O último ano do colégio de Duda tinha tudo para virar a rotina de sempre, estudar, se divertir com seus amigos e no final alcançar a formatura tão sonhada.
Porém, o destino veio com tudo para balançar a sua estrutura, pois surgiu um novo professor...
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Não lembrava que estudava tanta gente nessa escola, parece que os corredores ficaram menores e o número de pessoas foi multiplicado por dois ou três não sei, só sei que ver tanta gente depois ficar dias trancados esta me deixando zonza.
Seguimos pra nossa sala e cada um sentou nos seus lugares marcados e mais entediados penso que não existia, depois eu que era a chata tenho certeza que se for fazer uma pesquisa só um por cento queria voltar a estudar, ainda mais no segundo período onde seriamos massacrados para estudar mais e muito mais, afinal o colégio precisava de números e nós precisávamos entrar em alguma faculdade, eu pelo menos meus pais em hipótese alguma me concederia um ano sabático para viajar pelo mundo, eu nem tenho dinheiro para isso.
A primeira aula foi um porre a professora também não ajudava com todos os meus problemas eu ainda tinha um ódio mortal dela e para evitar confusão no primeiro dia preferi fingir demência e que prestava atenção, olhando fixamente para o quadro cheio de borrões pretos, minha mente estava lá no meu quarto onde eu queria estar, meu refúgio onde ninguém poderia penetrar meus pensamentos.
— Duda, terra chamando Maria Eduarda — Era a voz do além me chamando mais conhecida como Isabela.
— Oie — Respondi meio aérea
— Intervalo, vamos comer alguma coisa essa ultima alguma de biologia foi um porre.
— já? Que horas o professor Alex entrou que eu não vi
— Meu Deus! Em que planeta você está garota.
— Marte -Palhaça, vamos logo que sou capaz de comer as paredes.
— Não estou com fome
— Serio que você estar negando o melhor cachorro quente do mundo?
— To Bela, vá e coma por mim, talvez eu apareça por lá pra roubar o seu, vou passar na biblioteca pra ver se tem algum livro novo, preciso distrair minha mente.
- Tá! Bom então
A história de passar na biblioteca era só uma desculpa para ficar sozinha, aquele aglomerado de gente na cantina me encarando ou a Laura fazendo pouco de mim por que meu namorado havia partido. Eu estou muito na paz esses dias e era melhor continuar assim, não queria descontar minha raiva nela, pois, poderia respingar na minha casa e minha mãe ainda não estar pronta para passar por problemas mínimos meus.
Arrumei minhas coisas, odeio deixa-las espalhadas sobre mesa, afinal existem ratos de esgotos por aqui também e capaz de voltar e não encontrar nem as raspas de lápis dentro do apontador, segui em direção ao meu pequeno refugio, prometi para mim mesmo que não iria chorar então passei pela recepção e falei com a tia Vera que cuidava dos livros por aqui e segui em direção aos livros de romances, precisava de um bem meloso, sem traição, sem separação, mais sei que isso e quase impossível de acontecer né qual a graça de um livro sem emoção, eu ate tinha alguns para ler nos Apps do celular mais eu queria sentir o cheiro de livro.