Minha Salvação

Capítulo XV

" - Também gosto de pássaros.

- Por que gosta deles?

- Porque podem voar longe quando as coisas ficam difíceis."

- American Horror Story

Autora

Gritos e mais gritos eram ouvidos de um lado a outro do gigantesco palácio. Janelas eram destroçadas por enormes pedras jogadas contra elas, cacos de vidros se espalhavam pelo chão enquanto dezenas de servos corriam desesperados para se esconder dos invasores.

Diversos homens fardados com roupas negras andavam com armas em punho pelos corredores, matando qualquer pessoa que vissem pela frente. No salão principal uma batalha era travada, diversos guardas tentavam impedir a entrada de outros rebeldes.

Caos era o que resumia a situação ao qual se encontravam.

Sangue manchava as paredes de pedras do imponente palácio, corpos decoravam os corredores e gritos proporcionava a sinfonia do lugar, assim como o barulho estridente entre as peças de metal.

Temari

Saímos do meu quarto tentando fazer o menor barulho possível.

Eu não entendia o que todo aquele barulho de gritos significava, porém eu sabia que não era nada bom.

Andávamos pelo pequeno corredor onde se encontravam os quartos e que dava acesso à sala em que ficávamos a maior parte do nosso tempo "livre". Tomei bastante cuidado para não fazer barulho algum que denunciasse minha presença e fui a primeira a chegar ao final do corredor.

Arregalei meus olhos.

A sala estava completamente destruída. A gigantesca janela que ornamentava a sala e deixava a luz solar entrar estava quebrada, com alguns pedaços de vidros ainda pendurados em sua estrutura, pedras de tamanhos razoáveis espalhavam-se pelo piso, os moveis estavam quebrados e espalhados pelo cômodo. Um arrepio subiu pelas minhas costas.

Olhei ao redor para ver se encontrava mais alguma coisa e segurei o grito que queria escapar pela minha garganta. Minha mão estava trêmula e meus olhos se encheram d'água, meu estômago embrulhou. Perto da porta encontrava-se três corpos ensanguentados, um estava sem a cabeça e eu não queria nem imaginar aonde ela poderia estar.

- Aí meu Deus! - disse Ino em um pequeno grito.

- O que aconteceu aqui? - perguntou Tenten ao meu lado, apertando seus punhos ao lado de seu corpo.

- Eu não faço ideia - falei desviando o olhar dos corpos e me virei para olhar as meninas. - temos que tomar cuidado, não sabemos o que pode estar acontecendo. Então, por favor, não se separem de jeito nenhum e mantenham as adagas firmes em suas mãos. Vamos tentar fazer o mínimo de barulho possível.

Todas concordaram com o que disse. Sakura segurou nas mãos de Hinata e seguiu com ela, já que a azulada estava paralisada olhando para os corpos. Eu e Tenten íamos na frente, ela segurando o mapa e eu prestando atenção a minha volta, para evitar qualquer surpresa desagradável.

A porta de madeira grossa que separava a nossa ala do resto do palácio estava aberta, com um de seus lados soltos do trinco, ficando pendurada. Olhei para o longo corredor que se estendia ao lado de fora e ele estava totalmente escuro, alguns gritos ao longe eram escutados, e um arrepio subiu por minha coluna.

Fiz sinal para que elas seguissem. Tenten as guiava e eu ia na retarguarda, prestando atenção a qualquer sinal de perigo. Andamos por um tempo e viramos em tantos corredores que começava a desconfiar que estávamos perdidas, porém todas pararam e ficaram olhando para um parede.