☆Cap 12☆

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Boa leitura!🌹

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Todos haviam bebido muito, a música por si não parava nunca, sendo algo que poderia ir até de manhã cedo se possível.

Mas eu ainda devia uma dança, e o olhar de Louis sempre que me aproximava dele, ou seja, perto da mesa grande com comidas tropicais,eu podia jurar que ele lia minha alma dali mesmo.

A maioria havia se retirado para ficar com a família, os mais farreiros estavam ali, aqueles que queriam apenas comemorar muito.

A pouco tempo a irmã de Louis havia se retirado, alegando estar cansada, e que faria um trabalho da faculdade no dia seguinte. Ela se despediu de mim, me dando um beijo na testa, me mandando ter juízo. Não sei se aquilo era um aviso ou uma indireta.

- Que tal agora Harry?- Louis não estava bêbado, o tempo todo o vi com a mesma garrafa de cerveja, dando goles pequenos, talvez ele não gostasse de álcool.

Dei meu melhor sorriso e pensei nos prós e contras, óbvio que aceitei, sabia que era a melhor oportunidade de estar perto e tocar Louis, mas meu medo de pisar em seu pé ou cair também estava ali.

Ele me levou para onde não havia perigo de batermos em ninguém, então se aproximou, quase meu corpo desviou de seu achegamento, mas me controlei ao máximo. Não quero bancar o garotinho assustado em uma dança a dois.

Suas mãos encostaram em meu ombro, e talvez para não me assustar ele desceu devagar, ate estarem na minha cintura. Então agarrou minhas mãos que subiram na altura de seu pescoço.

-Como a musica é animada, vamos nos agitar um pouco do normal, é uma dança típica daqui, vamos apenas fazer o que quisermos com o ritmo okay?

Assenti, era bom saber que não haveriam regras de postura, ou velocidade certa e tudo isso que eu pensava que uma dança precisava.

Eu nunca havia tentado dançar aquilo, então talvez me embolasse bastante.

Com um impulso ele começou, devagar e agitando logo em seguida, era legal, me sentia solto, e estranho. Ele sorriu e então me girou, fazendo eu me perder no meio do caminho, então ele me puxou de volta, com mais vigor que antes, eu pude sentir meu tórax se chocando com o seu, e sua mão apertando minha cintura contra ele, tanto que minha costas iam para trás, arrumando um espaço de segurança.

Ficamos dançando por bastante tempo, tirando olhares de muitos, me fazendo suar de tanto me mexer daquela forma. Louis estava intacto.

-Sabia que você era bom nisso - deu risada, pegando um suco na mesa e me entregando.

-Bom? você deve estar mancando nesse momento, de tanto que pisei em seus pés.

-Exagerado!- bagunçou meus cachos.

-Hey gente, a festa acabou, o povo quer ir para casa!- alguém gritou então pararam a música.

Murmúrios descontentes e meio bêbados soaram, queriam que a festa durasse para sempre.

Louis e eu nos despedimos de parte da tripulação que restou no fim da festa, dificilmente recebendo mais que um abraço ou um sorriso alegre. Mesmo por conta do álcool, eles são uns amores.

- Agora você vai conhecer a minha casa - puxou meu braço e o levou consigo ao lado do corpo, com dificuldade pois carregava a gaiola aberta de Kevin do outro lado.

É até engraçado a maneira como ele age. Nada de Capitão de um barco pirata, daquele tipo grosso e rude. Na verdade, o contrário.

Não andamos muito, até chegarmos em uma casa mais afastada de todas, ficava no final da rua, assumi que aquela parte é mais tranquila.

Era uma casa alta e com tijolos laranjas, o telhado da cor cinza. E eu podia dizer que tinha um charme! Era a cara do Louis.

Kevin estava com a gente, pois havia ficado com muito esforço em uma gaiola aberta na festa, ele estava adorando a atenção que estava ganhando.Esse pássaro é muito esperto.

Louis tirou de um tijolo solto sua chave escondida, e então abriu a porta.

- Nem se preocupa com poeira ou essas coisas, minha irmã arrumou tudo aqui para minha chegada. Na verdade eu não esperava por isso, nem que ela viesse.

- Por que diz isso? - Entrei na casa, observando o quanto aquilo era a cara dele.

- Minha família se afastou quando decidi navegar - Sorriu, mas ele não chegou aos olhos - Então, sinta-se em casa! - Mudou de assunto.

- Obrigada, por me deixar ficar.

- Que isso, não ia te deixar ficar no barco - Permetiu que Kevin saísse da gaiola e ele voou rapidamente para fora.

"Nunca mais, Nunca mais" reclamou.

- Pássaro reclamão!- Louis resmungou.

- Qual é a história de Kevin e você? - Disse ficando curioso.

- Ah isso é uma boa história, eu estava construindo o barco, fazendo as checagens. Aí alguma coisa caiu bem próximo de mim, era o Kevin, mas ele estava com a asa machucada, então cuidei dele, era um relação de ódio, pois ele não queria que tocasse nele, mas quando eu dava comida era mais fácil. Eu me apeguei. E como eu conversava muito, ele agora fala bastante também - Louis sorriu com sua história.

- Devo minha vida ao seu pássaro, e a você, todos no barco - Fui sincero.

- Não precisa disso, faria quantas vezes fossem precisas!

Era tão bom estar ali, tudo era de madeira, e lembrava praia, barcos e a Louis.

- Bom mas não sei como te dizer...uma coisa - Louis disse acanhado.

-Algum problema?- perguntei.

- Como isso é uma casa de um jovem solteiro, os móveis seguem esse tema sabe- Deu risada de si mesmo. - Ou seja, temos uma cama para dividir.

Senti minha pernas bambas.

- Mas é claro que se você não se sentir a vontade eu durmo no chão.- disse rapidamente.

- Não! Essa casa é sua, não vai dormir no chão...- Ele pareceu aliviado. - Eu vou!

Ele começou a tossir como se tivesse se engasgado com o vento.

- Nem pensar! Vou dar um jeito nisso.

Ele então foi até o seu sofá desgastado e tirou as almofadas de trás. Saiu andando decidido até o quarto, segurei a risada ao ver que ele montava uma cama no chão mesmo.

-Você não precisa fazer isso...- Deixei a frase no ar.

- Calado Harry, vamos dormir!

E foi assim a primeira noite com Louis, tranquila e agradável.

Nem os pesadelos me perseguiram aquela noite.

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By: Lärīpøp

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