Hands Of Destiny

☆Cap 5☆

Boa leitura!🌹

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Acordei com o suor em mim, impregnado, assim como a lembrança do sonho ruim que acabo de ter.

Ainda podia ver claramente os olhos de Steven, o sangue dele, tudo ainda era claro como água em minha mente.

Isso nunca poderia ser apagado de minha memória, era como um vírus. Eu tinha medo de até onde eu iria com essa mentira guardada apenas para mim.

Consequentemente não consigui voltar ao meu sono, então apenas resolvi ficar acordado, assim como eu fazia nas ruas quando me sentia dessa mesma maneira.

Não tardou do barco acordar pouco depois, bom que não era tão cedo. Esperei mais um pouco até me levantar, Niall havia me dado uma bolsa com alguns produtos de higiene pessoal, e agradeci muito por isso. Ao usá-los logo me retirei, a procura dos materiais para começar meu trabalho por aqui.

- Oh hey, você sabe onde ficam os produtos de limpeza do barco?- Perguntei ao homem, que em minha memória se chamava Jackson.

- Fica para lá, segunda porta.- Disse sorridente. A maioria são assim.

- Obrigado.- Então segui meu caminho. Não havia visto mais ninguém além do Jackson o meu trajeto todo.

Lá havia esfregões e baldes, além da água em barris bem proximos. Montei tudo o que precisava e aproveitei a falta de movimentação.

Deixei aquele lugar brilhando. Ficou tão limpinho e cheiroso.
Havia ficado orgulhoso de mim mesmo, eu mal sentia o cansasso em meu corpo.

Era bom, a sensação de conseguir os agradecer por tudo o que fizeram. Era bom mesmo.

Qualquer barco poderia ter passado por perto por mim, e apenas ter ignorado o fato de eu estar quase morrendo.
Eles não fizeram isso.

Ouvi então a movimentação dos tripulantes, estava vindo de suas instalações, onde dormiam. Suas faces de sono foram transformadas em surpresa em milésimos de segundos.

-Caramba,o barco nunca esteve tão limpo em anos...- Comentou um deles observado à madeira do chão, que brilhava.

Decidi arrumar meus cachos suados e a roupa molhada assim que Louis, o capitão, entrou em minha vista. Minhas mãos rapidamente tentavam esconder o quão deprimente eu estava.

Mas o de olhos azuis ao ver o cacheado daquela maneira bagunçada, não fez nada além de dar um sorriso abafado pela mão. Era engraçado o quanto Harry tentava esconder sua aparência, mesmo que isso fosse um pecado capital.

- Harry vá comer algo, vamos tomar café todos juntos. Você deve estar cansado.

- Tudo bem, eu vou apenas me arrumar e já vou. - Se arrumar não era a palavra certa, mas eu darei meu melhor nisso.

-Não se atrase - Foi a ordem do capitão.

Eu não o desobedeceria.

(...)

O café foi como nos outros dias, animado e divertido. Todos ali tinham piadas na ponta da língua. Ou então histórias e contos malucos, sobre coisas que Harry nunca acreditaria.

- ...Aí todos olharam para mim estranho, achei que aquele lugar não era para mim. Tentaram me dar uma surra mas eu acabei com todos, usando apenas minhas mãos, eram cem homens!- Richard contava sobre mais uma de suas paradas na costa Leste. Todos tinham disso, era tão interessante.

Sempre que recebiam a atividade de um barco ratoneiro eles o perseguiam e tirava aquilo que não era deles, e um pouquinho a mais, e descarregavam a carga roubada no lugar certo, o lugar de onde pertenciam. Todos os agradeciam, e pagavam muito por isso, parte do que não achavam o dono, eram deles. Se forem contar os cinquenta e tantos barcos que atacaram, era muita coisa.