eram suas roupas, me lembravam algo que eu tentava buscar em minha memória a todo custo. Os chapéus diferentes, as roupas largas, os movimentos divagados.

Então as lendas eram reais, desde criança todos falavam sobre eles, davam detalhes de suas vestimentas e personalidade má.
Nunca falavam bem de suas ações, eram saqueadores e nada a mais isso. Mas sempre os invejei por morarem no mar, e terem coragem de se aventurar pelas ondas. Então eu talvez poderia estar em um navio pirata?

Não sei por que mas tive medo, os meus pensamentos juvenis mudaram, não tenho mais certeza se os acho "isso ou aquilo", apenas sei que me salvaram e devo levar isso em conta antes de os julgarem.

Mas minha confiança nos outros havia de caído muito, não confiaria neles tão fácil.

Intuitivamente me afastei por entre os lençóis, se pudesse me diminuiria a zero, para assim não verem minha vergonha.

-Seus patetas, para trás! Estão assustando ele!- Um garoto loiro tentou empurrar os homens de dois metros de perto da cama, e conseguiu facilmente, logo todos estavam mais para trás. Menos o loiro dos olhos azuis, ele era sorridente e de estatura média, roupas folgadas e uma bota que fazia sons engraçados em contato com o chão.

-Por favor, mate a nossa curiosidade! Qual seu nome?

Minha garganta estava seca, não saía voz alguma. Então uma mão com um copo de metal com água surgiu ao meu lado, eu não havia notado ninguém ali até esse movimento.

E assim que olhei para o desconhecido achei que estava morto e havia ido ao paraíso.

O homem era moreno, de estatura baixa, sua feição séria e focada apenas em mim. Os lábios finos e vermelhos, totalmente chamativos. Sua roupa era uma camisa branca com botões abertos no topo e uma calsa preta de pano. Seus olhos...eram ainda mais bonitos que o mar.