| Capítulo 1 | Tempos de céu aberto com riscos de temporais

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Tudo não passava de uma nova fase na minha vida

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Tudo não passava de uma nova fase na minha vida. Afinal, era nada mais que a chegada de mudanças, onde a primeira aparição começou no atual cenário que meus olhos passaram a registrar, desde quando havia chegado fazia um mês. O colégio.

Nunca pensei que seria recebida por um espaço imenso e precário, com paredes sombrias e o ecoar dos gritos de rebeldia, vindos de outras turmas com mais idade. Quando me falavam do ensino fundamental, logo me vinha na cabeça cenas de filmes voltados para a época do colegial e instantaneamente, meu anseio despertava. Porém, quando me deparei com a realidade, vi a maior parte das minhas imaginações de cores harmônicas serem cobertas por tons melancólicos.

E mesmo diante de tudo aquilo, eu não dei adeus a todas as tonalidades vivas.

Porque elas ainda viviam dentro de mim.

Embora estivesse vivenciando aquela etapa, sabia que eu não estava sozinha. Até porque, outro alguém também carregava a essência, oriundos de uma inocência intacta. E era exatamente aquilo que me consolava, em ver que podíamos compartilhar pedaços de um paraíso da nossa infância, formando um quebra-cabeça que no final, resultava em uma imagem de encanto.

O encanto de uma amizade.

De braços enganchados, caminhávamos em passos sincronizados, enfrentando os locais tumultuados e nossos ouvidos aquietaram as vozes que pudessem nos amedrontar. Depois que adentramos, nos certificamos de que estávamos salvas e rapidamente, meus olhos se direcionaram para o reflexo. O espelho claramente transparecia uma imagem de duas meninas, cujas feições rejuvenescidas e estruturas físicas ideias para alguém que beirava os onze anos.

Tirei a presilha em forma de laço e ajeitei meus cabelos, passei os dedos pela franja e por fim, retomei o uso do acessório, o prendendo na lateral da cabeça. Camila, a garota que estava do meu lado, desfez seu rabo de cavalo e reuniu novamente seus cabelos loiros. Em seguida, retomou o penteado com o auxílio de seu rabicó de pompom.

— Acho tão bonito esse lacinho, combina muito com você — ela elogiou.

— Desde que eu ganhei da minha mãe, nunca mais quis usar outra coisa. Sem falar que o rosa-choque é a minha cor favorita — falei sorridente.

Uma (Boa) Amizade para Quem Precisa BrilharOnde histórias criam vida. Descubra agora