Reborn (RETIRADA 10/12)

All About Us

M a r i a  K a t h e r i n e

Eu acordei em um sobressalto, assustada demais para respirar corretamente. O lugar não parecia minha casa e é escuro demais. Minha boca tinha um gosto amargo, sentia meu corpo dolorido, cada movimento inconsciente que eu faço, a dor grita por todo ele. Tirei a agulha que me hidratava com soro, odeio agulhas.Minha cabeça dói quando tento ficar sentada, fecho meus olhos novamente, esperando que diminua um pouco. Percebo que não estou só na cama que não é minha, há um homem deitado ao lado no seu sono profundo. Ele é lindo, tranquilo e eu me vejo hipnotizada por seu rosto, seus lábios... O que faço com ele ? Onde está Harry?

-Katherine...

O homem acorda , eu me levanto assusta com meu peito doendo demais. Me afasto dele bruscamente, entrando em pânico.

-Kathie? Você está bem?-Pergunta preocupado.

-Quem é você?! Por que estou aqui?!

-Se acalme...-Pede.

-Não chegue mais perto! Você não me respondeu.

-Eu sou Ben, você está na sua casa... na sua verdadeira casa. Sou seu marido.

-Não! Meu marido se chama Harry e eu exijo vê-lo!

-Katherine, deixe-me...

-Pare de me chamar de Katherine! Meu nome não é esse!-Coloco a mão no peito devido a dor que aumenta. Eu estou enfaixada e olho para Ben novamente em busca de resposta.-O que houve comigo?

-Você foi baleada à uma semana, mais ou menos.-Esclarece.-Esteve em coma esse tempo todo, Katherine.

-Lilly, meu nome.

-Lilly... Tudo bem.-Faz careta.-Você precisa se acalmar, por quê algumas pessoas estão esperando que acorde e não sei qual será a reação.

-Onde está Harry?-Pergunto novamente.

-Eu não faço a mínima ideia.-Fala, sei que está sendo sincero.

-Pode, por favor, me tirar daqui?-Peço esperançosa.

-Esse é seu lar.

-NÃO, NÃO É!-Grito exaperada procurando um meio de fugir dele.

-Kathie...

-EU JÁ DISSE PARA NÃO ME CHAMAR DISSO!

Péssima idéia gritar, meu peito doeu tanto que caí de joelhos, gritando ,só que dessa vez pela dor aguda que atingiu meu corpo. Ben me segurou nos braços, sustentando meu peso.

-Porra! Você foi baleada e acaba de sair de um coma. Se acalma.-Disse, me sentando na cama.-Feche os olhos, vou pegar um Tylenol.

Nem que eu quisesse fugir, a dor me mantinha imóvel onde estou. Logo ele voltou e eu peguei o remédio de sua mão e o tomei.

-Onde estou?-Pergunto mais calma.-Por quê estou aqui?

-Você tem uma rara doença que a faz esquecer de coisas que foram...dolorosas demais.

-Por quê eu fui baleada?

Ele sorrir, aquela risada pelo nariz que me fez ficar hipnotizada.

-Um homem atirou no seu filho,mas você ficou na frente dele.

-Meu...filho?-Disse, quase um sussurro e sem acreditar.-Você é louco, não tenho doença e nem posso ter filhos.

-Espere um segundo...-Pede se afastando. Murmura algumas coisas ao telefone longe de mim e depois volta a se sentar ao meu lado.-Vou provar a você que estou falando a verdade.