☆Cap 21☆

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Boa leitura! 💓

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A tensão sobre a batalha de ontem ainda não passou, continua pairando no ar.

A cidade toda acabou sabendo do que ocorreu, e todos esperavam que os heróis da cidade tivessem motivos para o que ocorreu, mas de qualquer maneira assustou toda a população.

- Precisamos voltar aos mares... -Louis disse enquanto brincava com Kevin, sem muita animação, o pássaro apenas tentava pegar os dedos de Louis enquanto o mesmo balançava aos mãos, de um lado a outro.

- É sua decisão, capitão. - Disse o nosso emblema, ele é nosso capitão, suas decisões não serão questionadas.

- Vamos ter esse dia em terra, voltamos aos mares amanhã! - Decidiu.

Tínhamos um prazo muito pequeno, era uma decisão rápida e desesperada. Mas o que Louis podia fazer?

- Ligarei para todos avisando, já volto Harry. - Foi então para o seu quarto onde ele guardava o telefone antigo, que dava um trabalho enorme para discar. Seria um grande esforço.

Ouvi ele por minutos a fio falando ao telefone, eu podia perceber seu pé batendo no chão repetidas vezes.

Louis está paranoíco, não o culpo, na verdade também estou. Nada é seguro por aqui agora.

- Finalmente, todos estão avisados. - Ele parecia ter se acalmado indo lá e conversado com a tripulação, havia até colocado uma roupa mais leve.

- Agora tudo ficará bem. - Garanti em minhas palavras.

Ele me olhou, parecia ter ficado encabulado.

- Steven... - Ele disse, parecia querer testar minha reação.

- O que tem ele? - Desviei o olhar para a janela.

- Não pode se sentir culpado pelo o que aconteceu, estava apenas se protegendo de alguém que iria te fazer o mal.

- Isso não o impede de aparecer em meus pesadelos, ou nos piores momentos. - Pensei nas vezes que sua voz brotava, fazendo ecos assustadores em minha mente.

- Isso é por que você dá o poder, suas inseguranças quanto ao ocorrido te deixam vulnerável, não é fácil esquecer de ter machucado alguém, mas não é impossível.

- Não o machuquei, o matei. - Havia um peso enorme em minha voz.

Ele caminhou até mim, passos calmos, não faziam barulho na madeira abaixo de nossos pés.

Ele tocou em meu ombro, apertando de leve. Os olhos azuis estavam de uma nova transparência, percebia com mais facilidade essas mudanças.

- A primeira vez que matei alguém, foi no ombro, bem aqui. - Apertou o local, me puxando para perto. - Nunca vou esquecer, mas não me afeta mais.

É tão fácil falar, mas sei que isso ainda parece ser algo ponderoso.

- Um dia talvez, isso deixará de me afetar. - Comentei erguendo o queixo.

Ele deixou um sorriso escapar.

- Fico feliz de o ver bem, a cura funcionou e você parece melhor que antes. - Comentou. Sim, pelo menos fisicamente.

- Foi um susto bem grande. - Mexi em meus cabelos.

- Ah se foi, só... Não faça mais isso cacheado. - Sussurrou, deixando sua voz falhar em meu apelido.

Concordei, uma promessa silenciosa, meio impossível de ser garantida.

Ele moveu as mãos em meu ombro, puxando minha blusa para o lado, deixando parte de meu pescoço e ombros a mostra.

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