8° Capítulo

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Los Maestros -
Capítulo 08 -

Três meses depois -

Colégio -

- Laura, teria alguns minutos para mim? - indaga César
- Para você eu não tenho nenhum tempo, César. - responde fria e sem olha-lo
- Por favor, não me trate assim. - pede - Já faz praticamente quatro meses que estamos nos tratando como desconhecidos, e não somos isso.
- Somos colegas de trabalho e nada mais. - responde - Tem algo de trabalho para falar comigo? - indaga
- Não! Quero falar sobre nós dois.
- Nunca existiu um "nós" César. O que passou, passou por, digamos; necessidade, desejo, nada mais fora isso.
- Pode até ser, mas, hoje já não é mais isso.
- Do que está falando? - indaga
- Eu quero uma relação com você, e por mais que você tente negar, eu sei que você também me quer, e não é apenas na sua cama. - diz a olhando
- Minha decisão continua de pé, César. Eu não quero nada, nem com você, nem com ninguém. - responde fria - Agora, por favor, me deixe em paz. Só fale comigo o necessário de trabalho.
- Você faz isso comigo para fugir não é? Você me evita por que sente o mesmo que eu. - diz irritado
- Não irei ficar escutando as suas bobeiras de mulherengo. Você pode ter todas as mulheres do mundo.
- Que ironia, não? Eu posso ter todas as mulheres que eu quiser, mas a que eu quero não me quer.
- Só posso lamentar por você. - responde seca - Agora me dê licença, preciso voltar ao trabalho.
Laura sai para a sala de aula, e em seguida César faz o mesmo.

Horas depois -

Casa de Norma -

- Finalmente a vejo, porém, seu semblante continua o mesmo, continua triste. - diz a olhando - Não aguento mais te ver assim, sofrendo.
- Hoje o César veio conversar comigo.
- Depois de quase quatro meses? - indaga pasma
- Sim! E veio com uma conversa sobre nós. - diz irônica - Que "nós"; nunca existiu esse "nós" Norma. - diz
- Existiu sim, Laura. - diz - Existiu não, existe. - diz - Você o ama, está fugindo por covardia.
- Eu sei, é por covardia mesmo. - concorda - E vou continuar apesar dele ter praticamente se declarado. - a olha
- Ele se declarou? - indaga intacta
- Quase isso.
- O que ele te disse?
- Que queria uma relação comigo. Que apesar de todas as mulheres que ele tem, a única que ele quer, não quer ele.
- Laura, por que você não se entrega de uma vez? Ele está louco por ti e você se fazendo de difícil.
- Ah Norma, eu tenho medo de me deixar levar e sofrer.
- Sofrendo você já está, e sem ele. Se for pra sofrer, que seja pelo menos com ele. Faça valer a pena esse sofrimento. Aproveite! Ele te quer ao lado dele, e você o quer ao seu, vá ser feliz, para com todo esse sofrimento de uma vez. - diz - Estou te dizendo isso todos esses meses, eu sei, mas você precisa sair dessa. Se não quer outro, e convivendo com ele, vá com ele. - pede - Vai que dá certo esse relacionamento, que ele mude. Nunca se sabe. Deixa-se levar.
- Sabe de uma coisa, você tem razão. - diz convicta - Irei atrás dele, e será agora. - diz se levantando
- Agora? - indaga a olhando
- Já passou dá hora. - diz - Vemo-nos amanhã. - se despede.
- Se precisar me ligue, mas, acho que não vai precisar. - sorrir - Vá ser feliz.
Laura sorrir e segue para o apartamento de César.
Minutos mais tarde, com um largo sorriso, e um tanto receosa, Laura segue para o apartamento. Ao chegar, ela hesita em tocar a companhia, e após segundos, ela o faz, tocando mais três vezes seguida.
Laura já decepcionada se encaminha de volta ao elevador, porém César a detém, chamando-a.
- Você? - indaga
Laura paralisa, e devagar se atreve a olha-lo. Ao se virar, ela o olha apenas de calça.
- Perdão pela hora. - pede se aproximando
- Não se preocupe. - diz nervoso
- Teria alguns minutos? - indaga sem graça
- É que... - tenta explicar
- Você está acompanhado não é? - indaga o olhando
- Estou! - diz - Você disse que não queria nada, então...
- Não precisa explicar. - diz séria - O erro foi meu. Agora preciso ir. Desculpe incomodar. - pede saindo
César tenta ir atrás, porém é chamado pela mulher que o acompanha. Ele entra e segue para o quarto.
- Quem era? - indaga
- Um vizinho. - mente
- Então vamos aproveitar o tempo que resta, logo terei que ir embora. - diz se sentando sobre ele
César sorrir e a beija.

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