Conhecendo a história de alguns isolados.

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Lua🌒

Saio do meu quarto para entregar o cigarro de Henry. O procuro e o encontro na cozinha.

- Hey! Aqui esta seu cigarro. - Me sento a mesa junto a ele.

- Há sim. Obrigado. - Ele agradeçe e volta a ler seu livro.

- Me desculpe por ter entrado em seu quarto mais cedo. - Falo.

- Esta de bom tamanho para mim se isso não se repetir. - Ele responde.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Luna? - Ouço uma voz feminina vindo de trás de mim.

Me viro.

- Licye? - Pergunto, me levando assustada.

- Quanto tempo! - Ela me abraça.

- Se conhecem? - Henry pergunta.

- Sim, eu tentei matar a melhor amiga dela. - Licye responde saindo do Abraço. - Então.... Por que do isolamento?

- Me relacionei com um vampiro. - Respondo.

- Há sim. - Ela fala tentando esconder o espanto. - Hey, que tal irmos conhecer o hotel? Ele tem mais de 140 anos. Podemos conhecer os quartos vagos.

- Vamos sim. - Digo.

Saímos de casa e entramos no hotel.

- Vou te apresentar o lugar que eu mais gosto daqui. - Ela me guia

Vejo Marisa no balcão atendo uma mulher que chorava muito.

- Aqui está! - Entrarmos em uma sala com sofás e papel com poemas colados na parede. - A chamamos de sala da leitura.

Começo a ler alguns em papéis envelhecidos:

"Você não quis ouvir minha melodia naquela noite, aquele "eu te amo" que seria música mas infelizmente não para o seu ouvido" Assinado como "Gertrudes"

- Gertrudes? - Pergunto.

- Vò de Marisa. - Licye responde e volta a ler os poemas.

"Tenho medo de por o que sinto para fora e machucar alguém com os meus cacos" Assinado como "Marisa"

"Você tem tentou me guardar em um pontinho para me proteger, mas acabou deixando ele cair e me machuquei com os cacos." Assinado como " Julie"

"Ela tem um sorriso cheio de cor mas um coração que só abita cinza, e que quero ser sua aquerela." Assinado como "Mauro"

" O sentir me deixa exausta." Assinado como Marisa.

" Organize o caos em seu coração antes de entrar no meu caos e no meu coração!" Assinado como Ulina

" As pessoas sempre me perguntam como eu sobrevivi a isso, na verdade eu já morri faz tempo, agora farei com que meu físico combine com minha alma.... Adeus." Sem assinatura.

Me esquivo para trás lendo o último poema.

- O que foi? - Licye pergunta.

- Esse poema sem assinatura. - Respondo.

- Julie, mãe de Marisa se matou! - Ela fala.

Fico sem reação imediata.

- Mauro ficou tão abalado, mas não desistiu de suas filhas, a Marisa e Ulina. A Marisa fugiu de casa por uma noite e Mauro mesmo depois de um dia da morte de Julie procurou Marisa a noite toda, mesmo na chuva. Já a Ulina não desmontou, ou ao menos tentou nao desmontar, de noite, por um mês inteiro, Marisa só conseguia ouvir o choro abafado de Ulina vindo do quarto do lado. Gertrudes era uma luz para família, mas foi morta num dia de lua cheia por um lobo. Mauro se obrigou a ser a nova luz da casa. Ulina se apaixonou por um hóspede mas ele a machucou, e ela teve o mesmo destino que a mãe. - Ao explica Licye aponta para mas um poema, que não era bem um poema, nele estava escrito "Mãe, estou indo te ver. Amo meu pai e minha irmã, mas a dor e profunda de mais." - Só restando Mauro e Marisa. Eles seguiram fortes, até Marisa completar seus 30 anos, quando Mauro morreu, morto por uma doença.

A loba e o vampiro. (Concluindo)Onde histórias criam vida. Descubra agora